Torre dos Clérigos com horas certas após substituição de ponteiro
O ponteiro da face nascente do relógio da Torre dos Clérigos, no Porto, que teve de ser retirado esta quinta-feira por um alpinista, estava “preso por um fio”, segundo os trabalhadores que repararam o ex-libris da cidade.
A anomalia, que pode ter sido provocada por uma gaivota e foi detectada por ocasião da mudança de hora no último domingo de Outubro, estava a causar “um desconforto” por parte de quem passava nos Clérigos.
Era “algo confuso ver uma hora num lado e outra hora no outro”, disse Luís Pacheco, da empresa barcelense encarregada da reparação.
A intervenção acabou por revelar-se necessária ao nível da segurança pública, já que o ponteiro danificado estava preso por uma frágil ponta de metal, como demonstrou à agência Lusa Carlos Jerónimo, da empresa reparadora, mal o ponteiro foi retirado.
“Nota-se perfeitamente que estava ligado apenas por uma ponta”, disse Carlos Jerónimo, para garantir que se trata de uma “peça que estava mesmo a cair” e que “foi por pouco” que se evitou o sério risco de que caísse com o vento e colocasse em perigo os transeunte sda rua dos Clérigos.
“Os ponteiros têm que ser desmontados, reparados, restaurados e recolocados”, prosseguiu Carlos Jerónimo, concluindo que resta ainda “fazer uma intervenção de soldadura nos ponteiros e de recuperação da pintura.”
O acertar deste relógio monumental foi posto em marcha pela Irmandade dos Clérigos, que arcou também com as despesas da reparação.
Restauro completo até 2013
“Para além de a Torre dos Clérigos ser o ex-libris, é também o relógio de sala da cidade”, disse o padre Américo Aguiar, juiz presidente da Irmandade.
“Quando demos pela anomalia de um dos relógios, possivelmente por razão do choque de uma gaivota contra os ponteiros, tratámos de providenciar o concerto”, explicou o clérigo.
Américo Aguiar explicou ainda que “a intervenção está inserida num programa de restauro que a Irmandade está a preparar até 2013″, ano em que a Torre dos Clérigos completa 250 anos, e que portanto é apenas “um pequeno mimo” em relação ao restauro que falta ainda completar.
O juiz presidente da Irmandade dos Clérigo deseja sobretudo que “os 4 relógios possam ficar funcionais para continuar a dar horas certas para a cidade”, porque, garante, “a cidade já não vive sem as batidas deste relógio”.
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