Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

... do pior de 2010

"Mas é uma injustiça, é mesmo. Eu não tenho poderes nenhuns. Sou a Rainha de Inglaterra do Ministério Público”.


«O homem que, só aqui para nós, nomeou uma equipa especial para o Apito Dourado e outra para a Noite Branca porque não confia nos seus homens – não há outra explicação possível - , que abre processos aos seus procuradores, que escolhe para coordenadora do DCIAP uma procuradora que tinha sido membro da Comissão de Candidatura de Mário Soares, não tem poderes. O homem que mandou fazer recursos de todas as decisões do Apito Dourado, mesmo sem saber se elas seriam ou não fundamentadas, não tem poder nenhum. Se calhar, tem até poderes a mais, digo eu. Ou melhor, não sei que poderes é que pode ter mais o nosso Procurador-Geral, que por definição é o advogado do Estado. E nem admira que Maria José Morgado defenda também mais poderes para o Procurador-Geral – claro que sim, claro que deve nomear os procuradores distritais (para quê?).

Pinto Monteiro, é dele que falamos, o Procurador-Geral da República vai para quatro anos, queixou-se de falta de poderes, depois de se ter queixado de que lhe andavam a escutar as conversas, depois de se ter queixado de falta de condições para o Ministério Público trabalhar, depois de se ter queixado que no mesmo MP há “reis e reizinhos”, depois de se ter queixado dos megaprocessos, depois de se ter queixado dos procuradores e do juiz de Aveiro no Face Oculta. Queixas e mais queixas. Só que continuamos com os mesmos casos há anos.

Francamente, o “beirão sério” que, não tenho dúvidas, é Fernando Pinto Monteiro, juiz-conselheiro, note-se, vai ter muita dificuldade em chegar ao fim do mandato. Se se gasta tanto dinheiro em processos como o Freeport e o Apito Dourado, e se chega aos arquivamentos que se chegaram, alguma coisa está mal. O procurador tem pelo menos um poder que pode usar: o de se demitir.»

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