Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Contorcionismo (*)

(*) JORGE MAIA, in O JOGO

Alguém disse uma vez que um homem com um relógio sabe sempre que horas são, enquanto um homem com dois relógios nunca tem a certeza. Pois bem, em relação à justiça desportiva portuguesa, é impossível saber a quantas andamos. Durante anos, a Comissão Disciplinar presidida por Gomes da Silva aplicou os famosos processos sumaríssimos de forma discricionária e com objectivos persecutórios em relação ao FC Porto. Aplicou-os recorrendo ao suporte vídeo sempre que entendeu, indiferente ao facto de os lances em causa ocorrerem ou não na disputa da bola e passando diversas vezes por cima das decisões dos árbitros em relação aos mesmos, tudo para garantir que o resultado final fosse invariavelmente a suspensão dos jogadores portistas.
A actual Comissão Disciplinar da Liga vem agora dar razão a sucessivos protestos dos responsáveis portistas, explicando que os sumaríssimos não se aplicam a lances que envolvam a disputa da bola e que, por isso mesmo, tenham sido alvo de avaliação por parte dos árbitros, o que inclui todos os lances que resultaram em processos sumaríssimos a jogadores do FC Porto nos últimos anos.
De resto, fica também claro da leitura do acordão que determina a indeferimento do processo de reclamação de Quaresma em relação aos dois jogos de castigo que lhe foram aplicados, que a formação dos árbitros tem que passar a incluir uma disciplina de português. Para que não restem dúvidas se "atingir um adversário com o cotovelo e a mão" é mesmo uma agressão ou apenas um doloroso exercício de contorcionismo.

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