Jurema
Anderson é por estes dias o jogador perfeito aos olhos de um mau defesa. Se para além de mau, o defesa for igualmente pouco dado a memórias, então Anderson é o sonho de um trauliteiro lento tornado realidade. Por enquanto. O brasileiro voltou a jogar à bola, mas ainda não oferece aquela sensação da velocidade que dava em todos os jogos, ao ponto de pensarmos que alguém tinha carregado na tecla do "foward" do leitor de DVD. Mas não falta muito tempo para que volte a tirar o sono aos adversários. Sem nunca ter deixado de sorrir, Jurema já voltou a sorrir de forma diferente porque voltou a jogar à bola. Se a qualidade que possui não fosse inata, 150 dias sem jogar era tempo suficiente para se esquecer de como se faz. Apesar da boa notícia, a notícia tem parágrafos de alegria mais contida. É verdade que corre, que salta, é até verdade que finta e remata, mas não é ainda o Anderson que Katsouranis encontrou, a 28 de Outubro de 2006, no final de um corte de carrinho. Uma entrada dura, provavelmente com intenção de fracturar o perónio e lesionar alguns ligamentos, certamente merecedora de algo mais do que Lucílio Baptista julgou ver: lançamento de linha lateral. Mas isso faz parte da história, designadamente da que escreveu sem o prestígio em campo. É certo que, por enquanto, ainda não será o Anderson que obrigou Katsouranis a um corte em desespero, mas vai sendo um craque a fazer o caminho de regresso à fama. Sempre em progresso. Aliás, o seu estilo de jogo é uma forma prática de definir progresso tal como está no dicionário: "movimento para a frente". Faz falta ao FC Porto.
2 comentários:
Não é possível desbloquear este video ?
..
Enviar um comentário