A agência de comunicação pediu a rescisão amigável ao F. C. Porto, por receio de ir à falência, devido a pressões ilícitas que tem vindo a sentir
F. C. Porto não quis comentar decisão da LPM
A agência de comunicação LPM solicitou ao F. C. Porto a rescisão amigável de contrato para a prestação de serviços de assessoria mediática. Em carta enviada à SAD Portista, a empresa de Luís Paixão Martins alega que, por via da ligação ao clube do Dragão, tem sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas.
"Pela circunstância de estarmos ligados ao Futebol Clube do Porto por um contrato de prestação de serviços de Conselho em Comunicação e Assessoria Mediática temos sofrido, nas últimas semanas, uma lamentável sucessão de pressões ilegítimas.
Não é este o momento adequado para tornarmos público o conteúdo e a forma dessas pressões, mas queremos deixar claro que nunca, nos 20 anos de actividade da LPM, algo de semelhante tinha ocorrido.
Tememos que a continuação do contrato que nos liga ao FCP possa colocar em risco a normal actividade da LPM em prejuízo dos cerca de 70 colaboradores que empregamos e das cerca de 50 instituições que representamos.
Estas circunstâncias levam-nos a solicitar a rescisão amigável do contrato.
No momento em que o fazemos deixamos claro que nada de menos ético – muito menos ilegal - ocorreu no nosso relacionamento com a vossa instituição e que as pressões que têm sido exercidas sobre a LPM, essas sim, pressupõem uma lamentável falta de seriedade de entidades que deveriam dar o exemplo ao País.
A curta experiência de trabalho com o FCP confirmou, infelizmente, o que tínhamos identificado no diagnóstico inicial: existe uma anormal coligação de interesses que procura impedir a expressão pública da vossa instituição, mesmo quando se trata de situações que poderíamos descrever como de legítima defesa.
Nas últimas semanas, porque ocorreram episódios mediáticos (a maior parte sem qualquer intervenção nem do FCP nem da LPM) que mostram quão frágil é o guião construído por esses interesses, foram sendo utilizados sobre a nossa empresa meios, públicos e privados, que relevam sobremaneira o desespero dessas entidades e a falta de consideração pelos princípios éticos que deviam respeitar.
Neste contexto, estamos certos de que compreenderão melhor do que ninguém esta nossa decisão.", terminam assim a carta.
Distracções judiciárias
No mesmo blogue profissional (http//bloglpm.lpmcom.pt) onde revela a carta endereçada à SAD do F. C. Porto, Luís Paixão Martins também denuncia distracções judiciárias.
"[...] Como é do domínio público, o Benfica recorre aos serviços de uma agência de comunicação há mais de dois anos e só agora o F. C. Porto decidiu proceder do mesmo modo. E só agora é que o porta-voz da PJ parece preocupado com o assunto", escreve Luís Paixão Martins.
Actuação da Polícia Judiciária posta mais uma vez em causa
O patrão da LPM, empresa que assessoria o Supremo Tribunal de Justiça e empresas como a Coca-Cola, a Nike, a Macdonald's, o Banco Espírito Santo, entre muitas outras, observa que a "discussão acalorada" em torno do Apito Dourado "está a deixar marcas no processo". "A PJ - concluiu Luís Paixão Martins - esforça-se por me posicionar como uma espécie de Maria José Morgado ao contrário. A procuradora consegue fazer do nada um processo terrível. Eu conseguiria (na visão da PJ) tornar em nada um processo terrível. Haja paciência".
Fonte: LPM
Ver artigo original do Jornal de Notícias