Rui Rio quer praias do Porto com Bandeira Azul em 2008
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitiu que as praias da cidade deverão ostentar Bandeira Azul na época balnear de 2008.
«Em 2007 vamos ter indicadores que nos permitem obter, em 2008, Bandeira Azul pelo menos em dois pontos da costa», afirmou o autarca, na cerimónia de apresentação do projecto «Porto Bandeira Azul», que decorreu na Praia Homem do Leme.
A Bandeira Azul é uma distinção outorgada anualmente pela Associação Bandeira Azul da Europa a praias que cumpram um conjunto de requisitos de qualidade ambiental e de infra-estruturas.
As oito praias da cidade, que se estendem por cerca de três quilómetros de costa, nunca alcançaram este galardão.
O responsável pela empresa municipal Águas do Porto, Poças Martins, afirmou que o trabalho realizado nos últimos três a quatro meses permitiu já atingir uma qualidade da água «muito próxima da exigida pela Associação Bandeira Azul».
Segundo Poças Martins, a poluição do rio Douro «não afecta as praias» do Porto, assim como não afectou todas as praias de Gaia, que na época balnear do ano passado ostentaram a Bandeira Azul.
As cerca de 600 habitações das freguesias de Nevogilde, Foz do Douro e Aldoar, que não têm saneamento básico, têm os esgotos a drenar directamente para a orla marítima, o que a par da poluição do rio Leça provoca a má qualidade da água nas praias da cidade.
«O esgoto não tratado de uma só pessoa afecta uma mancha de água do tamanho de um campo de futebol», sustentou Poças Martins, acrescentando que a poluição do rio Leça «é dez vezes superior à do Douro».
Para melhorar nos últimos meses a qualidade da água do mar, o responsável explicou que a Empresa Águas do Porto executou 16 intersecções de colectores de águas pluviais poluídas, estando o seu encaminhamento a ser feito para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Sobreiras, empreitada orçada em cerca de 200 mil euros.
Contudo, alertou o responsável, «as ETAR só por si não garantem Bandeira Azul», sendo necessário que os proprietários das cerca de 600 habitações de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, sem saneamento ,façam as ligações até ao fim do ano.
Segundo Poças Martins, outra obra importante neste projecto é a construção de um novo interceptor marginal de águas pluviais, entre a rotunda do Castelo do Queijo e a Foz do Douro, que permitirá recolher as águas pluviais que desaguam nas praias na época balnear e conduzi-las à ETAR de Sobreiras, se poluídas, ou ao rio Douro, quando livres de esgotos.
A par da melhoria da qualidade da água e das areias, é também necessário, segundo Poças Martins, melhorar as acessibilidades às praias e construir infra-estruturas de apoio à actividade balnear, como lava-pés, chuveiros e instalações sanitárias.
Estas intervenções serão feitas muito em breve, de modo a estarem já disponíveis à população na próxima época balnear, que tem início a 01 de Junho.
«Grande parte [das infra-estruturas] estará pronta até Junho», disse.
A intervenção prevê ainda a recuperação do passeio marítimo à cota baixa, entre as praias do Homem do Leme e da Senhora da Luz.
Poças Martins adiantou ainda que o projecto «Porto Bandeira Azul» pretende «segmentar a zona balnear», ou seja, a ideia é «arrumar as pessoas nas praias de acordo com os seus gostos».
Neste sentido, a Águas do Porto apresentou um conjunto de ideias de intervenção, sendo que algumas poderão ser já materializadas na próxima época balnear.
A ideia passa por transformar a praia do Castelo do Queijo numa zona desportiva por excelência e destinar a do Homem do Leme às famílias, instalando no seu areal uma piscina amovível para crianças.
Já as praias do Molhe e Gondarém poderão transformar-se em espaços de lazer e convívio, enquanto as do Ourigo e Pastoras em praias sociais.
Devido à sua localização entre dois molhes, para a Praia das Pastoras está projectada a construção de uma piscina de água salgada, precedida por zonas definidas para actividades lúdicas e desportivas.
No âmbito da cerimónia de hoje, a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) assinou um protocolo com a Câmara do Porto no sentido de garantir a manutenção do areal das praias portuenses.
«A qualidade do areal depende não só da sua limpeza mas fundamentalmente da alimentação que tem que ser assegurada para evitar que as praias desapareçam e que o mar passe a agredir directamente os equipamentos nelas instalados», salientou o presidente do Conselho de Administração da APDL, António Ricardo Fonseca.
O responsável frisou que, só na última década, a APDL alimentou a costa da cidade com mais de 2,5 milhões de metros cúbicos de areias dragadas no interior do porto», garantindo que continuará a zelar pela segurança física e ambiental da área.
Para o presidente da Câmara do Porto, a cidade tem que pôr à disposição da população as suas praias, considerando que a beneficiação da orla marítima assume um carácter social e económico.
«Muita gente não tem condições económicas para fazer praia noutros locais», sustentou Rui Rio, acrescentando que este projecto «Porto Bandeira Azul» tem um «potencial inegável no sector do turismo».
O autarca reafirmou que o seu modelo para a cidade «assenta muito mais na qualidade de vida».
