Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

O velho, o rapaz e o burro

O meu Amigo Luis Rocha, escreveu o magnífico texto abaixo no seu Blasfémias.net :

Os chineses ganharam a privatização da EDP. Os números falaram mais alto, um argumento sempre relevante e com importância e objectividade acrescidas para um país falido. Uma triunfal e ruidosa entrada do “perigo amarelo” que será apenas a primeira e mudará muita coisa. Desde logo o financiamento à economia, em que crescerá a componente do investimento directo e dos capitais próprios em desfavor do endividamento. Quiçá, a Troika irá poupar o grosso dos 12 mil milhões destinados à Banca.

Mas apesar de tudo, já se clama por aí, foi uma péssima escolha do governo: a EDP viu o seu controlo passar do Estado português para o chinês, ficamos debaixo da pata dos imperialistas do século XXI, vai ser a total submissão ao capitalismo selvagem, aos predadores ambientais, o adeus aos direitos sociais.

E as alternativas? Bom, se tem ganho a E-ON seria um escândalo. Ganhariam pagando menos, Passos Coelho confirmar-se-ia como fiel lacaio de Ângela Merkel, era o anúncio da invasão pelo IV Reich, a perda total e definitiva da independência.

Restavam os brasileiros. A sua vitória seria inadmissível, a do lobby mais descarado. A pagarem também pouquíssimo, seriam os amigalhaços do Miguel Relvas a impôr-se, teríamos o governo sujeito aos gajos sinistros do mensalão.

Independentemente da opção tomada, o governo estaria sempre em cheque. A populaça comentará sempre em tom acrimonioso, como tão bem exemplificava a história de “o velho, o rapaz e o burro”. Mesmo que o modelo de privatização fosse o da venda em mercado aberto e em leilão competitivo, como aqui defendi. Isso representaria a opção pelo capitalismo popular, coisa mais escabrosa, ficaria a empresa na mão de uns milhares de alienados pelo lucro fácil e que venderiam na primeira oportunidade a quem quer que fosse, descurando totalmente os centros de decisão nacionais. Que já os perdemos há bastante tempo, mas é sempre uma tirada bonita, a puxar ao sentimento.


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