Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Porto: casa de pregos abriu na Praça do Marquês

Comer à mão é a regra na nova casa Pregos & Martelos, na Praça do Marquês, que também serve bifanas e petiscos tradicionais.

O pão abre-se com delicadeza, recheia-se com um suculento bife do lombo no ponto e come-se tal como é preparado: à mão. As instruções para a montagem de um bom prego são seguidas à risca pelo casal Moutinho, à frente da cozinha desta casa de pregos moderna que não fecha a porta a outros petiscos bem portugueses.

A história do Pregos & Martelo começa onde acaba a da churrasqueira Galinhola, depois de mais de 30 anos a funcionar na Praça do Marquês. A nova cara do negócio obrigou a uma inevitável remodelação. Mantiveram-se os vitrais coloridos que enchem de luz natural a cozinha, aberta e sem segredos para quem se senta ao balcão, o néon que indica a localização da sala de jantar e, talvez o mais importante, a equipa de funcionários que transitou da antiga churrasqueira. «A ideia passou por transformar isto numa pregaria com petiscos e comidas regionais portuguesas mas com um ambiente moderno», explica José.
O prego do costume sai rápido e recheado com carne do lombo em pão da avó, fresco, comprado todos os dias na pastelaria Novo Imperador, que mora do lado de lá da rua. O toque moderno não se faz sentir apenas na decoração, pontilhada com mosaicos hidráulicos e lâmpadas de filamentos que contrastam com a vitrina recheada de presuntos e petiscos.

À receita tradicional do prego juntam-se novos ingredientes para criar duas das versões que são já as mais requisitadas, o Ferrugem e o Aço, onde o lombo se faz acompanhar de cebola caramelizada ou de queijo da Serra, respectivamente. Bolinhos de bacalhau, iscas de fígado, moelas e pataniscas compõem o verso desta carta familiar que termina com um leque de sandes em pão bijou. A mais valiosa é a bifana, cujo segredo está na receita da Dona Rosa, a experiente cozinheira que as faz «todos os dias, sempre em pequenas quantidades».
O cardápio recomenda um copo de vinho tinto sempre à mão. Porém, o segredo da lista de bebidas esconde-se na limonada caseira de travo anisado, cuja fórmula secreta foi congeminada por Cláudia Moutinho. Com ou sem álcool, certo é que por aqui, não há pregos feitos a martelo.  [daqui]

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