Quando o artista troca sua expressão artística pelo proselitismo ideológico a arte morre, sai de cena, desaparece. Em vários aspectos, o próprio conceito de arte é o oposto da propaganda política.
Arte – ao menos o que merece tal rótulo – normalmente fala fundo às nossas emoções, de forma atemporal, justamente porque lida com as angústias e paixões humanas, enraizadas em nossa natureza. Substituir isso pela mensagem conjuntural e efêmera da política é cometer um ato de assassinato contra a verdadeira arte.
Infelizmente, temos visto cada vez mais “artistas” se deixando levar por essa onda proselitista, usando sua “arte” apenas para divulgar mensagens políticas e partidárias. É um espetáculo lamentável. E o Oscar, claro, é a apoteose desse fenômeno tosco.
A pressão politicamente correta dentro de Hollywood tem sido fatal para um julgamento artístico isento, que deveria analisar apenas os critérios efetivamente artísticos, não seu teor político. Paradoxalmente, os que mais saem prejudicados com essa postura acovardada são as próprias “minorias” que esses grupos dizem defender.
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