Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Pedras Rubras, vulgo Sá Carneiro, perde a liderança para a Galiza

Primeiro, de forma luxuosa, foi recusada (???!!!) a plantaforma logística da Ryanair, depois lamentamos estar a perder influência relativamente aos aeroportos da Galiza. Alguém nos percebe? Alguém pode ser responsabilizado?

Se as decisões são de Lisboa, então fica tudo explicado. Temos de justificar o elefante branco da OTA.


por Ricardo David Lopes

O aeroporto Francisco Sá Carneiro (ASC) tem vindo a perder peso face aos três da Galiza, tendência que se agravou em 2005, ano que as infra-estruturas espanholas acolheram 55,04% dos passageiros que circularam nos aeroportos do noroeste peninsular. A perda de primazia, contudo, data de 2003, quando os movimentos nos aeroportos de Vigo, Santiago e Corunha corresponderam a 50,81% do total quando, antes, os do ASC superavam os dos três galegos. Apostar no turismo e no transporte de carga de modo a complementar com a Galiza, diz um estudo do Eixo Atlântico, é a melhor solução para os interesses desta euro-região.

Na origem da quebra, defende o estudo "Sistema Aeroportuário do Eixo Atlântico", estão factores como as obras de ampliação do ASC - que comprometeram a sua capacidade entre 2002 e 2004 - o encerramento da Sabena e Swissair e, ainda, a "política de concentração do tráfego da TAP em Lisboa", desde 1999. A estes factores junta-se o 11 de Setembro, que, no entanto, afectou todos.

ASC cresce mais devagar

Dos quatro aeroportos do noroeste peninsular, o ASC foi, aliás, o que registou o menor crescimento nos últimos 10 anos (4,52% em média, contra 7,55% dos galegos). O da Corunha cresceu 12,26%, o de Vigo 11,25% e o de Santiago de Compostela 4,76%.

Xoan Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico - liderado actualmente pelos autarcas de Santiago, Guimarães, Vigo, Porto, Chaves, Arousa, Pontevedra e Viana do Castelo - defende que a "falta de competitividade" do ASC face aos congéneres galegos na captação de companhias de baixo custo também ajudou à quebra agora agravada.

O documento identifica o turismo e o transporte de mercadorias como factores de crescimento da região abrangida pelo Eixo, sendo que a aposta deve ser feita numa lógica de "complementaridade" das infra-estruturas.

O ASC e o aeroporto de Vigo devem reforçar a componente de transporte de carga, com o primeiro a apostar na carga geral (têxtil, calçado, componentes de automóvel) e o segundo no pescado fresco. No caso do Porto deve apostar-se na "concretização rápida" de uma plataforma logística aero-rodoviária, até porque há "espaço para construir uma plataforma logística ampla ao lado da pista, do outro lado da aerogare.

No turismo, a aposta deve começar pelo Porto e Santiago de Compostela, também numa lógica de complementaridade, uma vez que são os dois aeroportos onde o tráfego turístico é mais relevante. Entretanto, até que esteja concluída a alta velocidade entre as regiões, deve "ampliar-se as suas áreas de influência", o que passa por articular o transporte aéreo com o rodoviário, com autocarros turísticos.

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