Provavelmente, o Primeiro-Ministro francês deve estar a viver os últimos momentos de exercício do poder.
A atitude irascível de ontem do número um do Governo, na Assembleia Nacional francesa, para com o deputado e secretário-geral dos socialistas, é tão lamentável, que todas as bancadas repudiaram a atitude. Inclusive do seu partido, UMP. Se bem que, neste caso, a ala afecta ao Ministro bastonada procurou rentabilizar o momento, de modo a confirmar o total afastamento do líder do Governo da corrida presidencial.
Há quem peça eleições legislativas antecipadas. Não creio, no entanto, que o Presidente as forje. Até porque, face ao sistema político francês, de um semi-presidencialismo ultra-presidencialista, a mudança em França ocorrerá com novo Chefe de Estado.
Convocar legislativas neste momento, de pouco serviria, e o Presidente já teve uma experiência desagradável, em 1998, quando se fiou numa possível vitória da direita, acabando, na altura, por entregar parte do poder à esquerda, que elegeu Jospin Primeiro-Ministro.
Nos últimos esbaforidos do poder, Monsieur Jaques deve preferir nomear um responsável do Governo, do que sujeitar-se a eleições e ver o poder entregue à esquerda ou, não menos possível, e mais amargo em termos pessoais, ver o Ministro bastonada conquistar o poder.
Copy+Paste do Tugir.
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