A língua portuguesa é muito maltratada. Os erros são o pão de cada dia, mas ninguém actua, tudo se transforma em produto de consumo e não há meio de prevenir esta calamidade nas páginas da imprensa, na rádio, na televisão, na publicidade, nos «sites»... E não se trata apenas de «gralhas» - a situação é mais grave e induz em erro milhares de leitores. Os interesses económicos quase acabaram com as revisões e estão a assassinar a língua portuguesa, a par do desinvestimento dos governos nos programas escolares de português.
É preciso lutar contra este estado de coisas. Quem não conhece minimamente a «ferramenta» (a língua) não está habilitado a escrever/falar nos órgãos de comunicação social. Concordo com Diogo Pires Aurélio quando afirmou, no «Diário de Notícias», que «as questões de linguagem não são iguais às da matemática». Também não caio no exagero de dizer que «há 20 anos se escrevia e falava escorreitamente e que, de então para cá, se caiu na mais completa penúria e ignorância». Então, como agora, havia quem dominasse a língua e quem a tratasse a pontapé, quem se exprimisse correctamente e quem não debitasse senão asneira ou «palha», como diria o Eça.
Dito isto, um erro é sempre um erro, mesmo que as questões da linguagem não sejam iguais às da matemática. Não se trata de exigir a perfeição, mas de higienizar a escrita, sem esquecer, como bem alertou Diogo Pires Aurélio, que há outros aspectos preocupantes como os «emaranhados sintácticos em que não há meio de se perceber do que realmente estão a falar ou a escrever».
É preciso lutar contra este estado de coisas. E, se não conseguirmos inverter esta situação, gritaremos como o Almada Negreiros, contra todos os Dantas deste país: «Quero ser espanhol!»
«Escrita-em-dia» não defende o puritanismo, mas também não cala a revolta quando se lhe deparam asneiradas de bradar aos céus.
Alguns exemplos recentes de asneiradas publicadas na nossa imprensa (entre parêntesis a respectiva correcção):
• impediu que o negócio se concretiza-se (concretizasse)
• emiratos (emirados)
• pré-definido (predefinido)
• metereológica (meteorológica)
• infraestrutura (infra-estrutura)
• corropio (corrupio)
• concerteza (com certeza)
• retratar-se (retractar-se, desdizer-se)
• bogalhos (bugalhos)
• desplicente (displicente)
• dispender (despender)
• élite (elite)
• inflacção (inflação)
• interviu (interveio)
• inclusivé (inclusive)
• vidé (vide)
• logotipo (logótipo)
• obcessão (obsessão)
• perfomance (performance)
• rectaguarda (retaguarda)
• cheque-mate (xeque-mate)
. conselho (concelho de Lisboa)
. caiem (caem)
. organigrama (organograma)
. traumatismo crâneo-insufálico (crânio-encefálico)
É preciso lutar contra este estado de coisas. Quem não conhece minimamente a «ferramenta» (a língua) não está habilitado a escrever/falar nos órgãos de comunicação social. Concordo com Diogo Pires Aurélio quando afirmou, no «Diário de Notícias», que «as questões de linguagem não são iguais às da matemática». Também não caio no exagero de dizer que «há 20 anos se escrevia e falava escorreitamente e que, de então para cá, se caiu na mais completa penúria e ignorância». Então, como agora, havia quem dominasse a língua e quem a tratasse a pontapé, quem se exprimisse correctamente e quem não debitasse senão asneira ou «palha», como diria o Eça.
Dito isto, um erro é sempre um erro, mesmo que as questões da linguagem não sejam iguais às da matemática. Não se trata de exigir a perfeição, mas de higienizar a escrita, sem esquecer, como bem alertou Diogo Pires Aurélio, que há outros aspectos preocupantes como os «emaranhados sintácticos em que não há meio de se perceber do que realmente estão a falar ou a escrever».
É preciso lutar contra este estado de coisas. E, se não conseguirmos inverter esta situação, gritaremos como o Almada Negreiros, contra todos os Dantas deste país: «Quero ser espanhol!»
«Escrita-em-dia» não defende o puritanismo, mas também não cala a revolta quando se lhe deparam asneiradas de bradar aos céus.
Alguns exemplos recentes de asneiradas publicadas na nossa imprensa (entre parêntesis a respectiva correcção):
• impediu que o negócio se concretiza-se (concretizasse)
• emiratos (emirados)
• pré-definido (predefinido)
• metereológica (meteorológica)
• infraestrutura (infra-estrutura)
• corropio (corrupio)
• concerteza (com certeza)
• retratar-se (retractar-se, desdizer-se)
• bogalhos (bugalhos)
• desplicente (displicente)
• dispender (despender)
• élite (elite)
• inflacção (inflação)
• interviu (interveio)
• inclusivé (inclusive)
• vidé (vide)
• logotipo (logótipo)
• obcessão (obsessão)
• perfomance (performance)
• rectaguarda (retaguarda)
• cheque-mate (xeque-mate)
. conselho (concelho de Lisboa)
. caiem (caem)
. organigrama (organograma)
. traumatismo crâneo-insufálico (crânio-encefálico)
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