Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Miseráveis

Sem surpresa e sem vergonha
Sem grande surpresa foi aprovado orçamento de estado.
Sem grande surpresa, a oposição mostrou o que era e o que sempre foi, um estado de presença, uma forma de estar para parecer que existe, e que se vive um regime de estado de direito…democrático, como lhe gostam de chamar.
O governo e os que o apoiam não defenderam, nem precisaram de ter convicção, para uma coisa que é um documento sem princípios, porque parte de pressupostos inexistentes, de dados falseados e logo de conclusões que apenas são ficção.

Portanto vivemos num sítio, cada vez mais mal frequentado.

A nação desagrega-se, perde a unidade e a vontade de o ser.


Os portugueses, mais uma vez se vergam aos interesses de oligarquias e famílias políticas unidas apenas pelos interesses comuns de obedecer aos plutocratas que clamam cada vez mais menos estado, mais mercado e regras de corso.

Os portugueses, cada vez mais escravizados por esta clique de oportunistas, de ladrões encartados, baixam os braços, nem pensam e nem já levantam o olhar do chão com medo que um patrãozinho, chamado de novo empresário, lhes tire o sustento ou o tecto que pertence ao banco da esquina.

As elites, como sempre, em altura de crise escondem-se e assiste-se ao aparecimento de toda uma fauna humana que prolifera nos ecrãs que fazem parte hoje dos únicos horizontes dos homens e das mulheres deste povo e que nos entra pela casa dentro, porque é necessário tornar a besta ainda mais estúpida e sem qualquer hipótese de se revoltar, como um lobo enjaulado, que se acomoda num canto à espera da ração, sem vontade de matar ou morder o verdugo.

Não penso que se vá a tempo de mudar, porque o círculo ficou com o raio curto de mais, como a corda que acorrenta a nação, dependente cada vez mais do vizinho, por culpa de todos os traidores que nos roubam os segredos e as coisas nossas para as dar aos donos aqui do lado.

As teorias dos economistas são iguais e como se de uma religião se tratasse, na sua facção mais radical, lembrando aqueles pobres loucos que antigamente andavam pelo Miguel Bombarda, de farda cinzenta grossa, repetindo ladaínhas sem sentido, são ouvidos e obedecidos sem que ninguém lhes parta nos cornos as pedras dos mandamentos de baboseiras que repetem, há 10 anos , há 30 anos…

Caramba, se aqui ao lado os impostos estão mais baixos, a energia mais barata, só não os podemos ter, porque alguém ordenou, e o segredo está na traição e no casamento com a prostituta nossa vizinha.

Quem negociou o Euro com o escudo em alta deveria ser julgado no mínimo como traidor, porque logo aí beneficiou o vizinho que sempre nos desprezou e despreza.

Los portuguesitos, é o que somos para eles, quando cá estão e quando lá vamos.

Pensemos um pouco, os que ainda pensam, façam um esforço, esqueçam as cores como os bois por vezes aprendem e colhem, escolham um leque de desgraçados que nos desgraçam e desgraçaram e hipotecaram o nosso futuro e façam como um boi que aprendeu a colher na artéria femoral o matador no estertor da estocada.

“ Ao fim e ao cabo, todos eles querem que se dê razão à moralidade inglesa: desde que com ela se sirva melhor a humanidade, ou o «proveito geral» ou a «felicidade da maioria», não!, a felicidade da Inglaterra; querem demonstrar a toda a força que a aspiração à felicidade inglesa, quero dizer ao comfort e fashion (e, em última instância, a um lugar no Parlamento) é, ao mesmo tempo, o verdadeiro caminho para a virtude, e até querem demontrar que toda a virtude até agora existente consistia precisamente nesta aspiração. Nenhum destes torpes animais de rebanho de consciência inquieta (e que se propõem defender a causa do egoísmo como causa do bem estar geral -) quer saber ou farejar que o «o bem estar geral» não é um ideal, um alvo, um conceito definível, mas sim um vomitório, - que o que é justo para um, é muito capaz de não poder ser justo para o outro, que …
… Devia-se mesmo encorajá-los: como se tentou em parte com os versos seguintes:
Salve, bravos carroceiros,
Sempre «quanto mais melhor»,
Cada vez mais entorpecidos de cabeça e de joelhos,
Sem entusiasmo, sem graça,
Irremediavelmente medíocres,
Sans génie et sans esprit!
Nietzsche “Para além do bem e do mal”