Não basta ganhar
...porém, não ficaram por aqui os motivos de satisfação pessoal do presidente benfiquista. Aproveitando a social opportunity da deslocação a Liverpool, ele levou consigo todos os presidentes que votam na Liga de Clubes - com excepção de Sporting, FC Porto e do próprio presidente da Liga - e deve ter trazido consigo na bagagem, a troco da viagem, de uns almoços e da oportunidade de projecção social, o número suficiente de votos para garantir que, nas próximas eleições, por si ou por pau-mandado, o Benfica passará a dominar por completo a Liga de Clubes. Sozinho, desta vez, sem necessidade de fazer sociedade com o Boavista ou o major.
Com tantos triunfos simultâneos garantidos à conta de uma simples deslocação a Liverpool, o presidente do Benfica sentiu-se imediatamente tão "confortável", como dizem os banqueiros, que desatou imediatamente a disparar sobre os não-presentes na comitiva: partiu para Liverpool com um insólito comício em pleno aeroporto, cujo objectivo era ofender o presidente do FC Porto e diminuir o presidente da Liga - o seu aliado de ontem, hoje descartável; e regressou de Liverpool para logo se lançar num descabelado e deselegantíssimo ataque ao presidente do Sporting, seu amigo de ontem, a propósito da questão de saber qual dos dois clubes estará mais falido e qual deles terá recebido mais ajudas da Câmara de Lisboa, para o respectivo estádio (aqui, eu posso ajudar, tendo feito as contas: cerca de 13 milhões de contos, em dinheiro ou espécie, recebeu o Benfica, e cerca de 7 milhões o Sporting).
Só que, aparentemente, o presidente do Benfica, ... dá-se mal com a recompensa. Não sabe ganhar, da mesma forma que sabe lutar pela vitória. É claro e nítido que ele não quer apenas recuperar o Benfica, mas quer também mandar em todo o futebol português, através do controlo da Liga, como aliás disse desde logo. É clara e nítida a influência determinante que o Benfica já tem hoje em sectores decisivos dos bastidores do futebol (basta ver como o José Veiga se dirige aos árbitros, como se fossem seus empregados, quando não gosta do trabalho deles...). Mas parece que isso não basta: Vieira agora quererá o poder todo para si, despreza os aliados de ontem e quer ver os inimigos, não apenas vencidos no campo, mas pessoalmente arrasados. É capaz de ser palha de mais para a sua carroça.
2- Numa jornada sem nenhum interesse, registei: - o chatíssimo jogo de Setúbal, onde o FC Porto só podia naturalmente vencer;
- a sétima vitória consecutiva do Sporting sobre um Boavista desfalcado e através de mais um jogo sem classe e com discretas, mas importantes, decisões favoráveis da arbitragem (as quais, passam naturalmente em silêncio, por parte dos dirigentes leoninos, sempre prontos a inversamente reclamarem aos gritos, nem que seja um canto mal decidido);
- o habitual e comovente esforço dos comentadores televisivos para desculparem as más exibições do Benfica com pretensos erros de arbitragem, cujo juízo chega a ser despudorado (olha, se fossem eles a arbitrar os jogos do Benfica!);
Com tantos triunfos simultâneos garantidos à conta de uma simples deslocação a Liverpool, o presidente do Benfica sentiu-se imediatamente tão "confortável", como dizem os banqueiros, que desatou imediatamente a disparar sobre os não-presentes na comitiva: partiu para Liverpool com um insólito comício em pleno aeroporto, cujo objectivo era ofender o presidente do FC Porto e diminuir o presidente da Liga - o seu aliado de ontem, hoje descartável; e regressou de Liverpool para logo se lançar num descabelado e deselegantíssimo ataque ao presidente do Sporting, seu amigo de ontem, a propósito da questão de saber qual dos dois clubes estará mais falido e qual deles terá recebido mais ajudas da Câmara de Lisboa, para o respectivo estádio (aqui, eu posso ajudar, tendo feito as contas: cerca de 13 milhões de contos, em dinheiro ou espécie, recebeu o Benfica, e cerca de 7 milhões o Sporting).
Só que, aparentemente, o presidente do Benfica, ... dá-se mal com a recompensa. Não sabe ganhar, da mesma forma que sabe lutar pela vitória. É claro e nítido que ele não quer apenas recuperar o Benfica, mas quer também mandar em todo o futebol português, através do controlo da Liga, como aliás disse desde logo. É clara e nítida a influência determinante que o Benfica já tem hoje em sectores decisivos dos bastidores do futebol (basta ver como o José Veiga se dirige aos árbitros, como se fossem seus empregados, quando não gosta do trabalho deles...). Mas parece que isso não basta: Vieira agora quererá o poder todo para si, despreza os aliados de ontem e quer ver os inimigos, não apenas vencidos no campo, mas pessoalmente arrasados. É capaz de ser palha de mais para a sua carroça.
2- Numa jornada sem nenhum interesse, registei: - o chatíssimo jogo de Setúbal, onde o FC Porto só podia naturalmente vencer;
- a sétima vitória consecutiva do Sporting sobre um Boavista desfalcado e através de mais um jogo sem classe e com discretas, mas importantes, decisões favoráveis da arbitragem (as quais, passam naturalmente em silêncio, por parte dos dirigentes leoninos, sempre prontos a inversamente reclamarem aos gritos, nem que seja um canto mal decidido);
- o habitual e comovente esforço dos comentadores televisivos para desculparem as más exibições do Benfica com pretensos erros de arbitragem, cujo juízo chega a ser despudorado (olha, se fossem eles a arbitrar os jogos do Benfica!);
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