Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Na próxima semana este espaço vai estar assim...(*)

Silêncio


As palavras são ouro ...

... mas o silêncio é de prata!

(*) porque vou estar aqui

1 comentários:

FEIRA DE SÃO MATEUS/2006

- UM CERTAME DE CORAÇÃO
E COM CORAÇÃO!


Conforme prometido, eis-me aqui.
Então, se me permitem, “vamos lá analisar a coisa, de forma calma, sem escárnio e sem mal-dizer”:
Começo por dizer que a coisa mais fácil e simples deste mundo é chegar à fala com o Presidente da Feira de S. Mateus, Jorge Carvalho.
Verifiquei-o por experiência própria!
Nunca, ao que constatei, o líder do Executivo da “Expovis” se recusou a receber fosse quem fosse! É só chegar à secretaria, perguntar por ele, entrar e falar. Fácil, não?!
É claro que para todos aqueles que chafurdam nos pântanos da maledicência anónima, dar a cara e confrontar directamente os responsáveis, conversar com eles e esclarecer dúvidas... bom, esta parte está fora de questão, não é? compreende-se!...
É infantil atirar pedradas às pessoas e meter de seguida as mãos aos bolsos como se não fosse nada connosco. Infantil, estúpido e perigoso. E depois lembra aquele velho ditado “só se atiram pedras às árvores que dão bons frutos”.
Mas, vejamos, para responder às críticas que por aí têm circulado:
As entradas na Feira de Março, em Aveiro, custam realmente 1,5 euros (dos quais 37,5% revertem a favor das Corporações de Bombeiros daquela cidade). Todavia, atente-se no sofisma desta afirmação: - A Feira de Março cobra-se de 1,5 euros, mas apenas em dias normais. Os críticos não referem – porque lhes não convém ao discurso - que os dias de espectáculo são cobrados a DEZ EUROS!!!
Ora, acrescenta Jorge Carvalho, “se nos vierem provar que a cidade está preparada para pagar ingressos no valor de 10 euros nós até cá trazemos o Júlio Iglésias para actuar!...”
Falemos agora de:
1-Receitas:
A Direcção da Feira prossegue a política seguinte: Bombeiros Voluntários – 100 por cento das receitas; Rádio Renascença – 100 por cento das receitas; Paróquia de São José – 100 por cento das receitas; e Confraria de São Vicente de Paulo – 100 por cento das receitas.
Pergunto: chega para “bater” os 37,5% da Feira de Março?
A política da “nossa” Feira é, em meu entender, muito mais abrangente e muito mais justa, pois “entrega” totalmente os dias festivos às referidas Instituições, sendo, por isso mesmo, tudo da responsabilidade delas – bilheteiras, espectáculos, etc... A Direcção da Feira não tem nisso qualquer intervenção, permitindo que as Instituições programem e executem os seus “dias” como bem lhes apetecer.
A Direcção da Feira consegue, assim, prosseguir os seus objectivos de agradar a um público que é, necessariamente, diverso e diversificado e tem-no conseguido, isso mesmo se percebendo pelo crescente número de visitantes, de ano para ano, contrariamente ao que as más-línguas apregoam.
Se fosse minimamente verdade que a Feira estivesse a perder qualidade, a primeira coisa a ressentir-se disso seriam as bilheteiras. Ora, não é o caso!... E a Feira, como qualquer outra empresa, de qualquer género (até se pode invocar as empresas de Comunicação Social para este exemplo!), perderia drasticamente o seu mercado de acordo com a perda de qualidade!!!
Perderia expositores e perderia público visitante. Ora, os números são claros. A Feira nem perde Expositores nem perde Visitantes.
Isto deveria fazer com que os “opositores de serviço” metessem a viola no saco.
Se uma Televisão for fraca, o público-alvo muda de canal. É assim com tudo e em toda a parte. Quem assim não o entender não possui a mínima noção de nada nesta vida.
“Neste momento, alguns dos números a que já tivemos acesso, apontam para um novo “record” de bilheteiras, quer dizer cerca de 200 mil entradas pagas. Ora, isto, por si só, é o melhor elogio a que a gestão da “Expovis” pode aspirar” – rematou Jorge Carvalho.

2-Instalações Sanitárias:
Não é também verdade que haja “falta gritante” de equipamentos básicos.
A Feira tinha, no ano passado, as suas instalações sanitárias todas juntas, por não existir rede de esgotos. Este ano optou por dividi-las e espalhá-las pelo recinto. São CINCO ao todo e estão lá para quem não for cego, nem de olhos nem de espírito.
Construiu-se uma rede de esgotos nova já este ano – não se vê mas existe! – e isso permitiu a construção de cinco novos lavabos, a saber: um junto ao palco (16 às 24h), dois na zona comercial (08 à 01h) e outros dois na zona das enguias (08 às 02h). Pretendia-se acrescentar mais um na zona dos “carrousseis”, porque sabemos que daria jeito, mas a rede não o permite.

3-Bilheteiras:
Este ano, também para gente de olhos abertos, foram desenhadas e construídas novas bilheteiras, para anular o efeito “caixote” que as anteriores tinham.

