Em entrevista à Lusa no âmbito do 111.º aniversário da Livraria Lello, que é celebrado esta sexta-feira, o administrador Pedro Pinto avançou que em 2016 venderam cinco vezes mais livros do que há um ano e meio e receberam “um milhão e 50 mil visitantes”, um número que classificou de “impressio-nante” face ao espaço exíguo.
“Vendemos cerca de 714 livros por dia, são cinco vezes mais do que vendíamos há ano e meio”, declarou o administrador daquela que é considerada uma das mais belas livrarias do mundo por vários órgãos da imprensa internacional - como o jornal The Guardian, que a elevou, em 2008, à terceira mais bela do mundo, ou a estação televisiva CNN, em 2014, que a considerou a mais linda do mundo.
Apesar de as vendas terem aumentando, Pedro Pinto assume que apenas 35% dos visitantes da Lello compram livros e, por isso, o objetivo para 2017 é fazer com que os restantes 65% de visitantes também invistam na compra de obras literárias.
“Só cerca de 35% das pessoas que nos visitam é que compram livros, portanto, ainda temos um grande trabalho pela frente, que é transformar os outros 65% em leitores e esse é o nosso objetivo para 2017”, assume o administrador, anunciando que vão lançar, no primeiro trimestre de 2017, um projeto de venda e entrega de livros em qualquer país do mundo, sem custo adicional.
A ideia para desenvolver o projeto de venda planetária a partir da Lello vem no seguimento de um estudo que aquela livraria portuense encomendou à multinacional Nielsen, onde se concluía, por exemplo, que há quem não compre livros “porque os livros são pesados e porque as bagagens do avião levam a não comprar livros”.
A 12 de Janeiro de 2016, na altura do 110.º aniversário, um dos administradores da Lello, José Manuel Lello, disse à Lusa que a livraria já tinha aumentando em quase 300% a venda de livros diária nos últimos seis meses de 2015, altura em que começou a cobrar as entradas naquele espaço.
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