«Sempre que alguém refere dúvidas sobre a acção dos poderes públicos, os interesses visados, em uníssono, exigem provas cabais.
Intimar um cidadão comum a apontar todas as provas quando declara uma suspeita é o modo mais ardiloso e eficaz de proteger a continuação do crime. Mas nem isso é suficiente para que as autoridades cessem a sua ‘inércia’ - por exemplo, Paulo Morais, há cerca de 2 anos, entregou ao Ministério Público factos e documentos sobre anomalias no Urbanismo mas nada mais se soube sobre essa investigação.
É aqui que parece fazer algum sentido a denúncia de Saldanha Sanches sobre a ‘captura’ do MP pelas autarquias de ‘província’.
Mas o fiscalista falha redondamente na ‘geografia’ da questão: afirmar que os problemas de funcionamento do MP se cingem à ‘província’ é um dos actos mais provincianos que se pode ter.»
* Publicado no Correio da Manhã*
Intimar um cidadão comum a apontar todas as provas quando declara uma suspeita é o modo mais ardiloso e eficaz de proteger a continuação do crime. Mas nem isso é suficiente para que as autoridades cessem a sua ‘inércia’ - por exemplo, Paulo Morais, há cerca de 2 anos, entregou ao Ministério Público factos e documentos sobre anomalias no Urbanismo mas nada mais se soube sobre essa investigação.
É aqui que parece fazer algum sentido a denúncia de Saldanha Sanches sobre a ‘captura’ do MP pelas autarquias de ‘província’.
Mas o fiscalista falha redondamente na ‘geografia’ da questão: afirmar que os problemas de funcionamento do MP se cingem à ‘província’ é um dos actos mais provincianos que se pode ter.»
* Publicado no Correio da Manhã*
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