Foi em 1987 que a Assembleia da República decidiu consagrar 24 de Março o Dia do Estudante. Uma data que guarda na memória a crise académica de 1962, essencialmente para aqueles que a viveram e dela se recordam. É uma data de reconhecimento dos direitos, liberdades e garantias dos estudantes.
Eu que não vivi os anos conturbados da vida estudantil da década de 60, (apenas os da década de 70, com as vermelhas comissões de estudantes) olho para o Dia do Estudante com muito respeito e admiração, essencialmente pelo que deve (ou deveria) simbolizar relativamente à importância do ensino e da educação na realização da pessoa e no progresso e bem estar colectivos de uma sociedade, em que são actores e agentes activos da concretização deste objectivo os estudantes.
Mas é, também, uma data que me faz relembrar as enormes e tantas vezes injustas dificuldades com que muitos estudantes se defrontam para fazerem e concluírem os seus estudos, não esquecendo, em particular, os jovens que ficam à porta da escola e da universidade e as consequências deste destino.
Educar, aprender e formar constitui um processo que cada vez mais acompanha o arco da vida. Ser estudante não tem idade, o que é importante é que cada pessoa nunca deixe de estudar e aprender, que cada dia seja um dia de estudante...
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