Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

E no Cairo: têm visto mulheres?

O Pedro António (tem 13 anos) "sacou" esta opinião da Net. Sabe que foi escrita pelas teclas de Pedro Correia. Achei muito bem escrito e partilho em género e quantidade. Leiam:


«Tapar e segregar as mulheres para não distrair os homens?! O véu integral pode ser bom porque protege as mulheres? Protege-as dos homens? Se assim é, porque não prender os homens, esses seres perigosos, prontos a desrespeitar as mulheres? Porque não afastar da oração os homens que se distraem? Eles que vão para uma sala à parte, se quiserem. O véu não protege as mulheres, pelo contrário, torna-as mais vulneráveis, porque invisíveis. Piropos, qualquer uma aguenta. Não ter rosto, não ter voz. É isso que está em causa.

Deixe-me só salientar alguns aspectos:
1. Não referi o Islão, nem mesquitas, uma única vez, falei de véus. 
2. Não interessa nada se a separação de faz ao lado, atrás, em cima ou em baixo. A questão é haver segregação e o argumento ser tão rasteiro: não perturbar os homens.
3. Este argumento já o ouvi em Israel, é verdade, e aqui mesmo em Lisboa a sinagoga segrega homens e mulheres. Um mal não resolve o outro. 
4. Seguindo o seu raciocínio, suponho que os cristãos tenham uma qualidade espiritual superior uma vez que conseguem rezar com mulheres ao lado.
5. O que me preocupa não é o foro religioso, nem o que se passa durante as orações. Ainda bem que o Islão dá valor às orações das mulheres(!). Pena é que no campo dos direitos civis e na vida corrente isso não aconteça na maior parte dos países muçulmanos. É disso que se trata. Ser menor à face da lei uma vida inteira, a palavra da mulher valer menos que a do homem (não poder ser taxista, por exemplo, porque os homens depois não pagavam e a palavra deles se sobrepunha sempre - história real ouvida na Egipto), não poder ir ao banco sozinha porque não me atendem ou os homens todos me passam à frente (história real, mais uma vez), etc, etc. 
6. Por fim, parece-me claro que a proibição do véu integral não é mais do que a consequência dos direitos, liberdades e garantias que muito arduamente foram conquistados no Ocidente. Na Europa, uma mulher não deve andar tapada, mesmo que a cultura do seu país de origem o imponha, pela simples razão que na Europa, regra geral e por lei, não somos consideradas meros objectos (sexuais ou outros). Proíba-se porque, de outra forma, os abusos e violações de direitos disfarçados de prática religiosa vão continuar. É para isso que existem as proibições. E por vezes são necessárias para defender os nossos valores mais queridos

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