Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar, escreve o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, no despacho que proferiu depois de ler o relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).
Gravíssima, num estado de direito, a displicência como o governo tratou do assunto e o modo expedito como o mandou arquivar.
É um governo convencido que tem um país de saloios e parvos. A argumentação para arquivamento do processo é de tal modo rudimentar que chega a ser caricata. A conclusão é evidente: os polícias podem continuar a intimidar os sindicatos para não apuparem o "nosso primeiro", porque os processos serão arquivados por falta de facto ilícito.
Só mesmo Sócrates conseguiria descobrir este "senhor" que gaguejou para explicar a falta de actuação da polícia no assalto ao milho trangénico, branqueando agora a intimidação feita na Covilhã e mandou identificar dezenas de manifestantes em Montemor intimidando-os com coimas ? Este senhor que teve um papel em bicos-de-pés nas escutas telefónicas publicadas pelo SOL.
Desde os primeiros casos DREN/Charrua e cartaz do Centro de Saúde de Vieira do Minho, a onda repressiva não tem parado, atingindo principalmente os orgãos de Comunicação Social (desde a invasão ao 24 Horas) com a alteração dos regulamentos dos jornalistas e a imposição de organismos estatais e "reguladores". è o regresso ao fascismo, em tons "rosa"....