Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Momento Musical

Dia Mundial da Poupança

Dia Mundial da Poupança!
Mas «poupar o quê» ou «em quê»????
Quando se fala em poupanças, o povão não pensa em poupar na água, logo pela manhã quando toma banho ou lava os dentes, nem tão pouco na poupança da energia, optando pelos transportes públicos em vez do automóvel... Não. O pressuposto evidente para a poupança é: DINHEIRO, ou melhor, ter dinheiro.
Mas que droga, que dinheiro é que se vai poupar se meio mundo anda endividado (até o filho do Jardim...)?
Onde vamos encontrar o dinheirinho para poupar???
Quando descobrirem, avisem sff. Obrigadinho....

Humilhações diárias


Em nome dos milhões que diariamente sofrem humilhações semelhantes... obrigado!

Israel, como quase sempre, é que tinha razão...

Os sírios andam aterefados a limpar o local bombardeado por Israel no início de Setembro. Quem o afirma é o Institute for Science and International Security (ISIS) . Podemos concluir que tal acção redutora só vem confirmar o carácter secreto e militar das actividades ali desenvolvidas.

Síria

Curiosamente o embaixador da Síria na ONU afirmou que o edifício bombardeado não passava de «um centro para a investigação de zonas desérticas e áridas», todavia as imagens de satélite obtidas demonstram um complexo industrial em construção com uma estação de bombagem no rio Eufrates. Ou seja, as gritantes semelhanças com o reactor norte-coreano de Yongbyon são óbvias. Depois das acções "uranianas" do estado terrorista Irão, é a vez de outro estado árabe deixar ao mundo ocidental mais sinais de preocupação sobre as reais intenções de tais "empreendimentos"...

Para que não se perca o Norte

Uma bússola

Portugal no seu melhor

Imagine que se encontra no Porto, na Avenida da França e olha para o local onde ficava a Ach. Brito ... Imagine só: essa firma bem antiga, com bem mais de 100 anos, «continua a ganhar notoriedade entre os famosos dos EUA» e até informa "Estamos, neste momento, a despachar encomendas para o Bahrein, Índia e Singapura" . Podemos mesmo afirmar: «Nove em cada dez estrelas de cinema»…

No comment, from Lisboa

Um exemplo da justiça em Portugal

"A Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto deteve pela segunda vez, só neste mês, um jovem de 24 anos, por suspeitas de roubos a pessoas com recurso a armas brancas. Na sequência da primeira detenção tinha sido libertado pelo tribunal (e terá voltado a roubar no mesmo dia), mas desta vez ficou em prisão preventiva."

Contradições destes tempos (*)

F. A. Hayek costumava dizer que seria socialista se os socialistas fossem capazes de cumprir o que prometem.

Aceite a ironia, temos de reconhecer que Sócrates se tem revelado verdadeiramente socialista. Basta olhar para o aumento do desemprego ou para a subida da carga fiscal. Mas, estranhamente, João Cravinho, o herói da luta anti-corrupção – em entrevista à “Visão” (4. X.07) – diz: “Há anos que a governação em Portugal é neoliberal”, ainda que acrescente: “Não sou contra a ideia de que o privado possa fazer isto ou aquilo. Radicalmente diferente é aceitar os princípios neoliberais de que a Saúde e a Educação são problemas eminentemente privados ou, como se diz, de direito de escolha.”

Temos assim que, para o nosso herói, o direito de escolha serviu para o eleger, mas não serve para a Saúde e a Educação. Mas vamos à corrupção: será que o Cravinho das nacionalizações e de mais Estado – e mais recentemente das propostas da OTA e do TGV – não se dá conta de que esses são os ingredientes essenciais ao caldo da corrupção que diz querer combater?

Contradições que são um sinal do nosso tempo. Basta ver o eco que a sua luta teve nos media e até no discurso presidencial do 5 de Outubro. Ou o à vontade com que aqueles que com a “lei das rendas” arruinaram milhares de casas e de senhorios, “decretam” que sejam estes a pagar a “ruína” da Câmara de Lisboa. Ou ainda como nas cadeias, o Estado, embora continuando a considerar que a droga é ilícita, pretende fornecer seringas e apoio à injecção.

G. Stigler costumava estranhar como os economistas, da noite para o dia, deixaram de pregar a abstenção do governo para passar a recomendar a sua intervenção, e sem pararem sequer para pensar se algum governo teria capacidade para assumir de forma eficiente esses compromissos, antes dando-a como pressuposto.

Como se compreende que um Estado que se revela incapaz de cumprir a mais simples das tarefas, cobrar impostos – tendo para isso que contratar um “privado”, Paulo Macedo – seja o mesmo que pretende estar em todo o lado e em tudo remexer?

Um Estado que não garante segurança, mas quer corrigir o mercado e controlar os nossos excessos, sem cuidar dos seus, a começar pelo nível da despesa que alimenta o Monstro.

O orçamento costuma ser a este propósito o “momento” da grande contradição: entre uma visão pessimista e uma visão idealista da acção governativa, animada pelos melhores desejos e intenções. Uma visão que, embora em crise desde anos 60-70, continua pujante entre os nossos melhores jornalistas, basta ler o “desencanto” de Miguel Sousa Tavares (”Expresso” de 5. X.07) por ninguém se atrever “a terminar com a promiscuidade entre o Estado e os grandes negócios privados”. É verdade que MST até aceita subscrever a sugestão de Daniel Bessa de fixar um limite à cobrança fiscal em função do PIB, só faltou saber qual…

Mas talvez mais esclarecedor, por ter cunho existencial, é o texto de Ricardo Costa a propósito de Che, um assassino, mas também um “ícone único e fantástico”, quase nos pretende convencer como é bom adormecer como “romântico” e “aventureiro” para acordar a “empreender” com a economia de mercado.

Um outro sinal, talvez mais preocupante, deste conflito foi o pedido no discurso de D. José Policarpo para que o Estado reconheça a Igreja pelo serviço que presta, felizmente corrigido pela intervenção, em Fátima, de outro cardeal, Tarcisio Bertone.

Entretanto, as contradições continuarão a facilitar o saque de lugares no aparelho do Estado e nas empresas públicas (da RTP à CGD), a captura dos reguladores e a procissão de mordomias e labirintos fiscais que escondem a atribuição de contratos de milhões.

Houve um tempo em que a intervenção do Estado apelava a transcendentes ‘raisons d´État’. Agora já não se aspira a viver só no Estado, pretende-se viver do Estado. O que fundamenta a actuação conformadora e, por isso, mesmo potencialmente repressiva desse mesmo Estado. Aguarda-se o dia em que o cidadão viverá só para o Estado e com direito a parabéns do Sócrates da altura."

(*) José Manuel Moreira

A dimensão do "peso" do Estado centralista e lisboeta


Em 1974 a despesa pública em percentagem do PIB era de 23%;

Em 2007 é de 45% !

O País trabalha para manter o Estado lisboeta e as suas mordomias !

Bloco no seu pior

A propósito dos dados citados num artigo do DN:
Nos gastos com o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, Portugal despendeu 4025 euros, enquanto no terceiro ciclo do básico e no secundário foram gastos por ano e por estudante 5655 euros. Ou seja, o Estado gasta mais por ano e por aluno do que o valor anual das propinas cobradas pelos melhores colégios privados.

E ouvimos a propósito esta "pérola" do Bloco:

O Bloco de Esquerda acusou hoje a direita e a extrema-direita de financiarem o ensino privado, em particular a 'Opus Dei'

Isto é grave. A seguir Francisco Louçã vai acusar a direita (e a extrema direita) de financiar hospitais, obras de caridade e de ajudar os cegos a atravessar a rua.

O Bloco no seu melhor (se é que é possível)

"República de marajás"
«Não vou discutir a legalidade ou ilegalidade mas quero acentuar a falta de sensatez: então os administradores do Banco de Portugal querem, para si próprios, aquilo que eles, como supervisores dos outros bancos, têm que proibir aos outros bancos?» (Louçã, dixit)

Rezas...

Em Jerusalém, uma repórter da tv vai ao muro das lamentações para entrevistar um velho palestiniano. Chega ao local, e vê-o a rezar. Depois de uma hora, o ancião pára de rezar e quando se prepara para deixar o local, ela aborda-o:

- Bom dia, senhor! Eu sou da TV AL JAHZIRA e queria entrevistá-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ahh... Há uns 80 anos - responde o senhor.
- 80 anos?! E, durante todos estes anos, o senhor rezou a pedir o quê?
- Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio páre e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade.
- E como se sente após 80 anos de orações diárias?
- Sinto-me como se estivesse a falar com uma parede...

MAV - Movimento de Apoio a Vieira: Fica Vieira, pá!

