(*) Por Jorge Maia, in O JOGO
George Orwell escreveu uma vez que "o desporto a sério não tem nada a ver com fair play". "Está cheio de ódio, inveja, vaidade, um completo desrespeito pelas regras e um prazer sádico em testemunhar actos de violência. Por outras palavras, é uma guerra sem os tiros", escreveu. É claro que Orwell era conhecido por ser particularmente cínico, mas o desporto praticado no seu tempo, o início do século XX, embrulhado na brutalidade dos nacionalismos excessivos que marcaram essa época da história da humanidade, dava-lhe alguma razão.
Os jogadores do FC Porto não voltarão a colocar a bola fora do relvado para forçar a paragem do jogo e permitir que os jogadores adversários sejam assistidos. Da mesma forma, não vão esperar tratamento diferente, não devolvendo a bola aos adversários que a coloquem fora do relvado, por considerarem que a responsabilidade pela paragem do jogo para permitir a assistência a jogadores lesionados é da exclusiva responsabilidade dos árbitros. Os responsáveis portistas consideram que aquilo que é visto genericamente como um acto de "fair play" tem sido alvo de abusos por parte de algumas equipas, que exploram a boa vontade dos adversários para quebrar o ritmo de jogo. De resto, a decisão do FC Porto acontece na sequência de uma recomendação recente da UEFA, que aconselha os jogadores a deixarem a decisão sobre eventuais paragens no jogo para assistir jogadores lesionados ao critério do árbitro. A esse propósito a UEFA recordou aos árbitros a Lei 5 das Leis do Jogo, segundo a qual, "o árbitro pára o jogo se, na sua opinião, um jogador estiver lesionado com gravidade garantindo a sua remoção do terreno do jogo". Para que não subsistam dúvidas em relação a esta tomada de posição, os portistas passarão a informar os árbitros e os adversários da mesma antes de cada jogo.
George Orwell escreveu uma vez que "o desporto a sério não tem nada a ver com fair play". "Está cheio de ódio, inveja, vaidade, um completo desrespeito pelas regras e um prazer sádico em testemunhar actos de violência. Por outras palavras, é uma guerra sem os tiros", escreveu. É claro que Orwell era conhecido por ser particularmente cínico, mas o desporto praticado no seu tempo, o início do século XX, embrulhado na brutalidade dos nacionalismos excessivos que marcaram essa época da história da humanidade, dava-lhe alguma razão.
Os jogadores do FC Porto não voltarão a colocar a bola fora do relvado para forçar a paragem do jogo e permitir que os jogadores adversários sejam assistidos. Da mesma forma, não vão esperar tratamento diferente, não devolvendo a bola aos adversários que a coloquem fora do relvado, por considerarem que a responsabilidade pela paragem do jogo para permitir a assistência a jogadores lesionados é da exclusiva responsabilidade dos árbitros. Os responsáveis portistas consideram que aquilo que é visto genericamente como um acto de "fair play" tem sido alvo de abusos por parte de algumas equipas, que exploram a boa vontade dos adversários para quebrar o ritmo de jogo. De resto, a decisão do FC Porto acontece na sequência de uma recomendação recente da UEFA, que aconselha os jogadores a deixarem a decisão sobre eventuais paragens no jogo para assistir jogadores lesionados ao critério do árbitro. A esse propósito a UEFA recordou aos árbitros a Lei 5 das Leis do Jogo, segundo a qual, "o árbitro pára o jogo se, na sua opinião, um jogador estiver lesionado com gravidade garantindo a sua remoção do terreno do jogo". Para que não subsistam dúvidas em relação a esta tomada de posição, os portistas passarão a informar os árbitros e os adversários da mesma antes de cada jogo.