(*) Por Jorge Maia, in O JOGO, de hoje
1 - Há uma excelente notícia escondida, encolhida de medo, por detrás de todo o chinfrim em torno da nomeação de Maria José Morgado para coordenar a investigação do processo Apito Dourado. Um país que investe fortunas e os seus melhores elementos a investigar a corrupção no futebol tem mesmo de ser um pequeno paraíso à beira-mar plantado. Quais redes de pedofilia e de tráfico de seres humanos? Quais redes de tráfico de droga e de contrabando? Quais crimes económicos? Qual Operação Furação? Qual crime organizado? Qual violência doméstica? Quais homicídios qualificados ou inqualificados? A grande prioridade da nossa Justiça, aquilo que nos traz a todos desassossegados e inseguros, aquilo em que investimos uma das nossas melhores investigadoras é em saber se o presidente do clube x pagou ao árbitro y para ganhar ao clube z. Depois sim, podemos respirar mais tranquilamente e deixar os miúdos brincar na rua outra vez.
2 - Edson, jogador do Paços de Ferreira, teve uma entrada violenta sobre Pepe, central do FC Porto, no jogo disputado no último fim-de-semana no Dragão. O jogador do Paços de Ferreira tinha visto apenas dois amarelos durante o resto da temporada e nunca tinha sido expulso ao serviço do seu clube. A Comissão Disciplinar da Liga castigou-o com dois jogos de suspensão e multa de 500 euros, aplicando-lhe o ponto 1 do artigo 122 do regulamento disciplinar. Há duas semanas, o mesmo artigo serviu para justificar a aplicação de apenas um jogo de castigo e 400 euros de multa a Nuno Gomes por uma entrada violenta sobre João Moutinho no clássico de Alvalade. Isso apesar daquela ser a segunda expulsão de Nuno Gomes no presente campeonato. Critérios.
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