A Ass. Geral do Benfica foi atribulada. A proposta de fazer do "pastor alentejano da PT" (Marcelo dixit) sócio honorário da instituição foi chumbada. E o presidente pneumático das papoilas saltitantes foi injuriado: aldrabão, vigarista... Dizem mesmo que mandou arrumar as tralhas lá do escritório e equacionava o seu abandono do ninho...... No fim fez um flop e ficou. Conclusão: mais uma promessa não cumprida... He he he. è mesmo muito injusto para o homem que prometeu certezas assim:

- A transferencia de Mantorras é superior à do Figo. Mantorras vale 18 milhões de contos. Mantorras é muito cobiçado na Europa, não sai por menos de 18 milhões de contos - Agosto de 2001
- Temos a coluna vertebral do futuro campeão europeu - 27/4/2002
- É possível termos meio milhão de sócios em 2003 - Outubro 2002
- Dentro de 3 anos o Benfica será o maior do mundo - 19-04-2003
- Nos próximos três anos resolveremos todos os problemas do Benfica. Não faço promessas aos sócios", idem
- O objectivo é termos 500 mil sócios daqui a três anos - Outubro 2003
- “Luís Filipe Vieira quer tornar Simão num símbolo do Benfica e está disposto a abrir um regime de excepção para segurar o capitão” – Record, 19/3/2007
- «O Benfica não vai participar na Taça da Liga» enquanto este organismo «não estiver verdadeiramente empenhado em credibilizar o futebol» 19/5/2007

O presidente da AG, o lúcido Vilarinho, foi obrigado a entornar pedidos de calma que nunca conseguiram tornar o ambiente mais sóbrio. A polícia teve de ser chamada...
Por mim, estou disposto a iniciar um movimento de apoio a Vieira. Para qualquer portista que se preze, a continuidade da actual direcção encarnada é um bem precioso - pelo que dizem, pelas figurinhas que fazem e pelas incontáveis alegrias que nos dão.

Por isso digo: Luís, pá, eu gosto muito de ti, Felipiii!
Fica, pá! E segura o Vilarinho bem perto do coração. Sem a vossa dupla a coisa não tem piada.
E ainda há outro motivo para não te pores a andar, pá - lembra-te do que aconteceu ao outro, ao Vale Azevedo, pá, quando deixou de ser presidente. Foi um ar que se lhe deu, pá! Vê lá, pensa bem e fica quietinho! Pá!






Miguel Sousa Tavares dixit

Como perder um jogo cientificamente.

Quando chega a hora da verdade, nos grandes palcos europeus, sem «Apitos Dourados» nem bocas por fora, o FC Porto dá cartas e o resto é paisagem.

1 - Se eu mandasse, os jogos do Benfica só duravam 80 minutos, porque é só a partir dessa altura que o Benfica os resolve, depois de habitualmente ter gasto o tempo até aí a mostrar-se incapaz de os resolver. Já vão três jogos consecutivos e seis esta época, resolvidos pelas águias nos últimos minutos dos desafios. Camacho não se pode queixar da sorte que tem tido e que falhou a Fernando Santos, mas tanta repetição também não pode ser atribuída só à sorte. De certeza que há mérito da equipa em acreditar e lutar até ao fim, e de certeza que há muito demérito dos adversários e respectivos treinadores, que, nesta altura dos acontecimentos, já deveriam estar mais do que avisados, preparados e concentrados para as terríveis pontas finais do Benfica. Na Luz, domingo passado, o Marítimo mostrou, todavia, que não trazia a lição estudada. Aliás, mostrou como é que se consegue tudo fazer para perder um jogo que se poderia ter ganho.

Até aos quinze minutos de jogo, o Marítimo tornou claro que, se ali havia alguma equipa que sabia jogar à bola, eram eles e não o Benfica. Uma, duas, três oportunidades e golo, perante um estádio gelado com a facilidade com que a sua «melhor equipa dos últimos dez anos» era passada a ferro pelo futebol envolvente dos brasileiros do Marítimo. Depois, Ricardo Fernandes teve um assomo de má consciência perante tanta falta de respeito e resolveu oferecer o empate ao Benfica. Nada que tenha abalado os seus colegas: continuaram a entrar pela defesa do Benfica adentro como quem entra em casa sua, e veio o penalty e a expulsão de Quim, que poderiam soar como a sentença de morte do Benfica — para o jogo e para o campeonato. Parece que Makukula resolveu cobrar o penalty à revelia de Lazaroni e, para quem o estava a ver na televisão, percebeu-se logo, pela sua expressão, que muito provavelmente iria falhar, como falhou. A partir daí, o Marítimo apostou que não iria ganhar o jogo: displicência no ataque, total incompetência na defesa, falta de ambição para ir decididamente em busca da vitória, face a um adversário cansado por um jogo europeu quarta-feira e pela inferioridade numérica. E depois de mais uma oportunidade negligentemente desperdiçada pelo ataque insular, o Benfica chegou à vitória no contra-golpe. Ficou demonstrado que os «grandes» são «grandes» porque dispõem de mais dinheiro e mais adeptos, mas não só: também porque os «pequenos» não se atrevem a tentar deixar de o ser.

Quanto ao Benfica, diz-se que está assente que vai às compras em Dezembro. Parece-me que tarde de mais para a Liga dos Campeões e, pelo que se tem visto, provavelmente tarde de mais também para o campeonato. A menos que o objectivo oculto de Camacho seja a disputa do segundo lugar com o rival do Campo Grande.

2 - O rival do Campo Grande atravessa uma série negra e deprimente, pela falta de estrutura competitiva que vem mostrando. A primeira linha é curta e vive de três ou quatro jogadores cujo rendimento determina o da equipa. Há «consagrados» (talvez depressa de mais), como João Moutinho, cujo futebol é previsível, repetitivo e sem rasgo; a segunda linha não existe e, tal como sucedeu com o FC Porto, os reforços da época foram um sonoro e indisfarçável fiasco. A diferença para o Benfica é que o Sporting não tem dinheiro para ir às compras em Dezembro e comprar por comprar está visto que não resolve problema algum, só acrescenta outro. Paulo Bento, que nunca viveu nada que se parecesse com abundância e facilidades, tem agora porventura o mais difícil desafio da sua jovem carreira de treinador, num momento em que já se escutam os primeiros sinais de impaciência e desagrado dos adeptos. Os que ainda acreditam que os milagres existem e não acontecem só em Fátima.

3 - Pois, se o jogo do Benfica contra o Marítimo só deveria ter demorado 85 minutos, o do FC Porto contra o Leixões deveria ter demorado apenas oito — que foi quanto os portistas se dispuseram a jogar, depois de se verem a ganhar por 2-0 na infância do jogo. Chamam a isso «gestão», coisa de que as equipes usam e abusam, entre nós, e sem grande respeito pelo público que ajuda a pagar os ordenados dos jogadores. O FC Porto-Leixões, que assinalava o regresso deste confronto Porto-Matosinhos ao nível maior, foi um interminável bocejo, como se jogar futebol fosse assim uma coisa tão aborrecida. Valeu a oitava vitória em oito jornadas e, se sexta-feira o FC Porto conseguir vencer no Restelo, fica bem encaminhado para as dez vitórias em outros tantos jogos, o que seria notável.

Se já muitas vezes se tem falado desta impressionante série de vitórias sem exibições correspondentes, é justo também reconhecer que, faz amanhã oito dias, o FC Porto saiu de Marselha com um empate que merecia ter sido vitória e até folgada. Em Marselha, o FC Porto fez a melhor exibição da época, com uma entrada autoritária e categórica no jogo, teve bolas nos postes, viu os franceses adiantarem-se contra a corrente de jogo, mas os jogadores não desanimaram, foram em busca do empate e terminaram ainda em cima do Marselha e à procura dos três pontos.
É nestes confrontos europeus ao mais alto nível que se vê bem como, de há largos anos para cá, o FC Porto cava uma diferença em relação ao Sporting e ao Benfica apenas comparável à que o Benfica dos anos sessenta do século passado tinha sobre os seus rivais domésticos. Quando chega a hora da verdade, nos grandes palcos europeus, sem «Apitos Dourados» nem bocas por fora, o FC Porto dá cartas e o resto é paisagem. Eu sei que dói, mas que querem?

4 - Se tudo correr conforme o previsto, estreia-se depois de amanhã, numa sala perto de si, o muito previamente divulgado filme «Corrupção», com o qual alguns benfiquistas do mundo das artes quiseram mostrar a sua imparcialíssima versão do «Apito Dourado». Não entrando em cena a providência cautelar que seria de esperar, este filme inaugura uma nova forma de justiça popular, servindo, com base num único testemunho, a acusação, a «prova» e a sentença de condenação previamente estabelecida, relativamente a um processo que, na justiça real, ainda se encontra em fase de instrução. As intenções prosseguidas pelo filme são eloquentes da exigência ética dos seus autores e um exemplo do que seria a justiça se os juízes fossem escolhidos pelas suas cores clubísticas.

Não admira que o pessoal desta nobre empreitada se tenha desavindo entre si na mesa de montagem, com realizador e actriz principal para um lado, produtor e restantes actores para outro: eloquente, outra vez. Quanto à «testemunha» e musa do enredo, tão apaparicada antes pela realização e script, mudou de visual, fez extensões no cabelo e uma operação à barriga chamada qualquer coisa «aspiração», e optou por ficar do lado do produtor. Cheira-me que estará a alimentar aspirações a um novo passo na sua carreira artística multifacetada. Consta também que, além da versão do produtor, servida nos cinemas, haverá uma outra versão do realizador, servida em casa, para os amigos. E parece que, em vez de «Corrupção», se chamará «Uma amarga lição».

