Ultimamente, não consigo escrever um texto bom no Blasfémias. Digo-o com
toda a sinceridade. Os imbecis que nos governam, os toscos que os apoiam, o rol
de idiotas chapados com formação académica que os aclamam e os média, que os
tratam sem insultarem as respectivas mães – culpadas, certamente, por
amamentarem estas criaturas até ao doutoramento -, geram uma tristeza tão
contagiosa, açambarcadora e deprimente que suga qualquer hipótese de humor
sobre toda a tragédia que é o Portugal do século XXI.
Nestas alturas, só regressando ao país real, longe do Porto, longe de Lisboa
– ou a 30 km, que já é suficiente para arejar -, posso encontrar o português
honrado, aquele que não aparece a comentar esta corja toda com paninhos quentes
relativistas, o filtro descrito por Taleb no artigo “The
Intellectual Yet Idiot”. No país real também há ladrões, também há putas,
também há violadores: só não são é aceites e justificados perante a comunidade
como pertencendo ao rol da gente de honra.
Para já, esses estão calados. Se continuarem a ser provocados, com ameaças
ao espólio de décadas de árduo trabalho, a honra virá ao de cima. É que, se o
pai da Mariana Mortágua podia disparar uns tiros a inocentes e ainda assim ser
condecorado por Sampaio, estes acabarão condecorados pela comunidade real. E,
para que conste, Mariana, essa motorizada é sul-coreana, sua burra, não é
norte-coreana. É de uma empresa de capitalistas daqueles que empregam uma
dezena de milhar de pessoas. É uma motorizada fabricada por um dos teus alvos
a abater, abécula.
Vitor Cunha, in Blasfémias
0 comentários:
Enviar um comentário