Em 1974, milhares de pessoas foram expulsas de Moçambique onde estavam socialmente integradas e onde se sentiam como na "sua" terra. O "problema" é que pertenciam à tribo branca, e os novos governos marxista-leninista (moçambicano e português) precisavam assegurar-se que o socialismo era mesmo implantado naquelas paragens, e que nada nem ninguém se oporia a tal desígnio.
A experiência deu os maus resultados conhecidos e o socialismo foi enterrado lado a lado com os executados opositores do regime. Em Portugal foi só metido na gaveta.
Mudam-se os tempos. Vem a globalização. Os "novos senhores" agora são autorizados a rapinar desde que paguem à corrupção local as taxas devidas. São chineses aos milhares e a última coisa que os preocupa é a felicidade e o bem-estar dos povos africanos.
A foto, batida a 6 de Janeiro último, mostra como se faz a rapina de madeiras preciosas roubadas de maneira ilegal do Parque National de Quirimba (Mareja), para serem enviadas para a China, o primeiro fabricante mundial de mobiliário.
Mas a rapina não termina aqui. O pescado (camarão e lagosta) tem sido um "banquete" para esta nova potência imperial, bem como o ouro diamantes e minério mais procurado. Moçambique trocou centenas de milhares de portugueses laboriosos e amigos da terra, muitos já de terceira e quarta geração numa grande miscigenação racial, pelos ávidos chineses com um só objectivo – sacar o máximo da riqueza daquele país à revelia dos interesses do seu povo, sem qualquer vivência cultural ou social, sem qualquer troca de conhecimentos ou sentimentos. Frios e calculistas, como só eles sabem ser.
A história e o tempo acabam mostrando serem erradas as decisões baseadas em raças e etnias. O povão moçambicano já entendeu isso e a simpatia com que recebe os turistas portugueses e as queixas sobre a opressão dos novos colonialistas é um indicativo indesmentível. A elite governamental é parte interessada neste espoliar de riqueza, fazendo de testa de ferro aos interesses chineses e não se mostrando interessada em tocar neste assunto.
1 comentários:
É um facto o colonialismo chinês na Europa, lojas de grandes dimensões com funcionarios locais, lojas cheias de artigo importado da china, carros topo de gama com vidros fumados, é tudo à mafioso.
Povo unido jamais serà vencido. Viva à revolução.
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