8, o número mágico...

Fc Porto 3-0 Leixões
Lisandro 6' e 79'
Tarik 8'


Momento musical


Cocteau Twins & Harold Budd-Sea Swallow Me

O que são Feeds?

Acho que muitas pessoas ainda têm duvidas sobre o que são Feeds ou RSS, eu há alguns meses atrás não tinha a mínima idéia do que era isso, na verdade, ainda não sei muito bem como funciona e não uso.
Mas pesquisando por aí, vi que é uma nova tecnologia, e que muitas pessoas acessam conteúdos somente via Feed, então fui atrás de um vídeo que explicasse bem com usar essa tecnologia, e não é difícil é só questão de costume.
Então espero que as pessoas que assim como eu não sabiam, tenham aprendido um pouco e comecem a criar esse costume.

Joguinho

Chat Noir



Um puzzle bem divertido e simples com apenas um objetivo: não deixar o gato fugir.
Ele só consegue caminhar sobre as bolinhas claras, vá clicando para tentar fazer uma "emboscada" para o pobre gatinho.
O gato é bem esperto, portanto não vacile.

Piadinha

Sei toda a verdade

Joãozinho conversava com seu amigo Juquinha:
- Você não sabe o que eu descobri! - disse Juquinha empolgado
- Todos os adultos têm um segredo e nós podemos nos aproveitar disso...
- Como assim? - perguntou Joãozinho.
- Cara, é só a gente chegar pra algum adulto e dizer "Eu sei de toda a verdade". Pronto! Eles dão dinheiro pra gente, doces, qualquer coisa...
Joãozinho ficou muito empolgado com a idéia e foi pra casa. Encontrando a mãe, colocou o plano em prática:
- Mãe... Eu sei de toda a verdade!
A mãe ficou atordoada, deu cinco reais ao garoto e disse:
- Pelo amor de Deus! Não diz nada pro seu pai!
Joãozinho não via a hora do seu pai chegar do trabalho. Quando ele apareceu na porta, Joãozinho já foi dizendo:
- Eu sei de toda a verdade!
- Toma aqui dez reais, filho! Mas não conta nada pra sua mãe, tá?
Radiante com a possibilidade de ficar rico com essa tática, Joãozinho foi pra rua fazer fortuna. A primeira pessoa que ele viu foi o carteiro. E já foi logo dizendo:
- Eu sei de toda a verdade!
O carteiro deixou a bolsa cheia de cartas cair no chão, se ajoelhou e disse:
- Então dá um abraço aqui, filhão!!!

"Fair play" fica ao critério do árbitro (*)

(*) Por Jorge Maia, in O JOGO

George Orwell escreveu uma vez que "o desporto a sério não tem nada a ver com fair play". "Está cheio de ódio, inveja, vaidade, um completo desrespeito pelas regras e um prazer sádico em testemunhar actos de violência. Por outras palavras, é uma guerra sem os tiros", escreveu. É claro que Orwell era conhecido por ser particularmente cínico, mas o desporto praticado no seu tempo, o início do século XX, embrulhado na brutalidade dos nacionalismos excessivos que marcaram essa época da história da humanidade, dava-lhe alguma razão.

Os jogadores do FC Porto não voltarão a colocar a bola fora do relvado para forçar a paragem do jogo e permitir que os jogadores adversários sejam assistidos. Da mesma forma, não vão esperar tratamento diferente, não devolvendo a bola aos adversários que a coloquem fora do relvado, por considerarem que a responsabilidade pela paragem do jogo para permitir a assistência a jogadores lesionados é da exclusiva responsabilidade dos árbitros. Os responsáveis portistas consideram que aquilo que é visto genericamente como um acto de "fair play" tem sido alvo de abusos por parte de algumas equipas, que exploram a boa vontade dos adversários para quebrar o ritmo de jogo. De resto, a decisão do FC Porto acontece na sequência de uma recomendação recente da UEFA, que aconselha os jogadores a deixarem a decisão sobre eventuais paragens no jogo para assistir jogadores lesionados ao critério do árbitro. A esse propósito a UEFA recordou aos árbitros a Lei 5 das Leis do Jogo, segundo a qual, "o árbitro pára o jogo se, na sua opinião, um jogador estiver lesionado com gravidade garantindo a sua remoção do terreno do jogo". Para que não subsistam dúvidas em relação a esta tomada de posição, os portistas passarão a informar os árbitros e os adversários da mesma antes de cada jogo.

Senhor de Matosinhos

A Comissão de Arbitragem insiste em fazer escolhas de risco para jogos complicados. A nomeação de Rui Costa, funcionário da Câmara Municipal de Matosinhos, para o jogo entre o FC Porto e o Leixões, equipa de Matosinhos, é um risco desnecessário para um jogo clássico do futebol português, colocando sob pressão um jovem e promissor árbitro.

A avenida (*)

Artigo de opinião de Gomes Fernandes , Arquitecto, no JN

O JN do passado domingo revelou um estudo, "encomendado pela SRU-Porto à empresa CB-Richard Ellis", em que a Avenida dos Aliados, conhecida "sala de visitas" do Porto, está excluída dos circuitos de procura comercial na Baixa, avançando, para o efeito, com medidas para a sua recuperação.

Entre elas, surge a proposta de modificar o seu perfil funcional e de desenho, fazendo regressar ao espaço central o verde dos canteiros e de mais arborização, características radicalmente alteradas no último e ainda recente arranjo.

É fácil concluir que o perfil funcional da avenida não se adequa à imagem intensa e atractiva que já teve e que as modificações introduzidas no seu desenho não ajudaram a tal recuperação, que é urgente operar num novo e moderno paradigma. Há dados novos e a ter em conta, a começar pelas acessibilidades do metro e da recuperada circulação de eléctricos, que não parecem ter ainda sido assimilados pelo interesse dos agentes económicos na instalação de novas actividades e do conjunto dos cidadãos na transformação dos seus hábitos de uso e desfrute de tão emblemático espaço central. Situações que se não alteram de um momento para o outro nem se induzem por exclusiva vontade dos planeadores, pois as receitas, quaisquer que sejam, serão sempre de complexa exequibilidade, pela quantidade de variáveis envolvidas e diversidade de agentes que nelas intervêm.

A mudança do perfil funcional de serviços, com as deslocalizações financeiras, de seguradoras e jornais e a redução drástica de funcionários, e a migração de estudantes para pólos universitários periféricos, associada ao envelhecimento e abandono de população residente, geraram vazios vivenciais que não voltarão a ser preenchidos nos mesmos moldes, daí poder dizer-se que estamos perante um novo paradigma, que envolve outros perfis de residentes e consumidores e uma nova mentalidade urbana. A frente de acção é múltipla e exige que sejam criadas condições novas de alojamento em simultâneo com a chamada de novas actividades e serviços, numa complementaridade de parcerias que podem ter como pivot os agentes públicos com os privados, com a Universidade e com os movimentos cooperativo e associativo, para os segmentos habitacional e cultural.

A avenida só se encherá de gente quando dispuser de actividades e serviços atractivos e dinamizadores e tal só acontecerá por mérito de maiores e melhores fluxos turísticos mas, sobretudo, pela geração de vida desencadeada pelos novos residentes dos quarteirões que a envolvem. E isto, como é visível, irá demorar anos, o que exige, da parte da Câmara, uma estratégia intercalar de substituição animadora, capaz de ir deixando as raízes daquilo que se pretende atingir a médio e longo prazo.

Não parece conveniente voltar a revolver os pavimentos do espaço central da avenida com mais obras que os cidadãos não tolerariam, pelo cansaço provocado pelas há pouco terminadas, devendo, quanto a isso, ser adoptadas medidas de simples execução destinadas a criar "canteiros e mais arborização de sombreamento" e resolver o problema do denominado "espelho de água", que não passa de uma suja e pouco atractiva piscina. Tal espaço central tem servido para tudo, numa desconexa e anárquica utilização funcional que em nada ajuda a requalificar o perfil estético e ambiental da avenida, como consequência também não constitui grande mais-valia no chamamento de pessoas ao centro.

Começar por aqui, por planear regras e disciplina e aplicá-las, de forma criativa na gestão urbana da zona, seria já um bom contributo que a Câmara poderia dar à cidade e incentivar os cidadãos a voltarem a gostar da sala de visitas da sua casa. Planeamento integrado do que se quer fazer a prazo, sim que tem de existir e depressa, mas sem esperar pelos seus eventuais resultados poderiam ser tomadas de imediato algumas medidas disciplinadoras de animação que não têm existido. Conclua-se agora a "maior árvore de Natal da Europa" e pense-se no que virá a seguir, no próximo ano, mesmo antes de lhe desmontar a estrutura agora montada. Seria já um bom e exemplar começo!

Diferenças? Descubra-as!

Acho interessante comparar coisas do agora com o antigamente. Principalmente, quando o antigamente não é assim tão antigo, e as diferenças são gritantes.
Reparem nestes dois jogos de simulação..

