A compra de dívida pública pelos bancos centrais pode reduzir custos de financiamento, mas não sustenta a retoma
Segundo a lógica keynesiana que impera no seio do BCE, a economia bascula entre equilíbrios virtuosos e perversos ao sabor das variações de sentimento (os “animal spirits” de Keynes). Resulta desta doutrina que a resolução da crise de dívida do euro depende da capacidade do BCE em convencer os investidores que as economias em dificuldades são solventes. Nesse caso, a crise do euro desapareceria e a economia europeia cicatrizaria. Ou seja, os poderes metafísicos do BCE seriam suficientes para transferir a economia europeia de um mau equilíbrio para um bom. Mas se assim é, porque não se lembrou o BCE desta solução mais cedo? Afinal, a crise não é de ontem. Infelizmente, a realidade não é assim tão simples, como as experiências de além-mar bem o ilustram. A Fed há muito prossegue a política de compra em larga escala de dívida soberana. Os resultados são, contudo, decepcionantes.
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