Guilhermina Suggia (1885-1950) foi uma grande violoncelista portuguesa.
Nascida na freguesia de São Nicolau, no Porto, Guilhermina iniciou os seus estudos com o pai, Augusto Suggia, de ascendência italiana, atuando em público a partir dos 7 anos de idade. Foi aluna do violoncelista catalão Pablo Casals e de Julius Klengel, no Conservatório de Leipzig, na Alemanha. A apresentação de Guilhermina com a Orquestra da Gewandhaus, em 1901 em Leipzig, marcou o início de uma brilhante carreira internacional.
Reencontrou Casals, mais tarde, em Paris, onde viveram juntos e atuaram por toda a Europa, muitas vezes, com Casals a maestro e Guilhermia como solista. Separam-se em 1913. A partir da Primeira Guerra Mundial, Londres tornou-se o principal centro de atividade de Guilhermina Suggia. Num regresso a Portugal em 1923, conheceu José Carteado Mena, médico e diretor do Instituto Pasteur do Porto, com quem casou 4 anos depois, tendo o escultor Teixeira Lopes por padrinho. O casal fixou-se no Porto. Nos últimos anos da sua vida, Guilhermina Suggia dedicou-se ao ensino. O último grande acontecimento da sua carreira internacional verificou-se em 1949, altura em que atuou em Edimburgo, com a Orquestra Escocesa da BBC.
A preferência de Guilhermina Suggia pela obra para violoncelo de Bach levou a que se dissesse na época que ela própria havia reinventado as suites para violoncelo, com o seu estilo virtuoso e inconfundível, tornando-a uma das grandes referências de sempre da música erudita. A figura da famosa violoncelista inspirou o livro "Guilhermina" do romancista Mário Cláudio, publicado em 1986. (WC)
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