Aníbal Cavaco Silva, o sulista que afirmou, quando era primeiro ministro, que investir em lisboa era investir em Portugal, tudo em nome de uma coisa chamada spill over, ou efeito difusor na língua de Camões, volta a dar sinais que é um fascista / centralista / colonialista e que agora investido de Presidente da Republica, só tem olhos para a corte republicana de lisboa. No arranque das comemorações do dia de Portugal, de PORTUGAL, num discurso que prova a total colagem ao centralismo e ao colonialismo lisboeta sobre o país, fala, não de Portugal, mas de lisboa e dos seus saloios habitantes. Estou farto de pertencer a esta republica e começo a pensar que a separação só faria bem ao Norte de Portugal. Refunde-se o Condado Portucalense!
Tirado do Jornal de Notícias, do Porto:
Cavaco Silva apela ao civismo dos lisboetas
O presidente da República, Cavaco Silva, defendeu, este sábado, num discurso durante as comemorações do 10 de Junho, que Lisboa tem de definir prioridades para o seu futuro e "tem de inverter a lógica do despovoamento".
Por outro lado, na sessão solene de boas vindas da Câmara Municipal de Lisboa, no Pátio da Galé, Cavaco Silva apelou à "mobilização cívica" dos lisboetas, pedindo-lhes "um maior cuidado na proteção da sua cidade" e um "maior civismo na segurança e na limpeza das ruas".
No início da sua intervenção, presidente da República lembrou que a capital o acolheu há 55 anos "como estudante vindo dos Algarves" e saudou a reorganização administrativa de Lisboa, considerando-a "um exemplo" para todo o país.
Depois de elogiar a "luz suave", os "contrastes" e o património de Lisboa, Cavaco Silva considerou que a capital "beneficia ainda da circunstância de ser, em simultâneo, um eixo de várias centralidades e uma periferia que serve de ponte ao diálogo com o Atlântico".
"Cidade ágil e aberta, o seu destino é transformar a periferia em centralidade, juntando aquilo que o mar divide. Cidade de imensas potencialidades, Lisboa tem de inverter a lógica do despovoamento. Muito há a fazer. Acima de tudo, temos de olhar o futuro", acrescentou.
Em seguida, falou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, que, embora não tenha centrado o seu discurso neste tema, referiu que se registou "um ligeiro crescimento do número de famílias residentes" na capital.
"A cidade começou a contrariar, nesta última década, a perda de população que sofreu desde 1960, esvaziando o centro da cidade, com milhares de fogos devolutos em degradação e que chegou a atingir em 2001 dos mais altos índices de envelhecimento ao nível nacional", disse o autarca socialista.
Antes, o Presidente da República descreveu Lisboa como uma cidade "cosmopolita e aldeã, tradicional e vanguardista", que "deve atrair os jovens e dar-lhes condições para aqui se fixarem".
"A essência de Lisboa deve estar numa cultura fiel às suas origens, que fomente a inovação na ciência, o empreendedorismo na economia, a profundidade na vida espiritual, a excelência no ensino", defendeu.
Cavaco Silva acrescentou que os poderes públicos precisam de decidir "o que é prioritário para a sua afirmação no confronto com outros espaços urbanos", têm de "escolher onde investir, financeira e politicamente", e apontou como essencial uma "participação ativa" dos lisboetas.
"Definida uma estratégia, encontrado um rumo, é fundamental que a ação dos poderes públicos seja acompanhada de um incremento da mobilização cívica dos cidadãos", afirmou.
"Dos lisboetas reclama-se um maior cuidado na proteção da sua cidade. Uma atitude ativa na preservação do espaço público e dos equipamentos coletivos, maior civismo na segurança e na limpeza das ruas, um empenhamento esclarecido na salvaguarda do património histórico e arquitetónico. Sem o contributo e o brio dos lisboetas, Lisboa não cumprirá o seu desígnio de grande capital europeia", reforçou.
No início da sua intervenção, Cavaco Silva fez uma alusão ao poema de Fernando Pessoa "Mar português", para deixar uma mensagem de esperança: "No sal de todos os mares do mundo foram derramadas lágrimas de Portugal. Mas as comunidades fortes sabem conviver com tempos menos favoráveis. E essas comunidades são tanto mais fortes quanto melhor conseguem tornar as incertezas do presente em esperanças de futuro".
1 comentários:
Penso que o chefe de Estado fala sempre mais da cidade ou do conselho que acolhe as comemorações, para além do discurso do país. Este ano foi a vez de Lisboa, como Viana e antes Castelo Branco, Porto, Chaves, Ilhas etc.
Porque seria diferente este ano? Por ser a Capital?
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