Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Opinião: Rio abaixo! Rio acima!


A estratégia inacreditável do Dr. Francisco José Viegas

É inacreditável que um Secretário de Estado da Cultura, ainda por cima escritor de referência, ainda por cima jornalista, ainda apor cima responsável pela autoria e apresentação de programas culturais televisivos, ainda por cima comentador televisivo em que criticava seriamente as opções políticas anti-ambientalistas, ainda por cima natural do Douro (Pocinho), venha agora, só porque é Secretário de Estado de um Governo, alinhar na nova estratégia de defesa da Barragem do Tua: desviar o assunto para o paredão da barragem e o seu impacto na paisagem do Douro! Até acha que Souto Moura o deve pintar de verde!
Poupe-nos a tanto disparate, Sr. Dr. Francisco José Viegas!
Ó Sr. Dr.! : estamo-nos nas tintas para o paredão de 100 metros de altura! Fosse esse o problema!
A questão é a eliminação do Vale do Tua!
Essa é que é a questão!
O Sr. Dr., que era tão lúcido quando comentador da TVI, não tem agora a lucidez de dizer se é ou não a favor da barragem!
Se é a favor, diga! E a gente já sabe com quem pode contar!
Se é contra, diga firmemente, sem medo.
Diga que já chegou tarde a um assunto que já estava resolvido e para a qual nada pode fazer! A gente aceita a mentira de que nada pode fazer, e ponto final quanto a contar com a Secretaria de Estado. Não venha é com esta lamentável estratégia e com este tatebitate de político chegado à pasta da Cultura sem saber que fazer dela!

Pode repetir, Dr. João Teixeira, de Murça?

Deve andar por aí muita consciência pesada com a extinção do Vale do Tua. A começar pela EDP que se desdobra em “ajudas” às populações afectadas, pelo que até já criou uma Fundação com o nome de “Solidária – Barragens”, nome um tanto hipócrita ao jeito de quem dá a punhalada e depois se compromete a pagar parte das despesas de internamento.
Mas não só.
As Câmaras que aderiram à tal Agência de Desenvolvimento, com que a dita EDP as aliciou, também devem dormir mal. Desta vez, foi o Presidente da autarquia de Murça, que criou um programa (mais um), de seu nome (igualmente hipócrita): “TUAmais-Murça”, onde se pretende compensar as populações afectadas pelo alagamento do Vale, pelo que vai candidatar o programa àquela Fundação. Escusado será dizer que a EDP vai aprová-lo. Mas, numa recente entrevista, o Dr. João Teixeira, saiu-se com esta: “- A barragem deve estar de harmonia com as populações e vice-versa, para assim se evitar que as pessoas abandonem as suas terras....
Será que podia repetir, Dr. Teixeira? “Para evitar que as pessoas abandonem as suas terras”?
Então são as pessoas que abandonam as suas terras ou não será antes que as populações vão ser expulsas das suas terras, porque essas terras vão deixar de existir?
É demais! Poupem-nos, senhores autarcas da tal Agência!

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Portagens: esticar a corda até partir!

O país está em polvorosa com a aplicação de portagens. Por todo o lado se levantam vozes de protesto, especialmente no interior e em zonas do país sem outra alternativa viária. Tenho aqui defendido que acho que um país pobre como o nosso deve cobrar portagens. Mas sou contra duas coisas: esta arbitrariedade selvagem que não pondera as consequências para certas regiões específicas do país e, principalmente, o exageradíssimo montante que se paga.
Trata-se de um autêntico roubo à carteira do contribuinte.
O Governo, ao despachar às quatro pancadas a obrigatoriedade de pagamento, sem olhar aos valores em causa e sem atender a que muitas zonas do país podem retroceder em termos do seu desenvolvimento, está a contar com o ovo no tu-tu da galinha. Vai sair-lhe o tiro pela culatra: as receitas vão diminuir e, entretanto, muitas empresas que usavam as vias agora tributadas, foram-se abaixo.
Já para não falar dos utentes que têm que inventar itinerários alternativos onde não os há.
De tanto a esticar, a corda vai partir, Drs. Gaspar, Passos e Companhia Lda.

Não há dinheiro para a A4?

A auto-estrada transmontana (A4) corre o risco de se transformar numa relíquia modernista para os vindouros apreciarem.
Milhões gastos numa auto-estrada que está parada há três meses, sem perspectivas de se reiniciar. Não há dinheiro, diz o Governo, pelo que o assunto está em estudo. Que não haja dinheiro para obras novas, acredito, agora que não haja para obras que foram adjudicadas e estão a meio, é que não acredito. Porque, segundo a Lei, não se pode adjudicar uma obra sem que esteja garantido o seu suporte financeiro. Afinal, para que serve o Tribunal de Contas? Mas o facto é que o que já foi construído, vai ficar ali a deteriorar-se.
Afinal, quem a adjudicou? E quem foi que a adjudicou sem ter o tal suporte financeiro?
E será que este Governo alinha numa política de não acabar pelo menos o que está em curso, em favor de pagar juros a quem já tem o papo cheio?
Se calhar, Passos quer fazer o Céu e a Terra tudo no mesmo dia. E isso, nem Deus, que levou sete!

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Por Francisco Gouveia, Eng.º
(o autor escreve pela ortografia antiga)
gouveiafrancisco@hotmail.com

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