O Duque de Bragança, Duarte Pio, afirmou hoje que há "uma alternativa muito clara" à situação actual do país que passa pela restauração da "Instituição Real", sublinhando que um rei está acima dos interesses partidários e políticos.
"Existe uma alternativa muito clara à actual situação a que chegou este regime, alternativa que passa por devolver a Portugal a sua Instituição Real e que, se não resolve por si só todos os nossos problemas actuais, será certamente, como o provam os vários países europeus que a souberam preservar, um grande factor de união popular, de estabilidade política e de esperança colectiva. Numa palavra, de desenvolvimento", afirmou.
Duarte de Bragança, "descendente e representante dos Reis de Portugal", falava em Lisboa, no Palácio da Independência, numa "mensagem aos portugueses" no dia do 869.º aniversário da fundação de Portugal, a 05 de Outubro de 1143, data em que Afonso VII de Leão reconheceu a existência de um novo Estado, Portugal.
Nesta mensagem perante uma assembleia de muitas dezenas de pessoas que o receberam com gritos de "viva o rei", o Duque de Bragança fez um diagnóstico da situação "difícil" do país, referindo a "terrível crise económica" e que o país está hoje "esmagado pelo endividamento externo, pelo défice das contas públicas e pela decorrente e necessária austeridade".
Este é o resultado, afirmou, do actual regime, que em "pouco mais de 100 anos", deixou chegar o país a esta situação que implica "perda de soberania" e o "descrédito internacional" de "uma das mais antigas nações europeias".
"Recordo que o Estado é sobretudo suportado pelo fruto do esforço, do trabalho dos portugueses", afirmou, acrescentando que "todos eles são merecedores do respeito por parte de quem gere" os impostos e lembrando que "muitos são os que hoje só sobrevivem graças à imensa solidariedade" de que o "povo ainda é capaz".
Duarte Pio defendeu que Portugal precisa hoje de um "novo projecto nacional", tal como aconteceu há quase nove séculos, quando nasceu como "nação livre e independente, fruto da vontade e sacrifício de um povo unido à volta do seu rei".
"Então, como agora, foi fundamental a existência de um projecto nacional, uma causa comum e desejada que a todos envolveu (...). Um projecto que tinha acima de tudo um rei e os portugueses, unidos por um vínculo indestrutível, constantemente renovado e vencedor, um vínculo de compromisso que nos ajudou a ultrapassar crises avassaladoras no passado e que se prolongou pelos séculos seguintes até ser interrompido apenas em 1910", sublinhou.
Considerando que o "desafio" actual é "refundar um projecto nacional capaz de unir todos os portugueses", o duque de Bragança sublinhou que ninguém melhor do que um rei o poderá liderar e assumir.
"O rei interpreta o sentir da Nação, e age apenas pelo superior interesse do país. E nenhum outro interesse deve também mover os actores políticos. Portugal precisa de autoridade moral, de união em torno de um ideal. Portugal precisa de um projecto que seja o cimento em torno da Nação: a política e, acima dela, a coroa, deve procurar sempre servir esse ideal, e nunca servir-se dele em benefício próprio", afirmou.
Para Duarte Pio, "unidos e solidários num renovado projecto nacional", os portugueses estarão "dispostos aos necessários e equitativos sacrifícios que a presente hora impõe".
Artigo e Susana Salvador e imagem de SAR D.Duarte Pio de Vasco Neves
Obs.: o desígnio manifestado por S.A.R. D. Duarte Pio pode estar mais perto do que parece. Nas comemoração do regime republicano, as cerimónias foram feitas à porta fechada, sem o povo a assisistir, dando a entender que os facínoras republicanos estão com medo. Vimos igualmente a bandeira ser colocada ao contrário e por fim os discursos de uma pobreza franciscana, que mais pareciam recadinhos aos governantes. Uma vergonha!
Obs.: o desígnio manifestado por S.A.R. D. Duarte Pio pode estar mais perto do que parece. Nas comemoração do regime republicano, as cerimónias foram feitas à porta fechada, sem o povo a assisistir, dando a entender que os facínoras republicanos estão com medo. Vimos igualmente a bandeira ser colocada ao contrário e por fim os discursos de uma pobreza franciscana, que mais pareciam recadinhos aos governantes. Uma vergonha!
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