“Aglomerado de feirantes sem ordem aparente”:
Existe ordem em tudo o que respeita à Feira... pode é não ser a ordem que outros lhe dariam, mas isso já é outra história! Estamos aqui como no futebol: treinadores de bancada há-os aos milhares, mas se calhar nenhum joga à bola nem nunca jogou!
A “arquitectura” do recinto da Feira está concebida por forma a optimizar os seus espaços e, ainda, por forma a permitir que, em caso de qualquer incidente, se consiga uma adequada e rápida actuação dos meios de socorro, ambulâncias, bombeiros, polícia, etc...

4-Preocupação em “vender espaços”
A procura é mais que muita e a oferta é limitada! Jorge Carvalho recebe solicitações de comerciantes que, pretendendo marcar na presença na feira, lhes vêem o pedido ser declinado por falta de espaço. “Pagando ou não, é impossível meter a Sé dentro da Igreja Nova”. Além disso, a Direcção da “Expovis” nunca poderia ficar indiferente a solicitações tão especiais, como sendo as da APPACDM e Cáritas, etc… às quais, gratuitamente, lhes são concedidos espaços para que possam angariar fundos para as suas causas, obviamente entendidas como nobres. Torna-se ridículo, por isso, vir alguém dizer que a Expovis se preocupa em propagandear a venda de espaços.


5-Corredor Central:
O terreno da Feira não estica! Jorge Carvalho é peremptório quando afirma que “o terreno disponível e delineado para a realização da Feira foi-nos entregue tal qual aí está e os metros quadrados não esticam”.
O chamado ‘corredor central’ teve, portanto, de se deixar ‘cair’. Não se fazem omoletas sem ovos. O espaço disponibilizado falou mais alto. “Não é que não tenhamos pena e que também a nós não nos agradasse contentar tudo e todos... mas era humanamente impossível. Como em tudo, na vida, “não se pode agradar a Gregos e Troianos” e nós tivemos de fazer as opções que, depois de discutidas, nos pareceram as melhores” – frizou Jorge Carvalho.
“Só no dia da inauguração registaram-se à volta de 35 mil entradas. Mas é claro que no final do certame se fará o balanço, o mais rigorosamente possível, das entradas pagas e não-pagas”.

6-Recolha de lixo:
Foi aberto um concurso público e ganhou a empresa “Higilusa”. A recolha dos lixos é efectuada em regime de permanência. Existem contentores em número considerado suficiente e todos os dias, à noite, são recolhidos e esvaziados. Se há queixas – que não há! – a “Expovis” só tem de contactar a empresa responsável.

7-A desejada fruição:
A terminar o rol de críticas à Feira actual, ouve-se que “não existe preocupação com o fruir dos visitantes”...
Então é assim: o Executivo faz sempre um esforço enorme para ir ao encontro dos gostos mais diversos e diversificados, sabendo, de antemão, ser tarefa ciclópica. Ainda assim, concretiza aquilo que considera ser a gestão mais adequada, destacando-se a presença das louças de Barcelos, o artesanato, os “carrousseis”, os carrinhos de choque, as farturas, enfim, tudo o que é importante e fundamental numa feira com este figurino e que se deseja manter popular.
Quer dizer: todos os dias é um dia novo e diferente. Se um dia há quem não goste, temos a certeza de que há quem goste e o equilíbrio revela-se perfeito.

8-Programação:
Em termos da programação, ponto muito apetecido pelos “profetas da desgraça”, Jorge Carvalho reafirma que a mesma é elaborada atendendo aos gostos de um público tão variado como é o da Feira.
E o exemplo não tarda: “O Quim Barreiros arrasta multidões. A Feira enche com o Quim Barreiros e, por exemplo, o Grupo que aí esteve, o “Mercado Negro”, teve menos 6 ou 7 mil pessoas. E o curioso é que eu próprio vi muita juventude frente ao palco, alegre, divertida e de braços no ar. Não vi a mesma coisa noutros grupos que já actuaram e, também lhe digo, vou estar atento no próximo Domingo, dia 18, com a actuação dos “Boss AC.
“ Nestas coisas de programação dita “erudita”, para intelectuais ou pseudo-intelectuais, temos de ter em conta que a “Expovis “ é uma empresa e, embora noutro plano, claro, não pode deixar de ter em atenção a sua saúde financeira. E depois, por amor de Deus!, nós temos de dar ao público o que ele quer, quando não estaríamos a fazer uma feira para o próprio umbigo.
“Enquanto eu aqui estiver, a Feira oferecerá aos visitantes aquilo e só aquilo que os visitantes desejarem e demonstrarem que gostam. A Feira – e outra coisa fora disso torná-la-ía inviável! – tem de apostar numa programação que agrade e tenha saída e não numa programação que dê prejuízo.
“Temos aí o “Viseu, Naturalmente” e nós estamos atentos e sabemos o que acontece com os programas “eruditos”. Ora, eu pergunto: onde estão, nas alturas próprias e nos espectáculos próprios, esses ditos “intelectuais”? É que aqui na Feira nós vemos e sabemos onde estão as pessoas que gostam dos programas que introduzimos e delineamos.
“ Mas, para terminar este assunto, eu gostaria muito que todos os que têm críticas viessem até aqui falar comigo, porque eu tenho, através dos números, a resposta a todas as dúvidas que possam existir.”.


A Feira está aí e os números de um balanço que já se pode adivinhar confirmam que os responsáveis da “Expovis”, uma vez mais, fizeram das tripas coração para ofertar à cidade, e a quantos de fora a visitam, um certame de coração e com coração.


By Cláudia Sofia
Setembro 2006