Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Wresteling governativo


COMBATE FINGIDO, por Paulo Morais
O combate à corrupção tem sido uma promessa de todos os políticos. Um compromisso que nunca passou da teoria à prática. Têm sido muitas as experiências, mas os resultados, esses, são nulos. A primeira tentativa neste regime nascido a 25 de Abril, que assumiu o combate à corrupção como uma tarefa imediata (?!), foi a famosa Alta Autoridade Contra a Corrupção. Os resultados da sua acção ainda hoje, passados trinta anos, não se conhecem.
Daí para a frente, foi sempre a piorar. Nos últimos anos, então, surgiram dois organismos inúteis e risíveis.
Um deles, felizmente já extinto, foi a comissão parlamentar eventual de combate à corrupção. Era constituída por deputados ligados à banca, à promoção imobiliária e a outros negócios, sectores interessados em tudo menos no combate a essa praga.
A comissão nem fez comichão; deu um pequeno ar de sua graça e esfumou-se, deixando a corrupção no lugar central que sempre ocupou na política portuguesa.
A par desta, e sobrevivendo até hoje, surgiu um outro organismo, o fracassado Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC). O CPC é constituído maioritariamente por directores da administração pública, dependentes dos partidos, sendo pois os melhores representantes da corrupção, e não do seu combate.
E que fez, entretanto, o CPC nos três anos que leva de vida? Decidiu que as entidades gestoras de dinheiros públicos "elaborassem planos de gestão de riscos de corrupção e infracções conexas".
Ao incumbir a elaboração dum modelo de prevenção àqueles que usufruem das vantagens da corrupção, garantiu que os resultados seriam nulos. Já que os maiores beneficiados pelo sistema não iriam obviamente modificá-lo.
É como pedir a um bando de ladrões para produzir um relatório de segurança sobre os edifícios que eles próprios costumam assaltar...
A luta contra a corrupção deveria ser uma tarefa fundamental das entidades públicas. Mas com o surgimento de organismos inúteis, que apenas fingem combater a corrupção, o que se tenta prevenir de facto... é o combate à corrupção.

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