Um estudo veio demonstrar que os homens poligâmicos vivem mais do que os monogâmicos...
O artigo em causa:
Um estudo de pesquisadores britânicos observou que homens de países que permitem a poligamia – o casamento com mais de um parceiro – vivem em média mais que aqueles que vivem em países onde a prática é proibida.
Cientistas da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, perceberam que homens acima de 60 anos de 140 países poligâmicos têm uma expectativa de vida em média 12% maior que a de homens de 49 nações monogâmicas.
Os dados, obtidos a partir de relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram calculados de maneira a desconsiderar fatores socioeconômicos nos diferentes países.
As conclusões foram apresentadas pela coordenadora da pesquisa, Virpi Lummaa, em um encontro internacional de estudos de comportamento em Ithaca, Nova York (EUA), e reproduzidas em reportagem da revista New Scientist.
Explicações
Em sua exposição, a pesquisadora tentou encadear explicações para este fenômeno.
Teorias sobre a longevidade humana procuram explicar por que homens e mulheres vivem tanto. No caso das mulheres, a questão é entender por que a longevidade se estende muito além do fim do ciclo reprodutivo, encerrado na menopausa.
Algumas pesquisas apontam para o 'efeito avó', afirmando que a chegada de netos serviria de estímulo para a longevidade das mulheres. Além disso, a chegada da menopausa permitira que se evitasse uma "concorrência" entre gerações de fêmeas.
No caso dos homens, os pesquisadores descartaram a existência de um "efeito avô" semelhante. Em vez disso, a longevidade se explicaria pelo fato de machos da espécie humana continuarem férteis mesmo em idades avançadas, disse Virpi Lumma.
Isto é exacerbado em culturas poligâmicas, nos quais homens têm filhos com diversas mulheres, em geral de diferentes idades.
A revista New Scientist destacou ainda que as explicações poderiam ser genéticas tanto quanto sociais.
Por um lado, homens que continuam a ter filhos aos 60 ou 70 anos podem ser levados a tomar mais cuidado com sua própria saúde, já que têm mais bocas para alimentar, afirmou a revista.
Por outro lado, milhares de anos de evolução podem ter selecionado homens com maior longevidade em países poligâmicos.
Um pesquisador ouvido pela revista, Chris Wilson, antropólogo na Universidade de Cornell, em Ithaca, destacou também a influência que pode ter o cuidado de diversas mulheres cujo status social depende da boa saúde do seu marido. "Não me surpreende que homens nessas sociedades vivam mais que homens em sociedades monogâmicas, onde eles ficam viúvos e ninguém cuida deles."
O artigo em causa:
Um estudo de pesquisadores britânicos observou que homens de países que permitem a poligamia – o casamento com mais de um parceiro – vivem em média mais que aqueles que vivem em países onde a prática é proibida.
Cientistas da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, perceberam que homens acima de 60 anos de 140 países poligâmicos têm uma expectativa de vida em média 12% maior que a de homens de 49 nações monogâmicas.
Os dados, obtidos a partir de relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram calculados de maneira a desconsiderar fatores socioeconômicos nos diferentes países.
As conclusões foram apresentadas pela coordenadora da pesquisa, Virpi Lummaa, em um encontro internacional de estudos de comportamento em Ithaca, Nova York (EUA), e reproduzidas em reportagem da revista New Scientist.
Explicações
Em sua exposição, a pesquisadora tentou encadear explicações para este fenômeno.
Teorias sobre a longevidade humana procuram explicar por que homens e mulheres vivem tanto. No caso das mulheres, a questão é entender por que a longevidade se estende muito além do fim do ciclo reprodutivo, encerrado na menopausa.
Algumas pesquisas apontam para o 'efeito avó', afirmando que a chegada de netos serviria de estímulo para a longevidade das mulheres. Além disso, a chegada da menopausa permitira que se evitasse uma "concorrência" entre gerações de fêmeas.
No caso dos homens, os pesquisadores descartaram a existência de um "efeito avô" semelhante. Em vez disso, a longevidade se explicaria pelo fato de machos da espécie humana continuarem férteis mesmo em idades avançadas, disse Virpi Lumma.
Isto é exacerbado em culturas poligâmicas, nos quais homens têm filhos com diversas mulheres, em geral de diferentes idades.
A revista New Scientist destacou ainda que as explicações poderiam ser genéticas tanto quanto sociais.
Por um lado, homens que continuam a ter filhos aos 60 ou 70 anos podem ser levados a tomar mais cuidado com sua própria saúde, já que têm mais bocas para alimentar, afirmou a revista.
Por outro lado, milhares de anos de evolução podem ter selecionado homens com maior longevidade em países poligâmicos.
Um pesquisador ouvido pela revista, Chris Wilson, antropólogo na Universidade de Cornell, em Ithaca, destacou também a influência que pode ter o cuidado de diversas mulheres cujo status social depende da boa saúde do seu marido. "Não me surpreende que homens nessas sociedades vivam mais que homens em sociedades monogâmicas, onde eles ficam viúvos e ninguém cuida deles."