Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Árbitros e liberdade de expressão

Árbitros querem banir palavras como "Polvo", "Padre" ou "Apito Dourado"

 
Liderados por um senhor que até é useiro em pedir bilhetes para jogos de um certo clube cuja luz incide apenas sobre os padres da paróquia, e quando já tiveram tantas oportunidades para defender a classe, subitamente, quando os indícios de corrupção passaram claramente a ser óbvias evidências de corrupção, levantaram a voz. E levantaram-na contra a liberdade de expressão.
Curiosamente também, não clamam pela justiça nas suas avaliações e classificações que todos já percebemos terem sido comprometidas com a elevação dos medíocres aio serviço dos lampiões. Não clamam por melhores condições de formação e trabalho. Clamam para calar um dos pilares da democracia: a LIBERDADE DE EXPRESSÃO.


Eis o comunicado:

Os árbitros C1, assistentes e estagiários decidiram por unanimidade entregar pedidos de dispensa que terão efeito a partir do prazo regulamentar.
A ausência dos árbitros nas competições profissionais será efetiva, nessa data, caso não se verifiquem os seguintes pressupostos:
Total ausência de insinuações, da parte de clubes e agentes desportivos, que coloquem em causa a honra e o bom nome dos árbitros; por clubes e agentes desportivos entendem-se os seus dirigentes, treinadores, jogadores e demais funcionários, os meios de comunicação próprios e aqueles que promovem nas redes sociais;
O período de 20 dias com total ausência de insinuações deve abranger todas estas pessoas e meios. Para que não restem dúvidas, entendemos por insinuações: acusar os árbitros de errarem de forma propositada; acusar árbitros de prejudicarem sempre o mesmo clube; referirem-se, direta ou indiretamente, a qualquer ato não provado de corrupção; aplicar aos árbitros, de forma direta ou indireta, expressões como «polvo», «padre», «diácono» ou «apito dourado», entre outras infelizmente utilizadas por diversos clubes já esta época;

- Durante estes 20 dias exigimos reuniões da APAF e cinco árbitros com o presidente e Direção da Liga, com o objetivo de definir e aprovar um corpo regulamentar que reforce a punição de quem não cumpre as normas éticas e disciplinares a que estão obrigados todos os agentes, tal como sucede, por exemplo, na UEFA;
 
Este novo corpo regulamentar de normas éticas e disciplinares deverá ser aprovado pela Direção da Liga durante este prazo, e submetido a Assembleia Geral da Liga até 31 de dezembro de 2017, passando a vigorar assim que for regulamentarmente possível.

Consideramos que é equilibrada esta posição dos árbitros, tomada de forma a defender o Conselho de Arbitragem e para bem do futebol português, garantindo a igualdade de direitos entre os clubes e todos os agentes desportivos. Ao mesmo tempo, isto dá à Liga e aos clubes profissionais de futebol tempo suficiente para agir, de forma ponderada mas firme, na defesa das competições em que participam.

Os árbitros são hoje – como sempre foram – sensíveis aos apelos ao bom senso.  
Mas já não estão disponíveis para continuar a ser os únicos agentes do universo do futebol profissional com bom senso.

Mas ninguém pode ficar com dúvidas: se muita coisa não mudar nos próximos 20 dias, os árbitros não continuarão disponíveis para aceitar que a sua honra e bom nome continuem a ser sistematicamente postos em causa por quem tem por obrigação defender a integridade das competições profissionais. Queremos que seja promovida uma reflexão urgente para bem do futebol português, envolvendo todos os agentes desportivos e demais parceiros, como as associações de classe dos dirigentes, treinadores, jogadores e todas as que fazem parte da indústria do futebol.
As condições de serenidade, respeito e segurança, que são absolutamente essenciais para que os árbitros entrem em campo, estão em crise. Algo tem de ser feito de imediato pelo futebol!

Nesse sentido, a APAF e os árbitros resolveram criar um gabinete jurídico específico, destinado a acompanhar e analisar todas as declarações públicas nos diversos órgãos de Comunicação Social, de forma a responsabilizar civil e criminalmente toda e qualquer pessoa que coloque em causa a honra e o bom nome de qualquer agente da arbitragem.
A APAF oficiará esta quinta-feira a Direção da Liga no sentido de marcar, de forma urgente, a primeira reunião de trabalho com vista a definir e fazer aprovar regulamentos disciplinares que punam verdadeiramente quem não respeita os agentes de arbitragem.



 


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