Castelos de areia. Qualquer miúdo gosta de castelos de areia e quase todos concordam que o prazer solitário de construir um só pode ser igualado pela pura diversão de o destruir no fim à calcadela. Lembrei-me disso a propósito das declarações do presidente do Benfica sobre a necessidade de extinção da Liga.
Convém perceber de que Liga estamos a falar. Ora, a Liga que o presidente do Benfica quer extinta, a tal que considera ser o centro do polvo que controla o futebol português, é a Liga que o Benfica elegeu de mão dada com o Boavista. O seu presidente, Valentim Loureiro, um dos principais arguidos do processo Apito Dourado que tanto e tão justamente preocupa o presidente dos encarnados, ainda recentemente mereceu o apoio inequívoco de Luís Filipe Vieira na candidatura à presidência da Assembleia Geral da Liga.
O seu Director Executivo, recentemente retornado de férias, Cunha Leal, é um ex-dirigente e adepto do Benfica, colocado no cargo por indicação do clube da Luz. O presidente da inacreditável Comissão Disciplinar, responsável pela tendenciosa aplicação dos processos sumaríssimos e agora pelo afundamento do futebol português no pantanal que dá pelo nome de Caso Mateus, o honorável Gomes da Silva, é um confesso adepto do Benfica e foi colocado no cargo - adivinhem? - por indicação dos encarnados. O presidente da Comissão de Arbitragem, Luís Guilherme, ainda na última temporada viu o Benfica salvaguardar-lhe o direito de continuar a nomear os árbitros perante a iniciativa de alguns clubes de promover o regresso ao sorteio. Perante isto, nem seria preciso recordar as palavras de Luís Filipe Vieira quando, há alguns anos, declarou ser mais importante colocar as pessoas certas nos lugares certos da Liga do que contratar reforços para a equipa, mas, que diabo, recordemo-las.
É esta Liga que o presidente do Benfica pretende condenar à extinção. Se há lá um polvo, há-de estar vermelho de aflição.
Jorge Maia
Convém perceber de que Liga estamos a falar. Ora, a Liga que o presidente do Benfica quer extinta, a tal que considera ser o centro do polvo que controla o futebol português, é a Liga que o Benfica elegeu de mão dada com o Boavista. O seu presidente, Valentim Loureiro, um dos principais arguidos do processo Apito Dourado que tanto e tão justamente preocupa o presidente dos encarnados, ainda recentemente mereceu o apoio inequívoco de Luís Filipe Vieira na candidatura à presidência da Assembleia Geral da Liga.
O seu Director Executivo, recentemente retornado de férias, Cunha Leal, é um ex-dirigente e adepto do Benfica, colocado no cargo por indicação do clube da Luz. O presidente da inacreditável Comissão Disciplinar, responsável pela tendenciosa aplicação dos processos sumaríssimos e agora pelo afundamento do futebol português no pantanal que dá pelo nome de Caso Mateus, o honorável Gomes da Silva, é um confesso adepto do Benfica e foi colocado no cargo - adivinhem? - por indicação dos encarnados. O presidente da Comissão de Arbitragem, Luís Guilherme, ainda na última temporada viu o Benfica salvaguardar-lhe o direito de continuar a nomear os árbitros perante a iniciativa de alguns clubes de promover o regresso ao sorteio. Perante isto, nem seria preciso recordar as palavras de Luís Filipe Vieira quando, há alguns anos, declarou ser mais importante colocar as pessoas certas nos lugares certos da Liga do que contratar reforços para a equipa, mas, que diabo, recordemo-las.
É esta Liga que o presidente do Benfica pretende condenar à extinção. Se há lá um polvo, há-de estar vermelho de aflição.
Jorge Maia
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