«Mostra-me o que Maomé trouxe de novo, e verás apenas coisas más e desumanas, como a sua ordem de divulgar a fé usando a espada»
É esta a citação feita pelo Papa Bento XVI das palavras de um imperador bizantino do século XIV, e que tanta polémica têm causado por esse mundo fora.
Ora bem:
Não está em causa se era bem isto que o Papa queria dizer, ou se as suas palavras foram retiradas de um contexto que até pretendia dizer o contrário.
Até porque estas palavras correspondem cristalinamente à verdade dos factos!
E, quer correspondessem quer não, estava o Papa no pleno direito de as proferir, possam elas ser ou não interpretadas como uma blasfémia para os muçulmanos.
Também não está em causa que as mesmíssimas palavras se aplicam ponto por ponto ao cristianismo:
Ao longo dos últimos dois mil anos, a História dos homens está manchada do sangue de milhares, de milhões de pessoas, derramado pela determinação cega dos cristãos em «divulgar a sua fé usando a espada» e em aniquilar sem piedade todos os que se lhe opuseram ou simplesmente eram de um credo diferente.
Mesmo ainda hoje, no século XXI, a Igreja Católica não desistiu de tentar moldar a vida das sociedades, procurando impor-lhes a sua ética religiosa e lutando pela implementação de Estados confessionais, mais ou menos disfarçados.
Que é precisamente, aliás, o que acontece na quase totalidade dos países muçulmanos.
O que está em causa é uma coisa completamente diferente:
O que se passa é que uma vez mais o mundo ocidental está refém de fanáticos religiosos.
E com um medo de morte, apressam-se agora os desmentidos e os pedidos velados de desculpas, tentando apaziguar a turba ululante dos fanáticos ofendidos pelas blasfemas palavras do Papa.
Uma vez mais o Ocidente tem medo.
E uma vez mais olha assustado e em pânico sobre o ombro, sem saber se deve temer o vizinho do lado, que toda a gente sabe que é muçulmano.
O que está em causa é que ninguém tem dúvidas que o Papa pensa sobre os muçulmanos exactamente aquilo que significam as palavras que citou.
O que não tem é coragem, ou talvez a liberdade suficiente para o admitir.
Ironia do destino, talvez agora o Papa tenha de engolir as suas próprias palavras quando perorou contra a liberdade de expressão quando em confronto com as religiões e os dogmas religiosos.
Simplesmente porque tem medo que lhe atirem com um avião para cima da Basílica de São Pedro.
O que está verdadeiramente em causa é saber o que ainda estamos dispostos a fazer pela defesa do nosso Estado de Direito, dos nossos valores civilizacionais e da nossa liberdade.
Ou se pura e simplesmente fomos já vencidos por esta ignóbil chantagem pelo terror.
É esta a citação feita pelo Papa Bento XVI das palavras de um imperador bizantino do século XIV, e que tanta polémica têm causado por esse mundo fora.
Ora bem:
Não está em causa se era bem isto que o Papa queria dizer, ou se as suas palavras foram retiradas de um contexto que até pretendia dizer o contrário.
Até porque estas palavras correspondem cristalinamente à verdade dos factos!
E, quer correspondessem quer não, estava o Papa no pleno direito de as proferir, possam elas ser ou não interpretadas como uma blasfémia para os muçulmanos.
Também não está em causa que as mesmíssimas palavras se aplicam ponto por ponto ao cristianismo:
Ao longo dos últimos dois mil anos, a História dos homens está manchada do sangue de milhares, de milhões de pessoas, derramado pela determinação cega dos cristãos em «divulgar a sua fé usando a espada» e em aniquilar sem piedade todos os que se lhe opuseram ou simplesmente eram de um credo diferente.
Mesmo ainda hoje, no século XXI, a Igreja Católica não desistiu de tentar moldar a vida das sociedades, procurando impor-lhes a sua ética religiosa e lutando pela implementação de Estados confessionais, mais ou menos disfarçados.
Que é precisamente, aliás, o que acontece na quase totalidade dos países muçulmanos.
O que está em causa é uma coisa completamente diferente:
O que se passa é que uma vez mais o mundo ocidental está refém de fanáticos religiosos.
E com um medo de morte, apressam-se agora os desmentidos e os pedidos velados de desculpas, tentando apaziguar a turba ululante dos fanáticos ofendidos pelas blasfemas palavras do Papa.
Uma vez mais o Ocidente tem medo.
E uma vez mais olha assustado e em pânico sobre o ombro, sem saber se deve temer o vizinho do lado, que toda a gente sabe que é muçulmano.
O que está em causa é que ninguém tem dúvidas que o Papa pensa sobre os muçulmanos exactamente aquilo que significam as palavras que citou.
O que não tem é coragem, ou talvez a liberdade suficiente para o admitir.
Ironia do destino, talvez agora o Papa tenha de engolir as suas próprias palavras quando perorou contra a liberdade de expressão quando em confronto com as religiões e os dogmas religiosos.
Simplesmente porque tem medo que lhe atirem com um avião para cima da Basílica de São Pedro.
O que está verdadeiramente em causa é saber o que ainda estamos dispostos a fazer pela defesa do nosso Estado de Direito, dos nossos valores civilizacionais e da nossa liberdade.
Ou se pura e simplesmente fomos já vencidos por esta ignóbil chantagem pelo terror.
0 comentários:
Enviar um comentário