Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Haverá um ano…

Haverá um ano…
Perdidamente longe…
(que tarda em vir)
Mas que virá, como o canto esplêndido dos pássaros
E virá, como o dia em que se deixaram de ouvir.
Essa contagiante Serenidade em cada amanhecer
Irá de novo, fazer esquecer
Todos os riscos, todos os traços
Deixados pelo mal, de um anterior mundo de papel
De rabiscos Insanos…
Haverá um dia...
Haverá um ano.

Neste sonho, não haverá espaço para dormir
Nem o tempo paralelo aos carris dos tempos
Onde partiram comboios sem nos levar…
E se o mundo pudesse elevar nos céus
A Liberdade de estar preso a alguém
Ou todos os tesouros encalhados no fundo do mar?

Já é tempo das pedras florirem!
Até os que se escondem de tudo
Vêem tudo como tudo está para se ver.

Assim com um poeta olha para lá da visão
Os ponteiros vão andando parecendo recuar
Furtando a luz e a força de uma vida mestiça.
Mas antes de um novo mundo
Antes de um novo começo
Acertemos primeiro o pulsar de cada coração
E das memorias especiais de todos os ontens
Delas apenas rasgar…
Todo o ódio e má-fé
Todo o orgulho e cobiça!

Prendam nas masmorras do esquecimento
Todo o mal, todo o sofrimento
Pois todos sabemos o que já foi feito
De quem caiu e ficou desfeito
De quem da dor fez seu mar…
Aquele peito que se afundou em dilemas.
Quando a linha da fronteira é clara
Resta-me apenas… penas
E Pequenos dias em noites por acabar
E vou cerrando os lábios num jardim de papel
Onde, por enquanto…
Só florescem poemas.


Moisés Correia

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