Em 1921, Lenine, ordenou a criação de um laboratório de venenos secreto, um «gabinete especial» que tinha por missão «combater os inimigos do poder soviético». Mas este rapidamente foi transformado num instrumento de ataque aos dirigentes comunistas que podiam fazer sombra à tomada do poder por José Estaline. Foi o caso do general Mikhail Frunze, envenenado logo em 1925 no decorrer de uma intervenção cirúrgica à qual foi submetido contra a sua vontade. Uma das primeiras formas de "liquidação" eram os acidentes rodiviários encenados. Depois surgiram estas obras primas promovidas por mentes retorcidas e que levaram parte do mundo à negra noite comunista. Após longa investigação, o escritor e jornalista russo Arkadi Vaksberg traçoou, em Laboratório de Venenos (da Aletheia), a história minuciosa de uma interminável série de assassinatos políticos, que começaram nos tempos de Lenine e de Estaline e continuaram, já após o fim da União Soviética, com a eliminação de Anatoli Sobtchak, o antigo presidente da câmara de São Petersburgo, do deputado e jornalista Iuri Chtchekotchikhine e do espião Alexander Litvinenko. Victor Yushchenko, o presidente ucraniano, terá escapado por pouco.
(via Rui Bebiano)