Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Dias com História: 07 de Setembro de 1822 - A Independência do Brasil

No passado dia 7 de Setembro, festejou-se o dia da Independência do Brasil. Até o Gooogle (que ainda vai dominar o mundo) fez a sua homenagem. Mas e você? Ainda se lembra como ocorreu o 7 de setembro? Se ainda se recorda, parabéns. Agora se não lembra aí vai um banho de cultura geral:

A 2 de Setembro, as novas ordens vindas de Lisboa chegaram ao Rio de Janeiro. D. Pedro estava em São Paulo, com o objetivo de resolver disputas pelo controle da Junta provincial paulista. A princesa D. Leopoldina e o ministério de José Bonifácio, tomando conhecimento das últimas notícias vindas de Portugal, resolveram enviar as ordens das Cortes, juntamente com cartas da princesa, dos ministros e de sir Chamberlain, representante inglês no Rio de Janeiro. O correio alcançou D. Pedro, no dia 7 de Setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga. Ao receber os decretos e a correspondência, proclamou a Independência, retirando de seu chapéu as fitas com as cores vermelha e azul da Corte Portuguesa. Formalizava-se a separação entre Brasil e Portugal.

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Na visão da historiografia romântica do século XIX o dia 7 de Setembro foi escolhido para marcar o momento da emancipação política do Brasil, apesar da Independência ter se concretizado, na realidade, em Agosto, com os manifestos de Gonçalves Ledo e José Bonifácio, e com o decreto de D. Pedro declarando inimigas as tropas portuguesas que aqui desembarcassem. A concepção da historiografia romântico - oficial pode ser observada no quadro do pintor Pedro Américo, que retrata o 7 de Setembro sob uma visão heróica. Nele, D. Pedro, no alto da colina do Ipiranga, envergando uniforme de gala e montando um belo cavalo, acompanhado de seus dragões erguia a espada e gritava solene: "independência ou morte". A cena, que passou para a História como a imagem oficial e marco simbólico da nossa Independência, não reflete o que ocorreu de facto.

No Rio de Janeiro e nas províncias próximas, a Independência foi saudada com entusiasmo. Absolutistas, aristocratas e democratas, que incentivaram o rompimento com as Cortes, acreditavam poder, a partir desse momento, realizar os seus projetos políticos. Para os absolutistas, o 7 de Setembro significava a derrota das forças constitucionalistas em Portugal, que limitavam o absolutismo do rei. Para os democratas, o acto do Ipiranga representava o início de mudanças mais profundas, permitindo a possibilidade de implantação no Brasil de um governo constitucional, em que "a vontade do maior número deve ser a lei de todos". Para os aristocratas, a Independência era a garantia das vantagens conquistadas desde a instalação da Corte no Rio de Janeiro.

Apesar da intensa agitação que ocorria no Rio, as populações rurais do interior mantinham-se indiferentes e mal informadas sobre os acontecimentos. Segundo relatos do naturalista Saint-Hilaire, em suas viagens pelo vale do Paraíba paulista ..."as revoluções que operam em Portugal e no Rio de Janeiro não tiveram a menor influência sobre os habitantes desta zona paulista; ... a mudança de governo não lhes fez mal nem bem,... A única coisa que compreendem é que o restabelecimento do sistema colonial lhes causaria danos, porque se os portugueses fossem os únicos compradores de seu açúcar e café, não mais venderiam suas mercadorias tão caro quanto agora o fazem."

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No dia 12 de Outubro de 1822, aplaudido por uma multidão reunida no campo de Santana, no Rio de Janeiro, D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, mas não fez o juramento da futura Constituição.

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