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, admitiu que as praias da cidade deverão ostentar Bandeira Azul na época balnear de 2008.
«Em 2007 vamos ter indicadores que nos permitem obter, em 2008, Bandeira Azul pelo menos em dois pontos da costa», afirmou o autarca, na cerimónia de apresentação do projecto «Porto Bandeira Azul», que decorreu na Praia Homem do Leme.
A Bandeira Azul é uma distinção outorgada anualmente pela Associação Bandeira Azul da Europa a praias que cumpram um conjunto de requisitos de qualidade ambiental e de infra-estruturas.
As oito praias da cidade, que se estendem por cerca de três quilómetros de costa, nunca alcançaram este galardão.
O responsável pela empresa municipal Águas do Porto, Poças Martins, afirmou que o trabalho realizado nos últimos três a quatro meses permitiu já atingir uma qualidade da água «muito próxima da exigida pela Associação Bandeira Azul».
Segundo Poças Martins, a poluição do rio Douro «não afecta as praias» do Porto, assim como não afectou todas as praias de Gaia, que na época balnear do ano passado ostentaram a Bandeira Azul.
As cerca de 600 habitações das freguesias de Nevogilde, Foz do Douro e Aldoar, que não têm saneamento básico, têm os esgotos a drenar directamente para a orla marítima, o que a par da poluição do rio Leça provoca a má qualidade da água nas praias da cidade.
«O esgoto não tratado de uma só pessoa afecta uma mancha de água do tamanho de um campo de futebol», sustentou Poças Martins, acrescentando que a poluição do rio Leça «é dez vezes superior à do Douro».
Para melhorar nos últimos meses a qualidade da água do mar, o responsável explicou que a Empresa Águas do Porto executou 16 intersecções de colectores de águas pluviais poluídas, estando o seu encaminhamento a ser feito para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Sobreiras, empreitada orçada em cerca de 200 mil euros.
Contudo, alertou o responsável, «as ETAR só por si não garantem Bandeira Azul», sendo necessário que os proprietários das cerca de 600 habitações de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, sem saneamento ,façam as ligações até ao fim do ano.
Segundo Poças Martins, outra obra importante neste projecto é a construção de um novo interceptor marginal de águas pluviais, entre a rotunda do Castelo do Queijo e a Foz do Douro, que permitirá recolher as águas pluviais que desaguam nas praias na época balnear e conduzi-las à ETAR de Sobreiras, se poluídas, ou ao rio Douro, quando livres de esgotos.
A par da melhoria da qualidade da água e das areias, é também necessário, segundo Poças Martins, melhorar as acessibilidades às praias e construir infra-estruturas de apoio à actividade balnear, como lava-pés, chuveiros e instalações sanitárias.
Estas intervenções serão feitas muito em breve, de modo a estarem já disponíveis à população na próxima época balnear, que tem início a 01 de Junho.
«Grande parte [das infra-estruturas] estará pronta até Junho», disse.
A intervenção prevê ainda a recuperação do passeio marítimo à cota baixa, entre as praias do Homem do Leme e da Senhora da Luz.
Poças Martins adiantou ainda que o projecto «Porto Bandeira Azul» pretende «segmentar a zona balnear», ou seja, a ideia é «arrumar as pessoas nas praias de acordo com os seus gostos».
Neste sentido, a Águas do Porto apresentou um conjunto de ideias de intervenção, sendo que algumas poderão ser já materializadas na próxima época balnear.
A ideia passa por transformar a praia do Castelo do Queijo numa zona desportiva por excelência e destinar a do Homem do Leme às famílias, instalando no seu areal uma piscina amovível para crianças.
Já as praias do Molhe e Gondarém poderão transformar-se em espaços de lazer e convívio, enquanto as do Ourigo e Pastoras em praias sociais.
Devido à sua localização entre dois molhes, para a Praia das Pastoras está projectada a construção de uma piscina de água salgada, precedida por zonas definidas para actividades lúdicas e desportivas.
No âmbito da cerimónia de hoje, a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) assinou um protocolo com a Câmara do Porto no sentido de garantir a manutenção do areal das praias portuenses.
«A qualidade do areal depende não só da sua limpeza mas fundamentalmente da alimentação que tem que ser assegurada para evitar que as praias desapareçam e que o mar passe a agredir directamente os equipamentos nelas instalados», salientou o presidente do Conselho de Administração da APDL, António Ricardo Fonseca.
O responsável frisou que, só na última década, a APDL alimentou a costa da cidade com mais de 2,5 milhões de metros cúbicos de areias dragadas no interior do porto», garantindo que continuará a zelar pela segurança física e ambiental da área.
Para o presidente da Câmara do Porto, a cidade tem que pôr à disposição da população as suas praias, considerando que a beneficiação da orla marítima assume um carácter social e económico.
«Muita gente não tem condições económicas para fazer praia noutros locais», sustentou Rui Rio, acrescentando que este projecto «Porto Bandeira Azul» tem um «potencial inegável no sector do turismo».
O autarca reafirmou que o seu modelo para a cidade «assenta muito mais na qualidade de vida».
Vindo de quem vem, sem comentários!!!
Diário Digital / Lusa
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