"Atentado à democracia são os negócios escuros ilegais e a corrupção endémica que habita o nosso sistema", defende o presidente do Observatório da Justiça.
O presidente do Observatório da Justiça, Boaventura Sousa Santos, admite que "a justiça portuguesa está a atuar com excesso de zelo" no caso Rui Pinto.
Boaventura Sousa Santos defende que o caso "não devia ser tratado como particularmente grave" e afirma que "dá a ideia de que a justiça portuguesa está a entrar na paranoia internacional de que estas pessoas são um atentado à democracia".
Na opinião de Sousa Santos, os crimes de que Rui Pinto é acusado "não são um atentado à democracia". "Atentado à democracia são os negócios escuros ilegais e a corrupção endémica que habita o nosso sistema", diz.
Para o presidente do Observatório da Justiça este caso "não devia ser dramatizado", pois "a atividade considerada criminosa não tem por objetivo final cometer crimes mas impedir que outros crimes se cometam e trazer à luz outros crimes".
O denunciante do Football Leaks chegou esta quinta-feira a Portugal. O avião que transportava desde Budapeste, Hungria, o pirata informático Rui Pinto aterrou em Lisboa 3 minutos antes das sete da tarde.
Rui Pinto é acompanhado por agentes da Policia Judiciária e depois de pernoitar nas instalações da PJ, deve ser presente amanhã a um Juiz do tribunal de Instrução Criminal.
O denunciante do "Football Leaks" é suspeito de crimes informáticos e tentativa de extorsão ao fundo de investimento Doyen e a sua extradição decorre de um pedido das autoridades nacionais. Rui Pinto chega a Portugal numa altura em que colabora com as autoridades judiciais de vários países europeus, como a Suíça e a França. (daqui)
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