"Não respondo a folclore." É este o comentário de Margarida Moreira , directora da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), ao afastamento de Fernando Charrua e de mais cinco funcionários do organismo que dirige desde 2005. Entre os dispensados encontra-se António Queirós, professor de inglês, cego de nascença, responsável pelo instalação do sistema informático na DREN.
No caso de António Queirós - "o primeiro professor português a utilizar a informática na sala de aulas" - não foi insulto ou comentário jocoso por si proferido que o empurraram pela porta fora, ao fim de 16 anos de serviço e com a avaliações "muito boas". Quando Margarida Moreira assumiu a directoria, conta, "disseram-me que o meu lugar estava em perigo". Em Maio do ano passado, dois assessores da directora confirmavam isso mesmo: o lugar estava em risco porque António Queirós não cumpria os objectivos.+»»»
No caso de António Queirós - "o primeiro professor português a utilizar a informática na sala de aulas" - não foi insulto ou comentário jocoso por si proferido que o empurraram pela porta fora, ao fim de 16 anos de serviço e com a avaliações "muito boas". Quando Margarida Moreira assumiu a directoria, conta, "disseram-me que o meu lugar estava em perigo". Em Maio do ano passado, dois assessores da directora confirmavam isso mesmo: o lugar estava em risco porque António Queirós não cumpria os objectivos.+»»»
"Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu, espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça. Não chega. Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou, de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola ou um "insulto" a outro primeiro-ministro. O crescente autoritarismo do poder e o extravagante culto da pessoa de Sócrates, que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive e que inspirou o "caso Charrua". Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva (com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior. A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN, não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN."
Vasco Pulido Valente, in Público
0 comentários:
Enviar um comentário