Congresso do PSD

Começo a perceber a intenção de marcar o congresso tão rapidamente.

Luís Filipe Menezes, Helena Lopes da Costa, Marco António, Henrique de Freitas, pessoas "próximas" de António Borges e Ferreira Leite entre outros, têm vindo a publico denunciar as suas preocupações sobre a data escolhida para a realização do congresso.

Vejamos os factos:
- Para a eleição dos delegados ao congresso, só poderão votar os militantes que tenham as quotas em dia.
- Deliberação que entrou em vigor dia 1 de Janeiro, só permite pagar as quotas até próxima sexta-feira (para participar na eleição dos delegados ao congresso), através de multibanco, sem qualquer esclarecimento para casa dos militantes, de como o fazer.
- Só as secções cujos militantes têm as cotas em dia, poderão ter todos os delegados a que têm direito.
- Dos 100 mil militantes activos, só 20 mil, têm as quotas em dia.
- Ao marcar o congresso para Março, Marques Mendes não permite a discussão interna sobre a proposta de alteração estatutária, bem como, um espaço de tempo razoável, para que a que a maioria dos militantes paguem as quotas, com toda a informação necessária.

Lembrando declarações de Marques Mendes, em que afirma categoricamente ser a favor das directas, é legitimo perguntar, para quê tanta confusão, se afinal o objectivo é comum a todos?

Errado!

Os sinais começam a ser preocupantes, reparem:
- José Cesário, presidente da distrital de Viseu, está a organizar um jantar para a próxima quarta-feira com as 19 distritais, dizendo que é contra as directas.
- Os TSD também se podem juntar ao movimento anti-directas. "Há gente a favor e contra, mas eu próprio tenho de ser convencido", afirmou Arménio Santos, remetendo uma posição final para uma reunião do secretariado nacional daquele organismo a realizar dentro de uma semana.
- Na JSD, as reservas também estão implícitas. Segundo o seu líder, Daniel Fangueiro, não há posição definitiva sobre o assunto, mas está prevista uma reunião do Conselho Nacional em Fevereiro para aprovar uma proposta única.
- Isabel Damasceno, líder da distrital de Leiria e vice-presidente do PSD, já afirmou a colaboradores próximos, "não ter certezas quanto às directas".

Perguntas legitimas:
- Quais e quantos militantes, terão sido informados atempadamente, da necessidade e forma, de terem as suas quotas em dia?
- Estaremos perante um "condicionamento" do congresso, com o objectivo de não aprovar as directas?
- As demissões inesperadas do vice-presidente Pedro Passos Coelho e do presidente da distrital do Porto, Marco António, estarão relacionados com estes factos?
- O que se está a passar é tão grave, que "obrigue" António Borges e Ferreira Leite, a manifestarem tanta preocupação?

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São hipóteses, como tantas outras.

Uma coisa é certa, Marque Mendes perde em directas, e ele sabe!