Perante o olhar embevecido do Rodrigo e da Clara , o Senhor Presidente Pinto da Costa consumou o hat - trick, despachando-os em três penadas , que era preciso voltar depressa para o Porto , que jogava no dia a seguir e ele não é como aqueles Vieiras que passam a vida a faltar aos jogos dos clubes a que presidem por dá cá aquela palha. É caso para dizer aos benfiquistas que todos os burros comem palha..é preciso é saber dá-la. E o actual presidente tem sido exímio....
Pinto da Costa , nesta fase avançada da sua vida , só costuma dar entrevistas quando precisa de dizer alguma coisa e na última sexta não fugiu à regra. Foram três os coelhos que ele tirou da cartola , dando corpo ao famoso truque do chapéu , mais conhecido em futebolês por hat-trick.
1º) O Apito Dourado é uma palhaçada motivada por uma guerra Lisboa - Porto dentro do Ministério Público e da PJ como o Procurador Geral da República teve ocasião de informar e confirmar.
2º) O célebre livro que esteve na origem da reabertura dos processos que tinham sido arquivados tem o dedo do Benfica e foi escrito a várias mãos , sendo uma fraude congeminada pelo senhor Vieira e por uma jornalista que é visita de sua casa , até porque o original está guardado em boas mãos.
3º) A credibilidade da testemunha principal da coisa está ferida de morte pela própria dra Morgado ( que com o marido perseguem o presidente do Porto há muito por razões insondáveis.. ) quando manda arquivar de novo o processo das agressões a Bexiga, não acreditando em Carolina que se confessa mandante do crime em investigação.
Concluindo, a entrevista deu a perceber o ridículo do desenho táctico gizado pelo ministério público; a dupla formada por Mizé e Carolina Salgado é, objectivamente, um equívoco. Ficamos a saber que a confissão de Carolina Salgado relativamente ao caso Bexiga -- na qual ela se assume como a mandante directa da agressão -- foi considerada inconsistente. Ou seja, a auto-incriminação de Carolina foi tida como falaciosa, razão porque o processo foi arquivado sem que Carolina tenha sido pronunciada arguida. Levanta-se pois a questão elementar: como é que Carolina Salgado é tida como testemunha crucial nos processos que acusam Pinto da Costa quando a sua própria confissão não é considerada credível? Ressalta aqui a citação de JNPC a Joana Amaral Dias...
Ficamos a estranhar como foi possível o MP lisboeta ter apostado tão alto em Carolina sem por um momento tentarem compreender as armadilhas do quadro emocional em que ela estava imersa. Nem vale a pena lembrar que a versão publicada terá sido "ligeiramente" alterada de molde a satisfazer as amizades sulistas de Carolina -- assim o prova a versão original a que a defesa de Pinto da Costa terá conseguido aceder. Carolina Salgado foi visivelmente movida por um amor que apesar de ferido ainda estava suficientemente vivo para deixar de doer. O ministério público viu em Carolina Salgado uma oportunidade de ouro. Nada contra. Mas deveria ter procurado perceber que, por definição, os gestos da ordem da traição não têm escrúpulos. Basta pensar que Carolina foi capaz de confessar um crime que pelos vistos o MP acha que não cometeu e estamos conversados. A questão é que, como o ministério público já deve ter percebido, a paixão que alimenta a traição pouco se comove com rigores da justiça. A Mizé está "quilhada" e o Vieira lá vai ter que meter a viola no saco...