Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Salvar o Planeta Terra


Em 1947, Erich Kästner escreveu um dos mais belos livros infantis em língua alemã, “Die Konferenz der Tiere” (Conferência dos Animais). Conta a história de um grupo de animais que se reúne para assegurar um futuro sem conflitos, enquanto os líderes mundiais preparavam a guerra. Face à instransigência humana os animais tomam medidas drásticas. O livro foi recentemente adaptado ao cinema com um foco ligeiramente diferente – em vez de guerra e paz – os animais juntam forças para salvar o planeta. Com imenso humor vão sendo apresentadas as diferentes conferências climáticas da ONU (o seu vazio no que toca a resultados) a boa vida dos conferencistas ( nada longe da realidade garanto-vos eu que acompanho aqui em Bona as reuniões preparatórias …) e os diversos interesses económicos em jogo. Após muitas peripécias os animais são bem sucedidos. O filme é uma belíssima forma de sensibilizar os mais pequenos para as questões ambientais e dá que pensar aos papás. Veja-se a última conferência do clima no México onde as expectativas luminosas se foram transformando, progressivamente, em frustrações sombrias. Cancún terminou com um acordo modestíssimo. Ok, mas mesmo assim tido como um passo importante rumo a um novo tratado contra o aquecimento global. Os últimos trinta anos têm sido assim: passinhos em frente e recuos. Até quando?
A década de 1980 foi a do susto. A década de 1990 foi a da reacção. A década que agora termina é a do desengano. Aprendemos, em dez anos, que não é nada fácil salvar o planeta das suas maiores ameaças”. As palavras são de Ricardo Garcia, um dos olhares mais atentos em Portugal no que toca a questões ambientais, e abrem uma interessante análise sobre o que foi feito e o muito que falta fazer. “Os fracassos mais evidentes da década revelam os seus próprios porquês. Vencer o desafio das alterações climáticas e da biodiversidade – dois problemas com vastas implicações sobre o planeta – implica mudar o paradigma da sociedade. É preciso usar outras fontes de energia, rever a forma como se utiliza o solo, mexer profundamente na economia, consumir menos e melhor”.

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