Eternos e frágeis
no marulhar de um concerto de pássaros
foi assim que nos invadimos
despidos de tudo
Sentei-me no teu chão
coloquei o indicador
no lado esquerdo do rosto
fixei-me nas paredes da casa
e acendi os retratos mais fluidos
só para te ver dançar
vertebrada
sensual
sem idade
fio de música
a tornear esquinas e becos
numa coreografia quase perfeita
Lá estavas inteira
a desbravar caminhos
a assumir a dimensão
do cisne branco
em pontas
vermelhas
nas minhas águas
Eternos e frágeis
no marulhar de um concerto de pássaros
foi assim que nos invadimos
despidos de tudo
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