O primeiro refere-se ao jogo "PGR4" lançado no ano passado. Todo o video é feito com imagens do jogo.



O segundo refere-se a um anúncio publicitário do jogo "Pole Position" para o Atari. O jogo devia ser tão bom, que até direito a anúncio tinha.



Lindo!

Momento Musical


The Gift

Este tempo...

Às 18H de hoje, vi duas senhoras com top de cavas numa fila para comprar castanhas assadas.
O que há de errado nesta cena?! É que hoje de manhã ... CHUVA!!!!!


"Ah! Se tu estivesses aqui, agora,
Nem que fosse uma meia-hora"
Silvio Spersivo


A chuva soltou sua melodia suavizando o dia.
Só minha saudade não encontra
onde pousar os olhos
senão em sua ausência que me ofusca,
sol amarelo sob a chuva.

E me consumo em angústias vertiginosas,
enquanto a chuva se desata lá fora em tumulto.
Um violão aqui dentro canta abismos,
os elementos e os sons em sonora trama
de aprofundar a tristeza de não tê-lo.

As nuvens levam meus olhos, como em aquarela.
As folhas se soltam e levam meus olhos
a se perder lá longe, acumulando esperanças.
Mais que um tempo, há uma eternidade na espera
Mais que uma ausência, há você, presente em tudo.

(e já nem sei se me umedece a lágrima ou látego da chuva.)

Portugal no seu melhor

Penso que já cá falei nisto, mas fica aqui a repetição porque vale a pena: Está prestes a começar a exploração do primeiro parque energético a partir das ondas marítimas. Situa-se na Póvoa de Varzim, extende-se numa área de 1 km2, e fica a cerca de 5 kms da costa. No próximo ano irá abastecer energia a 25.000 habitantes.

Se quiserem conhecer como funciona este sistema, do qual somos pioneiros na sua exploração, carreguem
aqui.
Muito interessante.

Será que estou sob escuta?

  • O meu autoclismo faz ruídos esquisitos...
  • Os meus vizinhos de cima fazem ruídos esquisitos...
  • O motor do meu carro faz ruídos esquisitos...

«Não há escutas ilegais em Portugal».

Alípio Ribeiro, Director Nacional da Polícia Judiciária, citado pelo Público.

Pois claro que não. Que disparate!

Pensamentos (III)

Com a nova Casa do F.C. Porto de Tânger, Marrocos, já são oito as delegações do FC Porto em África. As restantes estão distribuídas por Joanesburgo e Pretória (África do Sul), Luanda (Angola), Maputo (Moçambique), Bissau (Guiné-Bissau), São Tomé (São Tomé e Príncipe) e Muyuka (Camarões). E segundo o site oficial do FC Porto, o continente africano alberga ainda 10 filiais dos Dragões. É obra! Para mais para um "clube regional", como gostam de atirar os mouros...

Pensamentos (II)

Até pisar o chão italiano, a comitiva sportinguista teve uma viagem bastante atribulada, não treinou nem se ambientou ao Estádio onde hoje defronta o Roma para a Champions. Já os elementos ligados ao FC Porto, viajaram para Marselha numa companhia espanhola, não tiveram problemas nenhuns, aterraram dentro do horário previsto, distribuiram autógrafos aos adeptos presentes no aeroporto e ainda vão ter tempo para treinar no Estádio Velodrome.

Pensamentos (I)

CDU do Porto dixit:
"Rui Rio está com a cabeça em Lisboa. É hoje claro que Rui Rio pretende, através do exercício do cargo de presidente da Câmara do Porto, criar uma imagem que o catapulte para o cargo de presidente do PSD. Ou seja, hoje, Rui Rio procura gerir a sua imagem e a sua carreira política, não se importando verdadeiramente com os problemas da cidade e da sua população"
Sérgio Teixeira, líder parlamentar da CDU na Assembleia Municipal

Onde estava a CDU no Porto na altura?
«A cerimónia de hoje [tomada de posse de Rui Rio] encerra uma semana de intensos contactos com a equipa eleita pela coligação PSD/PP, e com o candidato eleito pela CDU, Rui Sá, tendo em vista assegurar desde já a governabilidade do novo executivo. A coligação elegeu seis vereadores, o mesmo número de eleitos que o PS conquistou, e Rio optou por convidar Sá para assumir um pelouro a tempo inteiro, garantindo desta forma a maioria na câmara

Mercadorias perfeitamente estúpidas e absurdas

Você compraria isto?!?...
E, já agora, para que serve?!?

Acho que a ideia aqui é vender um aparelho de exercício físico como tantos outros... só que um bocadinho diferente. Chamemos-lhe - vá lá- um "Exercitador Facial/Bocal" . E até me parece que a ideia é tonificar os músculos da cara, junto aos olhos, nas bochechas e no pescoço. Será?!? Será mesmo?!? Tenho dúvidas, mas... OK... Vejamos, então.



Continuo com dúvidas. Sinceramente, o que eu acho é que o aparelho serve para evitar problemas... destes.

(via este blog)

Mas enfim... Pode ser que seja mesmo só um aparelho para tonificar os músculos, e assim...

Estarão os bifes a americanizar-se?

Erro ou Provocação?

O "respeitável" jornal Financial Times publicou no passado dia 13 (de Outubro) um artigo sobre Imobiliário no Algarve. Ao que parece, em vez de dissuadir os estrangeiros, o caso Maddie chama agora mais gente à região (e até à Praia da Luz) do que antes. Até aqui, tudo bem. Fica contente quem tem casas para alugar ou vender por ali. O problema é que, para ilustrar o artigo, surgia a imagem que se vê aqui em baixo. Algarve é Algarve e o resto... é Espanha! E atenção! A imagem não aparecia uma, mas sim duas vezes, repetida, com o mesmo "erro". O texto era, inclusivamente, assinado por um correspondente do jornal. Ou seja, alguém que conhece (ou devia conhecer) Portugal (que, segundo as minhas últimas contas, não começa e acaba no Algarve)...

Numa televisão perto de si...



A estação norte-americana CNBC estreou, na passada quinta-feira, o último delírio em matéria de reality shows. Doze candidatas a actrizes porno têm de protagonizar cenas de sexo explícito num novo programa intitulado ‘America’s Next Porn Star’.
As concorrentes são fechadas numa mansão em Los Angeles e têm de mostrar o que valem para chegar à final: a vencedora arrecadará cerca de sete mil euros e um contrato com um estúdio cinematográfico.‘America’s Next Porn Star’ vai para o ar uma vez por mês, durante cinco meses, e as 12 candidatas sujeitam-se a várias provas. Têm, por exemplo, de fazer striptease para os membros do júri, posar para fotos sensuais e participar em cenas de sexo explícito com actores já experimentados no mundo da pornografia. Cada programa tem a duração de uma hora e a apresentação está a cargo de Kirsten Price, uma antiga estrela ‘Playboy’.
Imagem só as resmas de candidatas que por aqui havia.....

Quando eu for grande quero ser...

Miguel Sousa Tavares - A lição da África do Sul

1- Durante muitos anos pensei que havia dois países no mundo para os quais, por mais voltas que eu desse à imaginação, não conseguia antever futuro algum: a Índia e a África do Sul. Pois bem, enganei-me: a vida está cheia de surpresas, tanto as boas como as más. A Índia é hoje muito mais do que uma nação emergente: é já uma potência económica imprescindível, crescendo a um ritmo de 10% ao ano e — o que é mais notável para quem conheceu o estado de subdesenvolvimento do país há uns anos — com um crescimento baseado na investigação, na qualificação cientifica e no domínio das novas tecnologias. E a África do Sul, pese os problemas graves que se mantêm, está infinitamente melhor do que todo o continente africano e, sobretudo, conseguiu essa proeza impensável de sair do regime intolerável do apartheid por via pacífica e democrática, evitando a guerra civil e a desforra dos negros contra os brancos, como sucedeu no vizinho Zimbabwe. No Zimbabwe, o racismo negro determinou a expulsão e o confisco de todas as terras dos brancos, conduzindo à ruína alimentar, à fome e à miséria o que fora o mais próspero território agrícola de África. Sob o comando desse criminoso corrupto e sanguinário que é Mugabe (que Sócrates insiste à viva força em deixar vir à cimeira Euro-África de Lisboa), o Zimbabwe transformou-se num quadro de terror e de devastação humana que, mesmo em África, ultrapassa tudo o que é tolerável. A África do Sul, pelo contrário, teve a sorte de encontrar em Nelson Mandela um líder que, em lugar do ressentimento e do ódio, que até seriam compreensíveis, demonstrou, desde o primeiro dia no poder, que buscava antes o perdão, a reconciliação e a prosperidade para o seu país.

O que vimos neste Mundial de râguebi, com o triunfo de uma selecção sul-africana composta essencialmente por brancos e mulatos, não seria, obviamente, possível de acontecer no Zimbabwe. E, infelizmente para o seu povo, que não tem culpa dos dirigentes que tem, o Zimbabwe nunca será conhecido por estas ou outras boas razões e nunca beneficiará, à escala planetária, de uma tão boa promoção como a que a África do Sul ficou agora a dever à sua selecção de râguebi.

