O presidente da Associação Pólo Moda e da assembleia geral do Centro de Inteligência Têxtil defendeu esta quarta-feira que Portugal precisa de uma cidade que se afirme no domínio do design e da moda, apontando o Porto como a escolha acertada.
“O Porto tem desempenhado uma função de centro polarizador desta actividade, assim como no domínio da arquitectura. Por isso, pode ser a capital da moda em Portugal. Nada melhor do que uma cidade no centro da região onde a indústria associada à moda se concentra”, frisou João Costa.
O dirigente da Pólo Moda falava na conferência “Porto, Cidade de Moda…”, uma iniciativa do Centro de Inteligência Têxtil (CENIT) no âmbito do projecto Porto Fashion Show e apoiado pelo programa Compete, do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
João Costa salientou que o Porto, recentemente escolhido para ser a sede do Instituto Profissional da Moda, um organismo agregador e coordenador de todas as iniciativas ligadas à área, já concentra os centros de formação nas áreas do têxtil, ourivesaria e calçado.
O director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e administrador do Centro de Inteligência Têxtil, Paulo Vaz, lembrou que “85%” da actividade do sector da moda se concentra acima do rio Douro, entre os distritos do Porto e Braga.
“Foi aqui que nasceu o Portugal Fashion, percebeu-se que existia aqui criatividade e design que podiam ombrear com o que se faz lá fora. Podemos gerar marcas que se identifiquem com o estilo da cidade e, à semelhança do que aconteceu em Barcelona, criar um movimento gerador de modelos de negócio inovadores e de marca”, frisou Paulo Vaz.
O mesmo responsável apontou as condições que, no seu entender, ajudam a tornar o Porto a capital da moda em Portugal.
“A cidade deve ser aberta, jovem, tolerante e cosmopolita, deve construir um estilo de vida imitável, uma marca distintiva, deve envolver no processo poderes públicos e cidadão comum, deve manter uma escola de moda que atraia novos talentos e deve cativar o interesse de grandes grupos económicos capazes de transformar uma ideia interessante num negócio”, frisou Paulo Vaz.
Por seu lado, o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, defendeu que “é preciso encontrar na cidade uma ‘montra’ para mostrar o que se faz, e concentrar recursos para que tudo o que é moda portuguesa possa ser exibido a quem nos visita”.
Rui Moreira apontou o exemplo desenvolvido pelos galeristas de arte da cidade, que se concentraram na Rua Miguel Bombarda e adjacentes.
Lamentou que, por exemplo, no aeroporto, “por onde passam quase todos os visitantes da cidade, não haja uma loja de criadores portugueses”.
“Mesmo que não vendessem teriam visibilidade. Chegamos ao aeroporto Francisco Sá Carneiro e parece que já saímos do país”, assumiu.
A conferência “Porto, cidade de moda…” foi direccionada para empresários, investigadores, designers e teve como objectivo ”debater a ligação da cidade à criação, ao negócio e à promoção aquém e além-fronteiras”.
Foto de Raquel Henriques e artigo aqui
1 comentários:
caríssimo Kosta, caríssima(os),
devido a « cenas que me assistem », estarei ausente nos próximos (longos?) tempos. portanto e até ao meu regresso:
votos de Boas Festas! e de um próspero Ano Novo de 2012!, para todas(os) vós e para os que vos são mais queridos! :)
e não esquecer que:
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)
Miguel | Tomo II
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