Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

IPDJ vergonha encornada

Castigo a Fernando Madureira:
Super Dragões recordam desacatos e very light

Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, de apoio ao FC Porto, foi castigado com uma multa de 2600 euros e a uma sanção acessória de interdição de acesso a recintos desportivos por um período de seis meses, apurou O JOGO. A pena foi aplicada pelo IPDJ e tem como motivo o polémico cântico alusivo à Chapecoense durante o encontro de andebol entre FC Porto e Benfica, realizado na última temporada, no Dragão Caixa. Através de um comunicado, a claque mostrou "surpresa e repúdio" com a decisão, considerando-a "absurda".

"A direcção da Associação Super Dragões, claque legalizada de acordo com a legislação em vigor, vem por este meio manifestar total surpresa e repúdio perante o castigo de que Fernando Madureira, líder do grupo, foi no dia de hoje alvo por parte do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Esta medida verdadeiramente absurda e sem qualquer fundamento legal conforme será provado nas instâncias competentes, é absolutamente inédita pois jamais um cidadão foi punido por entoar um qualquer cântico, fosse ele mais ou menos ofensivo. Mas ainda mais inédito, e quiçá alvo de um novo recorde mundial, é alguém ser castigado por um cântico que não entoou.
Ironia das ironias, a penalização é conhecida poucos dias após um fim de semana onde dois jogos transmi
tidos em direto por diferentes canais de televisão foram interrompidos por desacatos de adeptos. Será que nestes casos o IPDJ vai atuar? Será que o IPDJ vai levantar processos a quem prevaricou com todo o país a assistir em direto?", questiona a claque.

"Ficamos portanto a saber que no desporto em Portugal, um cântico é mais grave do que violência física praticada contra outros adeptos ou forças de autoridade. Mas até os próprios cânticos têm cor clubística pois aqueles que aludem a crimes como o "very light" no Jamor continuam a ser permitidos e não sofrer qualquer punição. Pasme-se, enquanto se ouvem discursos inflamados das altas figuras do futebol português a clamarem por paz e serenidade, por acalmia e concordância, surgem depois estes acontecimentos que mais não servem do que acicatar ainda mais um ambiente já de si conturbado. Não basta pedir paz, é preciso praticá-la! Os responsáveis não se podem posteriormente demitir das suas responsabilidades perante estes factos", pode ler-se ainda.

"Para finalizar, uma palavra de forte solidariedade e reflexão para com Fernando Madureira. Bem sabemos que o recurso tem efeitos suspensivos e como tal continuaremos a contar com a sua presença nos recintos desportivos onde as equipas do Futebol Clube do Porto defenderem as nossas cores, mas a revolta é óbvia e abrange todos os ultras e portistas em geral. Se calhar, num país onde a ilegalidade continua a ser premiada
, está na altura de mudar de comportamentos e deixar de colaborar ativamente com forças de segurança e demais instâncias responsáveis por eventos desportivos para que depois os Senhores do Futebol provem do seu próprio veneno", termina.
 [ daqui ]


O líder da claque Super Dragões reagiu:
Sobre o Instituto Português do Desporto e Juventude, as palavras são duras: "Tem dois pesos e duas medidas. O IPDJ está ao serviço do clube do regime, é mais uma decisão para beneficiar o Benfica e prejudicar o F. C. Porto. Se não fosse líder dos Super Dragões, não haveria esta decisão. É um ataque ao F. C. Porto de um instituto público, que tem de estar ao serviço de todos os cidadãos", afirmou, mostrando-se revoltado com o castigo.
"Sim, claro que há revolta. Ainda este fim de semana, tivemos dois jogos do Benfica (futsal e futebol) com violência física e o IPDJ não toma medidas nenhumas. Eles sabem que o Benfica apoia ilegalmente as claques, situação que daria a interdição do Estádio da Luz e mesmo a perda de pontos, mas fecham os olhos. "Foi uma sátira de mau gosto [o cântico que envolve o avião da Chapecoense], claro que sim. Não devia ter existido, mas daí a apanhar seis meses vai uma grande diferença".

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