O triunfo da África do Sul ensina-nos uma lição que só os ditadores, os racistas e os particularmente estúpidos se recusam a ver: que África não é dos negros, nem dos brancos, como se proclamava até aos anos sessenta, nem dos árabes, como se garantia antes disso. África é dos africanos, independentemente da cor da pele: dos que lá nasceram, lá criaram raízes e lá pretendem morrer. Não há nada mais redutor e idiota do que querer julgar a História à luz dos critérios políticos e de justiça social contemporâneos. Até meados do século XX, a história das nações não foi mais do que a história das conquistas e das derrotas e das sucessivas migrações dos povos a elas associadas. Querer negar que os europeus fizeram e fazem parte de África é o mesmo que negar que os mouros fizeram parte da história da Península ou que os negros de África fizeram, forçadamente, parte da história do Brasil. O que aconteceu, aconteceu porque foi inevitável e até natural, pelos padrões da época. Ser anticolonialista é perceber justamente que o que era natural e tido como legítimo dantes, deixou de o ser depois. Não é pretender ajustar contas com a História, perseguir os que ficaram para trás por amor à terra onde nasceram (e muitas vezes sem outra a que pudessem chamar sua) e transformar a independência conquistada a ferros numa oportunidade espúria para uma vingança fora de prazo, de que os povos autóctones acabam, a maior parte das vezes, por ser as maiores vítimas. Angola, por exemplo, onde estivemos 500 anos, é hoje muito mais abusada e explorada por franceses, americanos ou chineses e com a colaboração do regime local, do que o foi pelos portugueses durante esses cinco séculos. São anticolonialistas e ciosos da sua «independência» para tratarem e mal e de cima (de cima do petróleo) os portugueses; mas já não o são na hora de constituírem as célebres sociedades mistas com as mais gananciosas multinacionais do mundo, fazendo viver a «Grande Família» no mais indecoroso luxo e ostentação, enquanto o povo é tratado como sub-gente. Por aqui se vê como a História tem as costas largas e as verdades adquiridas se transformam tantas vezes em embustes sem pudor.

E há ocasiões assim, em que o desporto subitamente nos mostra que há povos que conseguem viver em paz na diversidade multiracial e em que cada comunidade se sente filha do mesmo país e orgulhosa por o honrar.

2- Hermínio Loureiro completou um ano à frente da Liga de Clubes e foi um ano positivo, em que ele confirmou que vinha para mudar as coisas e trazer ar fresco e um ambiente mais saudável ao ar putrefacto em que se vivia. Não deixa de ser uma ironia reveladora pensar que o presidente do Benfica — auto-nomeado regenerador moral do futebol português — conseguiu a proeza de estar com a Liga e intimamente aliado com ela, quando lá estava Valentim Loureiro, em representação do que de pior o mundo do futebol tinha; e conseguiu estar contra a Liga assim que se ensaiou a sério a sua efectiva regeneração. Não sei se é o desejo de dar sempre nas vistas ou se é fruto de uma grande confusão, ingénua ou deliberada, sobre os fins que verdadeiramente pretende.

Entretanto, uma das inovações que Hermínio Loureiro trouxe foi a Taça da Liga, em moldes de disputa originais e semelhantes ao que várias vezes aqui defendi para a disputa da Taça de Portugal: essencialmente, as primeiras eliminatórias discutidas a uma mão no campo dos mais fracos, e as eliminatórias finais a duas mãos. Para além disso, a Taça da Liga visava preencher um défice de visibilidade e de rendimento financeiro para os clubes pequenos e um défice de competição para os grandes, a braços com plantéis de trinta jogadores, dos quais uma dúzia a fazer vida ociosa, sem aproveitamento algum. Todavia, o que se está a passar com os grandes entre os grandes, ameaça matar à nascença a nova competição. Os profissionais de «segunda linha» de FC Porto, Sporting e Benfica têm demonstrado uma falta de vontade e de sentido de responsabilidade — uma falta de profissionalismo — que é preocupante e ameaça tornar inútil e desprovida de sentido a competição. Julgo que no final desta primeira edição, o presidente da Liga vai ter que se reunir com todos e perguntar-lhes o que verdadeiramente querem: manter todos os seus profissionais em competição durante a época ou desistir de fazer ocupar os excedentários, deixando-os livres para essa vida ociosa de treino pela manhã, salão de tatuagens ou cabeleireiro da parte da tarde.

Capicua


Momento musical

Piadinha

A vidente concentra-se, fecha os olhos e diz:
- Vejo o senhor passando numa avenida, num carro aberto, e uma multidão acenando.

Sócrates sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E eles estão correndo atrás do carro?
- Sim, por toda a volta do carro. Os polí cias estão tendo dificuldades em abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras de Portugal e faixas com palavras de esperança e de um futuro em breve melhor.

- Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança: "Agora sim!!! Agora vai melhorar!!!"
- E eu, como estou reagindo?
- Não dá pra ver.
- E por quê não?
- Porque o caixão está lacrado.

Trabalho de equipa


A cena foi gravada em águas antárticas desde a coberta de um barco da National Geographic. Os cientistas contemplaram atónitos a inteligência das orcas, capazes de se unirem para desalojar a foca do bloco de gelo. Impressionante.

Momentos deliciosos da política caseira

Centralismo lisboeta no seu esplendor

A finalização da linha do Metro que liga o Rossio a Santa Apolónia está anunciada para 22 de Dezembro – uma boa prenda de Natal para os habitantes da capital.
As primeiras projecções deste troço, feitas em 1993 por Ferreira do Amaral, ministro da Obras Públicas de então, eram de que os comboios estariam em circulação em 1997 ano em que, afinal, começaria a obra com um custo estimado de 165 milhões de euros. Em Junho de 2000, como é sabido, um acidente inundou o túnel situado sob as águas do Tejo, o que obrigou a alterar o projecto e a uma nova estação no Terreiro do Paço.
Resultado: além dos anos de atraso, mais 134 milhões de euros de custos e o preço final a disparar para praticamente 300 milhões de euros.
“Percalços”, resumem o Governo e os responsáveis pelo Metro lisboeta.
No Metro do Porto, perante situação muito menos gravosa do ponto de vista financeiro ou de qualquer outro ângulo, tratou-se de “derrapagem” e de “gestão ineficiente”, acusam os senhores da capital. Diferenças de linguagem?
Deve ser do sotaque.

Lei proíbe venda de vacina a prestações

Por Rute Araújo, no DN
Uma farmácia no Porto está a vender as vacinas contra o cancro do colo do útero a preço de fábrica e dá a possibilidade aos utentes de pagar a prestações, através de uma empresa de crédito ao consumo. A intenção do proprietário até podia ser a melhor, mas esbarra numa coisa muito simples: a lei. A legislação em vigor em Portugal não permite, de forma alguma, que os medicamentos sejam adquiridos com o recurso ao crédito, nem sequer a prestações.

Desde Setembro que Carlos Almeida, director técnico e proprietário da Farmácia de Santa Catarina, na baixa portuense, está a vender a primeira vacina a entrar no mercado a preço de fábrica, abdicando da margem de lucro. Cada dose custa 130 euros, em vez dos 160,45 euros marcados na embalagem. Quando, este mês, surgiu a segunda vacina no mercado, em vez de cobrar os 144,41 euros, decidiu abdicar de uma parte da margem de lucro e equiparar o preço à anterior - 130 euros por dose.

Contactado pelo DN, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento confirma que o desconto, abdicando das margens, é permitido, desde que não entre no valor da comparticipação do Estado e estas vacinas nem sequer beneficiam de comparticipação nenhuma. Mas, quanto à venda a crédito, o Infarmed refere que "face à lei actualmente em vigor não é permitida".

Carlos Almeida, explica que o principal objectivo é "ajudar as pessoas mais desfavorecidas" que, "de outra forma, não teriam acesso" à vacina que protege contra o vírus na origem do cancro no colo do útero, o Papiloma Vírus Humano (HPV).

Para ficar protegida contra o cancro do colo do útero, cada mulher deve tomar três doses da vacina, uma dois meses depois da primeira e outra quatro meses após tomar a segunda dose.

Carlos Almeida defende o carácter solidário da iniciativa e diz não procurar protagonismo ou publicidade. "Um cancro não é o mesmo que uma gripe", refere o farmacêutico. Como tem também duas filhas, ficou sensibilizado com a quantidade de pessoas que entrava na farmácia e, ao saber do preço da vacina, acabava por não a poder comprar.

O proprietário da farmácia admite que, mesmo nestas condições, o valor total das três doses da vacina (390 euros) é "impeditivo para muitas famílias". Por isso, a Farmácia de Santa Catarina decidiu associar-se a uma empresa de crédito ao consumo, que possibilita a concessão de crédito a seis ou 12 meses a todos os que quiserem adquirir o medicamento - e permite comprá-lo logo na hora.

Sem apresentar números, conta que, com esta iniciativa, a procura da vacina contra o HPV na Farmácia de Santa Catarina se tornou "três ou quatro vezes maior". No entanto, Carlos Almeida faz questão de salientar que a iniciativa não é uma manobra de marketing e que não faria o mesmo com outro tipo de produto.

