O número de hotéis no Porto quadruplicou em 4 anos e o número de camas cresceu 36%, um fenómeno que está a preocupar os empresários do sector, porque a oferta é maior que a procura.
“Há um boom de hotéis no Porto. Só não vê quem não quer e estou bastante preocupado, porque a oferta está muito acima da procura”, diz o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), que acrescenta que a taxa de ocupação está entre os “40 a 60%”.
A explosão de novas unidades hoteleiras explica-se pelo investimento dos empresários da construção civil que viram na hotelaria uma “oportunidade de negócio”, mas também pela “ânsia” de alguns jovens que receberam de heranças familiares casas antigas no centro da cidade e as transformaram em hotéis e hostels, explica o presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros.
Em 2009, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), existiam 31 hotéis no Porto: 5 unidades de 5 estrelas, 10 unidades de 4 estrelas, 11 de 3 estrelas, 4 de 2 estrelas e 1 com 1 estrela.
Este ano, o número de hotéis portuenses situa-se nas 120 unidades, conforme informações dadas à Lusa pelo presidente do Turismo do Porto, Melchior Moreira.
O número de camas entre 2009 e 2012 aumentou 36%. Se há 4 anos, segundo o INE, existiam 7.339 camas nos 31 hotéis do Porto, a APHORT indica que actualmente, existem cerca de 10 mil camas.
Cidade “mais apelativa”
O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira, considera que o fenómeno do aumento de hotéis no Porto nos últimos 4 anos se explica, sobretudo, porque acidade está “mais apelativa” e por ser um dos “locais preferidos por muitos dos estrangeiros que visitam Portugal”.
O presidente do Turismo do Porto afasta, no entanto, a ideia de boom de hotéis na cidade do Porto e afirma que esse fenómeno não é comparável aos dos hostels, que em 5 anos aumentaram de um para 26.
“Têm surgido mais hotéis ultimamente, como o Intercontinental do Palácio das Cardosas, B&B da Batalha, Hotel Carris Porto Ribeira ou o Park Hotel Porto Aeroporto, e há projectos hoteleiros aprovados, para os edifícios Frigorífico de Massarelos e AXA dos Aliados, mas não se considera que seja propriamente um boom“, diz o presidente do TPNP.
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