Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Em Angola não há sucatas...

Enternece-me ler ou ouvir muitos portugueses a criticar a corrupção em Angola. Comove-me. Sobretudo quando ouço e leio aqueles que, tendo semelhantes oportunidades, não têm o mesmo desvelo e o igual veneno nas críticas à corrupção no seu próprio país, ou seja, Portugal. No fundo, o acto de corromper é precisamente idêntico em Angola e em Portugal. A diferença está nos valores. Em Portugal, a corrupção, o roubo, a imoralidade é feita por sucatas, robalos, sobreiros, açõezitas, gorjetas a sobrinhos taxistas, uns pequenos desvios de dinheiros da Europa, obrazitas a mais. Em Angola, há petróleo, diamantes, ouro e um mundo a ser construído.

A dimensão é outra. E deve ser essa dimensão que tanto incomoda alguns portugueses, rápidos a puxar o gatilho nas críticas a Angola, mas lentos, muito lentos (ou mesmo desarmados), na observação do que se passa em Portugal.

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