"Apenas o fazemos com este, pelo que significa" e pelo efeito que conseguem: garantirem mais de 70% de sucesso na protecção do cancro no colo do útero e serem, ao mesmo tempo, inacessíveis para muitas famílias carenciadas.

Por enquanto, o farmacêutico não se importa se perder no negócio para ajudar os clientes. Mas espera que a iniciativa não fique apenas confinada à sua farmácia. Carlos Almeida aguarda que o Ministério da Saúde decida dar a vacina ou, pelo menos, comparticipar uma parte do seu custo.

Momento Musical

Cat Stevens - Wild World

Casa da Música


A Casa da Música, aqui no Porto, é um dos edifícios que consta da votação popular do prémio britânico de arquitectura Stirling 2007.

Contribua com o seu voto: visite
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Pinto Monteiro: vai ser constituído arguido!

Chegou a vez de Pinto Monteiro ser constituído arguído?
Só pode, senão vejamos:

No livro de memórias – “Pinto da Costa, Luzes e Sombras de Um Dragão” – escrito por Felícia Cabrita e Ana Sofia Fonseca, mas também numa entrevista ao jornal “Público”, editada em 18 e 19 de Junho deste ano, o Presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, disse não querer “continuar a viver num país onde após o 25 de Abril a PIDE/DGS foi substituída pelo Ministério Público”.
Esta afirmação foi, a mando de Pinto Monteiro, a base única para que Pinto da Costa fosse constiuído arguído por difamação.
Portugal inteiro bateu palmas como, de resto, acontecia quando, antes do 25 de Abril, alguém éra constituído arguído por motivos politicos.
O problema é que o procurador-geral da República, repito, o procurador-geral da República, afirmou agora que "juízes, magistrados do MP e polícias serão os que ainda permanecem fora do controlo do PGR" e "o MP é um poder feudal de condes, viscondes, marqueses e duques".

PERGUNTA: após estas acusações, Pinto Monteiro vai ser constituído arguído ou a (in)justiça em Portugal é só para quem preside ao FC Porto?
Eu sei, a resposta é óbvia, mas não podia deixar de fazer a pergunta.

Divórcio, disse ela

Entrevista a Cécilia Sakozy (ex-primeira dama francesa): 'VOU VIVER NA SOMBRA, COMO GOSTO'

Porque decidiu dar hoje [um dia depois do anúncio oficial do divórcio] a conhecer a sua parte da verdade?
Creio que devo dar uma explicação sobre as razões por que não quero continuar a desempenhar o papel, se é que ele existe, de primeira dama de França, sobre as razões por que pedi o divórcio e as razões por que pretendo retirar-me da vida pública. Penso que devo explicar aos franceses, que se interrogam sobre elas, as razões da minha opção.

Acaba de avançar com dois elementos essenciais: a sua retirada da vida pública e o seu divórcio. Qual deles é para si o primordial? Um explica o outro? Não suportava a condição de primeira dama?
Não é possível dissociar as duas coisas. Há dois anos, houve na minha vida um acontecimento do qual a França, infelizmente, está a par, porque, sendo eu uma mulher mediática devido às funções do meu marido, tudo o que acontece na minha vida deve ser explicado. Acontece que, em 2005, eu conheci uma pessoa, apaixonei-me e fui-me embora, talvez um pouco precipitadamente dado o contexto ainda mediático em que eu vivia nessa época. Quis tentar comportar-me correctamente e regressar para tentar reconstruir qualquer coisa, para tentar voltar aos princípios a que estou habituada e nos quais fui educada. Foi essa a razão por que tudo se passou com grande rapidez e sem que eu pudesse gerir completamente as circunstâncias. Nos últimos dois anos, não falei. Esta vida pública não tem a ver comigo, não tem a ver com aquilo que sou no mais fundo de mim própria; sou uma pessoa que gosta de ficar na sombra, que gosta da serenidade, que gosta da tranquilidade. O meu marido era uma figura pública, sempre soube disso e acompanhei-o durante 20 anos. Este combate levou-o a um lugar onde penso que ele é fantástico, porque é um homem de Estado, um homem que é capaz de fazer muito pela França e pelos franceses. Mas penso que esse não é o meu lugar. Já não é o meu lugar. E, tal como tem sido dito muitas vezes pelos jornalistas e pelos cronistas, elegeu-se um homem, não um casal.

Para si, a chegada de Nicolas Sarkozy ao Eliseu foi como o fim de o ciclo? A senhora cumpriu, de alguma forma, uma missão?
Não. Está a misturar a vida privada com a vida pública. Mas é verdade que, quando se casa com um político, a vida privada e a vida pública são uma só. Aí começam os problemas. Não cumpri uma missão, foi um combate normal. Sou uma mulher que se empenha, tenho necessidade disso. Tenho necessidade de provar, mais a mim própria do que aos outros, que sou capaz de fazer determinadas coisas. Por isso, durante 20 anos, travou-se um combate, uma luta, mas houve também momentos interessantes, apaixonantes, porque a política é apaixonante, ao lado daquele que era meu marido. No caso dele, é como um violinista que recebe um Stradivarius: de repente, tem oportunidade de praticar a sua arte. No que me diz respeito, não é de forma alguma igual: trabalhei a seu lado, mas não fui eleita e não tinha vontade de ser eleita. É essa uma das razões por que este não era o meu lugar.

Sem querer entrar na sua vida privada, pode dizer-nos algumas das razões que levaram a esta decisão importante, se não mesmo histórica?
O que me aconteceu tem acontecido a milhões de pessoas: um dia, alguém já não tem o seu lugar no casal. O casal deixa de ser a coisa essencial da vida dessa pessoa, já não funciona, já não resulta. As razões são inexplicáveis, acontecem a muitas pessoas. Aconteceu-nos a nós. Como temos alguns princípios, tentámos reconstruir, colocar a família antes de tudo o mais, esta família reconstituída de que todos os franceses falaram, fazer dela a prioridade, mas já não era possível. Tentámos tudo, tentei tudo, mas simplesmente já não era possível.

É esta crise do seu casamento que explica a sua ausência de várias cerimónias oficiais e viagens onde todos esperavam que estivesse? Os franceses nem sempre compreenderam estas ausências.
A crise não chega de um dia para o outro. Voltei a casa há um ano. Durante um ano, tentei empenhar-me profissionalmente, pessoalmente, mas isso não funcionava todos os dias. Durante o G8, preferi afastar-me, porque aquele já não era o meu lugar. Se não fui votar, foi porque já não me sentia bem, porque não era o momento de me mostrar. Penso que os franceses compreendem que há momentos na vida em que nos sentimos menos bem do que noutros, que estas crises podem suceder com qualquer pessoa. Por isso, preferi não me mostrar, não me expor e proteger-me. Uma das perversões da minha posição é esta obrigação de dar explicações sobre a minha necessidade de viver tranquilamente, escondida.

Ao mesmo tempo, o facto de não a vermos onde todos a esperavam alimentou este fenómeno a que se dá o nome de "o enigma Cécilia", "o mistério Cécilia", atrás do qual andavam todos os órgãos de informação.
Não há nenhum enigma, nenhum mistério. Há apenas um casal que atravessa uma crise e que tentou ultrapassá-la, sem no entanto o conseguir. E há um grande pudor da minha parte em não querer expor, falar na imprensa, explicar coisas que, em definitivo, não dizem respeito a mais ninguém! Que, ainda para mais, a minha vida privada seja explicada, dissecada, com todas as aberrações que li, claro que isso me faz sofrer, qualquer outra pessoa sofreria também. E as pessoas que disserem o contrário não dizem a verdade : não existe nenhuma carapaça suficientemente sólida que nos proteja dessas coisas.

Espera virar uma página com esta sua decisão?
Não é o que eu espero, é o que eu vou fazer. E, sobretudo, vou tentar agora viver discretamente e na sombra, como gosto.

Pode não existir um "mistério" ou um "enigma", mas há um paradoxo. Deseja obviamente afastar-se da mediatização própria de uma primeira dama, mas, ao mesmo tempo, levou a cabo uma missão espectacular na Líbia, que se saldou por um sucesso, pois conseguiu o que outros tinham falhado antes de si: libertar as enfermeiras búlgaras e o médico palestiniano. Sabia, no entanto, que iria estar bastante exposta aos olhares públicos quando regressasse.
Uma vez mais, fiz as coisas sem pensar nas consequências mediáticas. A determinada altura, falei com Claude Guéant, secretário-geral do Eliseu, que me disse: "Vou à Líbia." Senti que podia ajudar, que podia dar um contributo.

