O caudillo
Desgraçadamente, há coisas em Portugal que nunca mudam. Ontem, no jogo de
consagração da Liga Salazar, lá estavam o primeiro-ministro António Costa e o
ministro das Finanças, Mário Centeno, ao lado de Luís Filipe Vieira. É
inconcebível e inaceitável este comportamento dos nossos governantes. Não a
preferência pelo Benfica, legítima como qualquer outra, mas o carimbo de
legitimidade que dão ao cidadão Luís Filipe Vieira, que só em dívidas à Caixa
Geral de Depósitos, que é um banco público, pago por todos nós, ultrapassa a decência
em muitos milhões. Isto numa altura em que milhares de famílias sofrem para
honrar compromissos incomensuravelmente menores, sempre com o espectro de ações
judiciais por incumprimento. Depois, porque o primeiro-ministro e o ministro
das Finanças estão fartos de saber que o Benfica presta apoio ilegítimo e
ilegal a claques ilegais que ainda recentemente provocaram mais uma morte. Há
repúblicas das bananas mais sérias.
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