Batalha campal antecedeu o clássico
Arrepiante confronto entre adeptos encarnados e polícia, na Luz. Mais um capítulo vergonhoso... Dez detenções e quatro agentes feridos.
Nem a maior operação policial de sempre num jogo de futebol em Portugal - 800 agentes, várias dezenas de veículos e um helicóptero - foi capaz de impedir novo episódio lamentável na guerra cega entre adeptos de Benfica e FC Porto.
Os incidentes começaram com o apedrejamento de vários carros particulares de adeptos do FC Porto, em Telheiras, zona de concentração dos cerca de de 3500 apoiantes azuis e brancos, e conheceram o ponto alto já na chegada ao Estádio da Luz, depois de um percurso calmo.
Muitos adeptos do Benfica concentrados junto à zona comercial, no perímetro do recinto, arremessaram bolas de golfe, garrafas de vidro e pedras, investindo depois, já com os ânimos muito exaltados, contra as forças de segurança. Tudo serviu para atirar aos agentes, até mesas e cadeiras retiradas do interior da zona comercial, que foi encerrada por instantes.
Também voaram caixotes do lixo, com a situação a descontrolar-se durante vários minutos e os desacatos a atingirem proporções gravíssimas, numa batalha campal no mínimo arrepiante para quem assistiu, com várias balas de borracha a serem disparadas pela polícia.
Muitas viaturas estacionadas na zona ficaram danificadas e os adeptos que se encontravam no local e que nada tinham a ver com o motim procuraram fugir e proteger-se como puderam. Os confrontos prosseguiram durante mais algum tempo do outro lado da estrada, com muitas pedras a voarem.
Foram detidos dez adeptos, a maioria dos quais ligados ao Benfica (todos serão hoje presentes a Tribunal), e ficaram feridos quatro agentes da PSP.
O processo de revista foi bastante minucioso - alguns adeptos do FC Porto tiveram mesmo de descalçar-se e tirar inclusive as meias - e a polícia e os stewards tentaram evitar ao máximo a entrada de acessórios alusivos ao FC Porto, como era desejo dos responsáveis encarnados, ficando do lado de fora, sobretudo, quase tudo o que tinha mensagens ofensivas.
Já dentro do estádio, voaram muitos objectos lançados pelos adeptos do Benfica, sobretudo bolas de golfe, isqueiros e... um telemóvel. Jesus pediu calma e Nélson Puga, médico do FC Porto, foi atingido na cabeça após o 0-1.
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