Porquê?
Senti-o, senti que podia fazer alguma coisa, apesar de a situação estar bloqueada havia muito tempo. Disse-lhe: "Vou consigo!" Ficou surpreendido e falou deste assunto ao Presidente, que lhe respondeu: "OK, vamos tentar, leve-a consigo." Parti com Claude Guéant. No avião, inteirei-me do dossier, tentei compreender e fiquei absorvida. Quando cheguei, apercebi-me de que havia meios de desbloquear as coisas. Pus nisso toda a minha energia. Primeira viagem, segunda viagem, passei lá 50 horas, a discutir, a falar, a negociar, com uns e com outros, muitas vezes com uns contra os outros, para tentar conseguir a única coisa que me interessava : libertar estas mulheres e este homem. Tinha-lhes dado a minha palavra, era preciso cumprir essa palavra e sentia que o podia conseguir. Era preciso empenhar toda a minha vontade, toda a minha alma, toda a minha raiva. Consegui e sinto-me muito contente com isso. Não esperava nada em troca e não compreendo esta polémica. Porque a minha única motivação era conseguir a libertação daquelas pessoas que sofriam de maneira atroz, era apenas fazê-las sair da prisão. Em nenhum momento pensei nas consequências mediáticas, nem nas explicações que me pedem, nem em nada. Fiz isto apenas com intuitos humanitários. E foi tudo.

Nicolas Sarkozy, numa entrevista recente à televisão, deu a entender que a senhora não se oporia a ser alvo de uma investigação por parte dos deputados franceses.
Ele tomou a decisão de não me sujeitar a um inquérito sem falar comigo sobre isso, porque terá pensado, ao que julgo, que seria bom ou melhor para mim. Mas eu não tenho nada a esconder nesta história, não fiz nada de mal, fui muito honesta, não passei dos limites : fiz o que era necessário com a ajuda de Claude Guéant e de Boris Boyon, o conselheiro diplomático, que estiveram ao meu lado e que velaram para que tudo se passasse da melhor maneira. Agora, quando querem que eu peça desculpa por ter conseguido a libertação daquelas mulheres e daquele homem, há aí qualquer coisa de anormal.

Esta missão dá-lhe o desejo de prosseguir com o trabalho humanitário?
Creio que tenho bastante vontade para isso, tenacidade e sorte. Não sei se chegará. Mas não é apenas o caso das enfermeiras búlgaras. Sempre me empenhei a tentar estender uma mão. Continuarei a fazê-lo, mediática ou não.

Sob que forma? Pretende criar uma fundação?
Não. De momento, não tenho qualquer projecto. Tenho vontade de fazer muitas coisas, tenho necessidade de ajudar e sinto que tenho a possibilidade de auxiliar os outros. Isso sempre fez parte da minha natureza, sempre estive voltada para os outros.

Uma pergunta que muitos franceses fazem: o que sentiu no momento em que soube que Nicolas Sarkozy iria ser Presidente da República, ao fim de todos estes anos de combate?
Senti-me orgulhosa! Fiquei orgulhosa, porque é um trabalho de uma vida inteira. É uma abnegação, muitos sacrifícios para lá chegar, mas penso que ele faz parte dessa raça de homens que coloca a carreira e a vida ao serviço do Estado sem esperar nada em troca.

É um homem de Estado?
Penso que é um homem de Estado. Penso que a França o merece e que ele merece a França. Senti-me orgulhosa e feliz por ele. Verdadeiramente, por ele.

Tem-se dito muitas coisas sobre o seu papel ao lado de Sarkozy. A senhora era sua conselheira, tinha influência sobre ele, pesava nas suas decisões estratégicas, nas nomeações? Chegou-se a dizer que alguns ministros lhe deviam a si o cargo.
Fico contente por poder falar sobre esse assunto. Nicolas não tem absolutamente nenhuma necessidade desse tipo de conselho. Procurei sempre ser para ele uma espécie de parapeito, porque tenho um olhar muito voltado para fora e porque mantive sempre uma vida um pouco exterior e paralela à da política. Tenho um olhar mais fresco e mais exterior em relação às coisas. Em troca, para tudo o que sejam nomeações, decisões, fecho a porta do escritório. Nunca quis imiscuir-me no que quer que fosse. Em compensação, penso que uma opinião exterior totalmente desinteressada, porque eu não esperava nada em troca, é por definição uma boa opinião.

Porquê então estes fantasmas?
Talvez porque não falei, não expliquei, o suficiente. Não sei.

Perdeu recentemente o seu primeiro marido, Jacques Martin. Devemos estabelecer uma relação entre o desaparecimento dele e a sua separação actual?
De maneira nenhuma. Mas há momentos em que o destino se encarniça contra nós. Jacques era um homem notável, que me deu duas filhas magníficas, que são hoje duas jovens. Sinto-me feliz por lhe poder prestar a minha homenagem e feliz também por as minhas duas filhas terem podido constatar até que ponto ele era um grande senhor. Neste momento, há grandes perturbações na minha vida, mas, em vez de me deixar ultrapassar por elas, tento geri-las. Sou uma adepta incondicional do positivismo.

Que vai fazer nos próximos dias?
Concentrar-me na minha família. E, depois, projectar-me no futuro. Não quero viver mais em função do meu passado. Não gosto de viver no meio dos escombros. A página vira-se, é difícil e é normal, dado o contexto e tudo o que está em jogo. Mas nunca lamento as decisões que tomo. Ainda em criança, quando terminava um desenho, virava a página e começava a fazer outro. Pois bem, peguei nos pincéis para pintar uma história nova.

Joguinho

As lições da natureza

O rio passa, segue seu caminho, mas não deixa de alimentar nenhum dos que estão em seu curso. Assim, você pode seguir a sua vida e não deixar de atender os mais necessitados, ou acolher aquele amigo que precisa de uma palavra amiga, sem deixar-se envolver na história, acabando assim, assumindo parte da dor que não lhe pertence.

O mar, com todo o seu poder, se abaixa humildemente para receber as águas dos rios, e assim, garante a sua força com gestos delicados, pois se usasse a força, com certeza desapareceria. Assim, você também deve aprender a conquistar pela humildade, sendo forte sim, mas delicado o suficiente para que as pessoas façam o que você pede pelo respeito conquistado, não pelo medo da sua imposição.

O vento que refresca a sua tarde, pode se transformar em um furacão gigantesco e varrer uma cidade inteira, ainda assim, passa silenciosamente todos os dias pelo mundo, espalhando sementes que vão alimentar o planeta. Assim como o vento, por onde você passar leve apenas o seu melhor, deixe boas sementes, deixe saudades, seja gentil.

A árvore é a grande companheira do homem, mas pouco valorizada, as vezes destruída cruelmente em troca de espaço para o gado, para uma roça maior, ou simplesmente para a construção de um condomínio ou casa luxuosa. Mesmo assim, continua suprindo o mundo com oxigênio, filtrando o gás carbônico, oferecendo sombra nos dias quentes, flores, frutos, sementes que viram óleo, madeira que vira mesa, cama e até seu caixão.

Por isso, seja como a árvore, serve sempre. Não deixe a revolta tomar conta da sua alma. A revolta é um câncer que corrói o que temos de melhor; a esperança.

Por fim, se a dor te visitar, antes de cair na facilidade da reclamação, antes de se deixar levar pelo fato de ser sempre a vítima, pare e observe a plantação lá fora. Observe o agricultor semeando o dia inteiro.

O que plantou algodão já faz as contas da safra de algodão. O que plantou milho, já sabe quantas espigas esperar. E, mesmo que perca toda a produção, não vai encontrar jamais um fruto diferente do que plantou. Assim, pare e pense no que você tem plantado, quais sãos os frutos que estão no seu cesto?

Quem semeia amor não vai colher outro fruto senão o mesmo amor.

Gato Fedorento: Virgílio, aluno da Casa Pia

Piadinha

O Tempo é implacável

Já lhe aconteceu sentir-se culpado(a) ao olhar para as pessoas da sua idade e de pensar "não posso estar assim tão velho/a!"? Então, vai gostar desta:

"Eu estava sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava pendurado na parede. Ao ler o nome, de repente, eu recordei-me de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome. Era da minha turma de liceu, uns 40 anos atrás, e perguntei-me se poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado? Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, e o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velho para ter sido o meu amor secreto...
Depois de me ter examinado, perguntei-lhe se ele tinha sido do Liceu D. Duarte.
"Sim", respondeu-me.
"Quando se formou?", perguntei.
"1970." Porquê a pergunta?"," respondeu.
"Eh... bem... você era da minha turma ", exclamei.
E então aquele velho horrível, anormal, cretino, filho de uma p..., perguntou-me:
"A Sra. era professora de quê?"

DITADURA SOCIALISTA

Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar, escreve o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, no despacho que proferiu depois de ler o relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).

Gravíssima, num estado de direito, a displicência como o governo tratou do assunto e o modo expedito como o mandou arquivar.

É um governo convencido que tem um país de saloios e parvos. A argumentação para arquivamento do processo é de tal modo rudimentar que chega a ser caricata. A conclusão é evidente: os polícias podem continuar a intimidar os sindicatos para não apuparem o "nosso primeiro", porque os processos serão arquivados por falta de facto ilícito.

Só mesmo Sócrates conseguiria descobrir este "senhor" que gaguejou para explicar a falta de actuação da polícia no assalto ao milho trangénico, branqueando agora a intimidação feita na Covilhã e mandou identificar dezenas de manifestantes em Montemor intimidando-os com coimas ? Este senhor que teve um papel em bicos-de-pés nas escutas telefónicas publicadas pelo SOL.

Desde os primeiros casos DREN/Charrua e cartaz do Centro de Saúde de Vieira do Minho, a onda repressiva não tem parado, atingindo principalmente os orgãos de Comunicação Social (desde a invasão ao 24 Horas) com a alteração dos regulamentos dos jornalistas e a imposição de organismos estatais e "reguladores". è o regresso ao fascismo, em tons "rosa"....

Manifesto da transparência: só para os outros...



Autor do Manifesto pela transparência no mundo do futebol, apanhado pelas teias da Lei em negócio ilegal que envolve fraude fiscal. Em causa a transferência fraudulenta de João Pinto, do Benfica para o Sporting, em 2000




Dias da Cunha, junta-se a José Veiga, nos suspeitos de corrupção
Dias da Cunha, ex-presidente do Sporting, e outro administrador do clube, foram constituídos arguidos no caso José Veiga/João Pinto, a propósito da investigação que está a ser feita sobre a transferência pouco transparente do atleta para Alvalade no ano 2000. Os dirigentes leoninos foram ouvidos já em Janeiro deste ano, a propósito do último pagamento feito ao jogador e que envolve empresas offshores.

Em declarações à Lusa, Dias da Cunha confirmou a diligência das autoridades, “O que está a ser investigado tem a ver com a contratação do João Pinto em 2000”.

O maluquinho presidente do Sporting (Dias da Cunha, não o actual) disse que foi constituído arguido no "caso João Pinto" devido a uma mera formalidade. Porque, segundo ele, existem ligeiríssimas inexactidões, mas nada de ilegal. Claro que não porque ilegalidades naquele clube nunca existiram. Aliás, foi por estar tudo legal que o Ministério Público não teve necessidade de recorrer aos métodos mafiosos de uma certa terrorista. E se os jornais, na altura, esconderam que o "visconde" em questão tinha sido constituído arguído, terá sido por causa da tal formalidade. Nada mais que isso.

Autor do Manifesto fala agora em "Ligeiríssimas incorrecções"

Ainda de acordo com o antigo líder leonino, “o documento tem uma primeira versão dos serviços do Sporting e tem uma segunda versão, em que são feitas alterações por quem assessorava o João Pinto em termos jurídicos”. “Há ligeiríssimas incorrecções, que não beneficiam nem prejudicam quem quer que seja e aqui estou a englobar o próprio Estado”, afirmou.

Ainda segundo o CM apurou, o outro dirigente leonino também ouvido pelas autoridades na qualidade de arguido foi-o pelo mesmo motivo. Pelo pagamento da última tranche e não por causa do negócio da transferência propriamente dito.

Recorde-se, ainda, que este processo está praticamente investigado, faltando apenas, para a dedução da acusação pública, do recebimento de uma carta rogatória que foi pedida ao Luxemburgo – para uma conta bancária onde os pagamentos pelos direitos desportivos do atleta foram transferidos.

OUTROS ARGUIDOS
Além dos dirigentes leoninos há outros dois arguidos no processo. João Pinto e José Veiga, ex-dirigente do Sport Lisboa e Benfica. O primeiro começou como queixoso, alegando que não tinha recebido o dinheiro, mas foi depois constituído arguido por suspeita de fraude fiscal.
MAIS DE TRÊS MILHÕES

Está em causa o pagamento de uma verba de três milhões e 272 mil euros, devido à transferência de João Vieira Pinto do Sport Lisboa e Benfica para o Sporting Clube de Portugal, na época 2000/2001. José Veiga foi detido o ano passado e indiciado por fraude fiscal e burla qualificada.

NOTAS
"Há corrupção e dinheiro sujo no futebol Português", disse Dias da Cunha, em entrevista à RTP, em 2004.

Ver o artigo original do Correio da Manhã

  • Lagartos são lentos por natureza
    Já todos sabiamos que os jogadores leoninos andavam um pouco lentos como os resultados, desta época, demonstram. Hoje, ficamos a saber que têm a quem sair: Aos dirigentes da Sad do Sporting pois claro. Porque o ex. presidente lagarto já foi constituído arguído há alguns meses e só agora emitiram um esclarecimento no site oficial do clube. Como diria o outro, porque será? E porque será que há uns meses atrás, todos os dirigentes do Sporting metiam as mãos no fogo, uns pelos outros, e agora, alguns, já têm medo de se queimar?
  • It's a Sony

    200.000 comunas?


    "200 mil trabalhadores de todo o país estão a desfilar em direcção ao Parque das Nações, em Lisboa, em protesto contra a política económica e social em Portugal e em defesa de uma Europa com direitos sociais e emprego. O protesto começou quase ao mesmo tempo em que o presidente em exercício da União Europeia (UE), José Sócrates, anunciou um acordo entre representantes das confederações patronais e sindicais da Europa em torno da modernização do mercado de trabalho e dos princípios da «flexigurança»."

    200 mil? Ao contrário do que se pensava, ainda existem muitos comunistas em Portugal

    Madeleine e os "bifes"

    "Cinco investigadores profissionais britânicos notaram falta de experiência na forma como a Polícia Judiciária portuguesa conduziu o inquérito ao desaparecimento de Madeleine McCann, num programa televisivo a ser emitido hoje no Canal 4, disse à Lusa fonte da estação. A análise à investigação portuguesa foi feita por uma equipa enviada a Portugal e liderada pelo superintendente-chefe Chris Stevenson, que dirigiu a investigação ao homicídio das adolescentes Holly Wells e Jessica Chapman na localidade de Soham, no Reino Unido, em 2002. Com Stevenson, actualmente reformado da Polícia britânica e a exercer funções de consultor, foram a Portugal durante uma semana um especialista forense, um especialista em comunicação com os media, um perito em segurança e um psicólogo forense. O exame foi realizado com base nos dados recolhidos através de testemunhas locais e a leitura dos pormenores dados pela comunicação social, já que o acesso ao dossier não é permitido por a investigação judiciária ainda estar em curso. "

    Salvo melhor opinião, parece-nos que tão brilhante equipa deveria facilmente ter descoberto a menina mas, infelizmente, optaram pelo “mais difícil”, que foi criticar a polícia judiciária portuguesa. Mais difícil porque os dados foram “recolhidos através de testemunhas locais e a leitura dos pormenores dados pela comunicação social, já que o acesso ao dossier não é permitido por a investigação judiciária ainda estar em curso” ainda mais credível se torna a crítica. Resta a satisfação do “brilhante”resultado ter sido emitido na estação televisiva britânica Canal 4.

    Crimes em acentuado ... crescimento

    "Duas raparigas disputavam um namorado e o ajuste de contas espalhou-se por telemóvel. Os dois agentes da Damaia chegaram terça-feira à Escola D. João V quando, à porta, foram barrados por “mais de cem alunos ansiosos pelo espectáculo”. Chamaram reforços da Venda Nova, Amadora, mas, ao sair do carro-patrulha, um polícia foi atingido na boca com uma pedra da calçada. Caiu no chão desmaiado e foi operado de urgência. Perdeu sete dentes e fracturou o maxilar.

    Pela frente a PSP tinha afinal “miúdos da escola secundária, nos seus 16, 17 anos, não fossem muitos deles já cadastrados” e a maioria dos mais problemáticos bairros da Amadora. O “rapaz que atingiu o agente só por sorte não puxou da arma de fogo que tinha com ele” – é conhecido da polícia por vender droga na escola e fugiu para a Cova da Moura. O agente da PSP não teve tempo de reacção e caiu inanimado com o impacto de “uma enorme pedra de antiga calçada portuguesa”. Aos 26 anos fica parcialmente desfigurado e perdeu sete dentes. Teve de ser operado de urgência a uma fractura no maxilar e foi ainda suturado com vários pontos no lábio superior. “Toda a boca será agora reconstruída”
    (mais
    aqui).

    É sempre com “prazer” que vamos ouvindo da boca dos políticos e lendo as notícias da diminuição de criminalidade e evolução civilizacional de Portugal....

    Atrocidades soviéticas

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    Em 1921, Lenine, ordenou a criação de um laboratório de venenos secreto, um «gabinete especial» que tinha por missão «combater os inimigos do poder soviético». Mas este rapidamente foi transformado num instrumento de ataque aos dirigentes comunistas que podiam fazer sombra à tomada do poder por José Estaline. Foi o caso do general Mikhail Frunze, envenenado logo em 1925 no decorrer de uma intervenção cirúrgica à qual foi submetido contra a sua vontade. Uma das primeiras formas de "liquidação" eram os acidentes rodiviários encenados. Depois surgiram estas obras primas promovidas por mentes retorcidas e que levaram parte do mundo à negra noite comunista. Após longa investigação, o escritor e jornalista russo Arkadi Vaksberg traçoou, em Laboratório de Venenos (da Aletheia), a história minuciosa de uma interminável série de assassinatos polí­ticos, que começaram nos tempos de Lenine e de Estaline e continuaram, já após o fim da União Soviética, com a eliminação de Anatoli Sobtchak, o antigo presidente da câmara de São Petersburgo, do deputado e jornalista Iuri Chtchekotchikhine e do espião Alexander Litvinenko. Victor Yushchenko, o presidente ucraniano, terá escapado por pouco.
    (via Rui Bebiano)